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segunda-feira, dezembro 16, 2019

Duas Caras

Antes de mais, e porque para haver jogo é preciso haver duas equipas com respectivos méritos e deméritos (ao contrário do que alguns comentadores televisivos parecem supor nalguns jogos de algumas equipas) , há que dizer que o Gil Vicente tem uma boa equipa, muito bem orientada por Vítor Oliveira e que teve indiscutível mérito no resultado final.
E o Vitória já sabia isso.
Como sabia que naquele estádio Porto e Sporting tinham perdido pelo que todas as cautelas seriam necessárias para não existirem surpresas-
Mas não foi um Vitória prevenido aquele que se viu nos 45 minutos iniciais.
Pelo contrário viu-se uma equipa pouco concentrada, surpresa pela intensidade do adversário, algo displicente na manobra defensiva nomeadamente quando o Gil saia para o contra ataque em velocidade especialmente pelo excelente Kraev um jogador que me parece difícil ficar em Barcelos depois de Janeiro.
E não se pode evocar cansaço de Frankfurt.
Na equipa inicial de Barcelos apenas Pedro Henrique e Poha tinham sido titulares na Alemanha pelo que os escolhidos de Ivo Vieira estavam "frescos" e em teoria à altura de se superiorizarem desde o inicio.
Não o fizeram.
E mesmo com Douglas a adiar o que parecia inevitável, defendendo um penálti, o Gil acabou por marcar dois golos de rajada com o segundo a merecer nota artística de Kraev (sempre ele) colocando o Vitória numa posição complicada.
Ivo Vieira, bem, reagiu de imediato trocando Mikel por Pepê mas tendo o azar de apenas dois minutos depois se ter dado a lesão de Ola John o que o obrigou a queimar uma substituição ainda antes do intervalo.
Que fez bem á equipa.
Porque o Vitória da segunda parte foi bem melhor e dominou claramente os 45 minutos com uma atitude diferente que lhe permitiu assumir o jogo, empurrar o adversário para o seu meio campo (Douglas teve uma segunda parte tranquila) e chegar ao empate um resultado que soube a pouco aos vitorianos mas que corresponde à justiça do jogo.
Para isso também contribuiu a boa entrada em jogo de Davidson, que se tornou um jogador de difícil marcação para os gilistas , uma autêntica gazua para abrir a defesa adversária.
O Vitória reduziu através de Edwards, cada vez mais decisivo na equipa, igualou por Davidson e quase chegava ao triunfo num remate de Pepê que errou a baliza por muito pouco mas que seria penalização excessiva para o Gil Vicente.
Em suma um Vitória de duas caras, mal na primeira parte e bem na segunda, que deixou em Barcelos dois pontos que tanto jeito fariam.
Quanto ao árbitro Carlos Xistra (que anda há anos a ajudar a estragar o futebol) foi recebido com legítima desconfiança pelos adeptos vitorianos, que o vaiaram desde que subiu ao relvado para o aquecimento até ao final do jogo, bem recordados de outros jogos em que prejudicou claramente o Vitória como , por exemplo, esta época no "Dragão" com a expulsão injusta de Tapsoba ao 49 segundos de jogo.
E quando se sabe quem é o próximo adversário do Vitória para o campeonato bem mais razões havia para desconfiar da "missa" de Xistra em Barcelos.
Há que dizer que não tendo feito um bom trabalho (algo que não está ao seu alcance) não teve influência no resultado deste jogo nem na "participação" no próximo o que sendo Xistra já é quase extraordinário.
O penálti foi penálti, disciplinarmente nada a assinalar, apenas pequenos erros de critério e uma grande dúvida apenas num lance na primeira parte em que dá toda a sensação de haver um penálti contra o Gil Vicente num lance em que Ola John parece ser agarrado por um defesa quando se preparava para cabecear um centro de Sacko.
Agora é importante no sábado, frente ao Covilhã no jogo que dará acesso à "final four" da taça da liga, o Vitória jogar concentrado os noventa minutos.
Para não ter tristes surpresas.
Depois Falamos

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