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segunda-feira, outubro 07, 2019

Eleições

Se há algo que mais de 40 anos de vida política me ensinaram é não reagir a "quente" a resultados eleitorais. 
Quer favoráveis quer desfavoráveis.
De resto nessa matéria o país já viu esta noite sobejas demonstrações de quem não sabe ganhar e de quem ainda não percebeu que... perdeu. 
Por isso prefiro ficar por outro registo. Agradecendo em primeiro lugar a Pedro Santana Lopes pela confiança demonstrada ao longo deste ano de vida do Aliança e pelo honroso convite para liderar a lista de Braga. 
Tenho muita pena de não ter podido contribuir com outro resultado para o todo nacional da Aliança. Agradecer ao Carlos Vaz, mandatário distrital, à Custódia Magalhaes que foi uma excelente directora de campanha num cenário bem difícil e ao Rui Miguel Ribeiro que escreveu o programa para o distrito. Agradecer aos membros da lista que deram o seu contributo e não negaram empenho e esforço. Agradecer aos eleitores do distrito que acreditaram nas nossas propostas e nas pessoas que se propunham levá-las ao parlamento. 
O resultado ficou muito aquém das nossas expectativas mas essa análise fica para mais tarde. 
A "frio". 
Para já direi apenas que fizemos uma campanha de esclarecimento, com enorme respeito por todos os adversários, na qual realizamos mais de cem acções pelos catorze concelhos do distrito nas quais apresentamos um conjunto de ideias e propostas cuja oportunidade e validade não são minimamente afectadas pelos resultados eleitorais. 
O povo decidiu e há que aceitar democraticamente a sua decisão. 
Sem prejuízo de considerar que no distrito de Braga e em Portugal a Aliança merecia muito melhor resultado. 
Mas estamos em tempo de "modas" e não de Causas!

3 comentários:

  1. O resultado do Aliança parece-me efectivamente ter sido um dos mais negativos da noite das legislativas 2019, a par do CDS.
    Lamento que assim tenha acontecido pois embora não tenha votado Aliança, parece-me que seria positivo para a democracia portuguesa, que tivessem conseguido assento parlamentar.
    Concordo com o que diz, em relação a vivermos numa época de "modas", que captam muitos eleitores. O PAN parece-me um exemplo disso mesmo, pois embora considere que faça falta um partido com essa ideologia no parlamento, no meu entender começam a cair no ridículo, em alguns temas que têm abordado.

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  2. Por muita simpatia que tenha pelo Dr. Santana Lopes, a Aliança é um partido sem futuro, não sei se chegará às próximas eleições. Por um simples motivo: o único predicado conhecido do partido é de ser um partido de dissidentes do PSD. Essa é a maior e única conhecida "qualidade" ou causa do partido. Ora neste contexto é uma "qualidade" que só atrai para a causa os dissidentes do PSD. De resto não se vislumbra uma linha orientadora diferente do panorama actual dos partidos existentes, nada que cative seja quem for. Note que, mesmo com o PSD em decadência, IL e o Chega conseguiram captar mais votos dissidentes do que o Aliança. Acho que está muito claro que os únicos votos que a Aliança conseguiu foram os votos de quem segue o Dr. Santana Lopes, o que foi manifestamente pouco.

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  3. Caro Mr Karvalhovsky:
    Foi um resultado realmente mau e do qual não estávamos à espera.
    Embora eleger em Braga fosse muito difícil tínhamos a expectativa de em Lisboa conseguirmos eleger um ou dois deputados o que seria um princípio de caminho.
    O povo preferiu outras opções, algumas das quais incompreensíveis como o PAN que é um partido totalitário em muitos aspectos do seu programa, e há que aceitar.
    E tirar as devidas ilacções.
    Na certeza de que não vem aí tempos fáceis.
    Caro Anónimo:
    A Aliança tem principios programáticos e um programa eleitoral que faziam a diferença em relação a outros aprtidos não socialistas. Acontece que o eleitorado não reconheceu isso e o resultado foi claramente prejudicado (talcomo o do CDS) pelo voto pseudo útil no PSD que se revelou um voto completamente inútil. Mas há que respeitar.
    Quanto ao futuro ...veremos.
    P.S: A maioria dos militantes da Aliança nunca tiveram filiação partidária. Não são dissidentes do PSD ou de qualquer outro partido

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