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segunda-feira, janeiro 27, 2020

Infelicidade.

Também não sou especialista em arbitragem mas há coisas tão óbvias que é possível arriscar uma opinião sem correr o risco de cometer um grande erro e por isso não tenho problema em dizer que no dia feliz para o futebol em que Carlos Xistra, Soares Dias, Nuno Almeida ou Jorge Sousa abandonem a arbitragem não terão neste Hélder Malheiro um sucessor como "padre" de primeira categoria por lhe faltar manifestamente jeito para a arte do apito.
E até para ser "padre" é preciso algum jeito porque há "missas" que são difíceis de "cantar".
E nem errou no lance mais polémico do jogo porque há , de facto, fora de jogo de Tapsoba mas errou ao demorar oito minutos a deslindar o caso (com pesadas responsabilidades para o VAR também), errou no tempo de compensação e errou em demasiados lances para se lhe poder vaticinar sucesso na carreira.
Quanto ao jogo em si há que dizer que o resultado é muito enganador porque o Rio Ave fez dois golos em dois lances de contra ataque bem gizados, aproveitando também a perturbação na equipa vitoriana por causa do tal lance polémico que demorou oito minutos a deslindar, que terão sido em todo o jogo os únicos remates dignos desse nome porque Douglas teve uma noite absolutamente tranquila em especial na segunda parte em que pouco ou nada teve para fazer.
O Vitória fez uma primeira parte algo discreta  , demonstrando dificuldade em jogar ao primeiro toque e em ser mais rápido nas transições ofensivas, mas ainda assim criou algumas oportunidades que o guarda redes forasteiro e a falta de pontaria dos jogadores vitorianos impediram que se transformassem em golos.
As duas substituições ao intervalo melhoraram a equipa (Evangelista foi bem substituído mas André André nem tanto) e o Vitória fez uma boa segunda parte com João Pedro em ponta e Bonatini nas suas costas (o brasileiro fez um bom jogo com três remates perigosos e várias assistências) e os laterais a actuarem como autênticos extremos criando uma série sucessiva de lances perigosos que só por muito azar não deram em golo.
Uma derrota injusta da melhor equipa que dominou por completo o adversário (só pontapés de canto foram catorze o que demonstra bem a pressão vitoriana) mas a quem faltou algum discernimento no último terço de terreno e alguma pontaria na hora de finalizar que ditaram o desfecho do jogo.
Hoje não começamos a segunda volta da melhor forma mas num rápido relance sobre a primeira volta constatamos que nela o Vitória obteve seis triunfos, sete empates e quatro derrotas com o detalhe, a merecer atenção, de as seis vitórias terem sido obtidas contra seis dos últimos oito classificados (as excepções são Marítimo e Moreirense) o que significa que às equipas da primeira metade da tabela não ganhamos um jogo que fosse.
Creio que a quatro dias do fim do mercado ainda será possível fazer mais qualquer coisa( por exemplo Hugo Vieira) para dotar a equipa de argumentos que lhe permitam enfrentar a segunda volta com mais qualidade porque com o que temos começa a parecer-me  difícil pensar num apuramento europeu.
Depois Falamos.

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