Os partidos políticos democráticos tem regras, estatutos, regulamentos, orgãos eleitos por voto secreto.
Depois há os outros, os não democráticos e defensores de ditaduras, os que fazem eleições de braço no ar e purgam os que discordam.
Mas esses não interessam para o caso e a História se tem vindo a encarregar de os empurrar para a mais absoluta irrelevância em quase todo o mundo.
Uma das regras de um partido democrático é que quando se concede a alguém a prerrogativa de fazer escolhas tem de se aceitar a consequência ,ou seja, as próprias escolhas sob pena de se andar a brincar com coisas sérias.
Normalmente é aos lideres que se concede essa prerrogativa e embora nenhum líder esteja imbuído do dogma da infalibilidade é óbvio que cada um faz por escolher o melhor possível por razões que me dispenso de explicar tão evidentes são.
Isso não significa que todos os militantes tenham de estar de acordo com as escolhas porque a democracia é assim mesmo e permite liberdade de opinião.
Mas significa que concordando ou não os militantes tem o dever de aceitarem escolhas aprovadas nos orgãos legítimos do partido e a obrigação de trabalharem para que o partido tenha sucesso. No limite terão o direito de nada fazerem mas aí se incluindo o não estorvarem nem prejudicarem o esforço eleitoral em curso.
E depois, em tempo de rescaldo eleitoral, terão sempre a oportunidade de exprimirem as suas opiniões nos orgãos próprio do partido.
São as regras próprias da vida em democracia e dentro dos partidos democráticos. Claro que quando a discordância é manifestada com o partido em "combate" político, a menos de dois meses de eleições, e através de tomadas de posição na comunicação social está-se a ultrapassar uma "linha vermelha" do respeito pelo partido,pelos orgãos, pelos militantes e pelos candidatos em acção que no mínimo merece severa censura e completo repúdio político.
P.S. O futuro nos dirá até que ponto tudo isto não será, nalguns casos, uma mera "jóia" a pagar pelo regresso ao sítio de onde vieram.
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