Adorando viajar e não tendo qualquer receio, bem pelo contrário, de andar de avião de há muito que tenho o desejo de poder visitar a Ilha da Páscoa comummente considerada o território habitado mais remoto do mundo tais as distâncias quer para o Chile continental quer para outras ilhas espalhadas pelo Pacífico.
Fascina-me a sua cultura, as suas paisagens, a imensidão de oceano que a cerca e acima de tudo as célebres estátuas conhecidas como Moais e que estão espalhadas por toda a ilha num total de cerca de novecentas.
Que ainda hoje os cientistas não conseguem explicar como foram feitas, porque quem foram feitas e como foi possível espalha-las pela ilha.
É um verdadeiro cocktail de atracções que torna o fascínio pela ilha da Páscoa absolutamente incontornável.
Mas também a sua solidão é atractiva.
Longe do mundo e dos seus problemas, longe da pequenez que por vezes enxameia os dias, longe das maluqueiras, transtornos , desvarios, psicoses e complexos que perturbam o que devia ser a tranquilidade da convivência social, "fugir" uns dias para lá deve ser um suplemento de alma extraordinário para os que se puderem dar a esse pequeno luxo.
Sabendo, contudo, que depois de desligarem do mundo por uns dias, terão de voltar ao dia a dia com tudo que ele encerra de comunicação, intercomunicação, atenção à realidade que nos cerca , relações sociais, profissionais e até políticas e a Liberdade (valor supremo) de sobre tudo isso se poder reflectir e opinar.
E por isso os portugueses de Portugal, de Melgaço a Vila Real de Santo António, da Figueira da Foz a Vilar Formoso, de Guimarães a Viseu, ou de Esposende a Lisboa já sabem que para isolarem do mundo tem na Ilha da Páscoa uma excelente opção.
Fora disso há que aceitar o mundo como ele é.
Tentando nunca perder a boa disposição nem a paciência que é sempre excelente conselheira.
Depois Falamos.
P.S. A fotografia que encima este texto é de um Moai situado no complexo de Tahai e que tem a curiosidade de ser o único com olhos de todos os 900 existentes.
E a "sorte" de os seus olhos apenas terem de ver o mar.
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