Ando há largas semanas, como todos os portugueses mesmo aqueles que ao assunto nada ligam, a ouvir falar de milhões e milhões que os clubes portugueses estão a encaixar com a venda de alguns dos seus jogadores.
Seria,aliás, impossível desconhecer o assunto tal o bombardeamento de que todos somos alvo por parte da comunicação social especialmente no que toca a um jovem transferido para Espanha e que desencadeou em seu torno uma completamente ridícula histeria comunicacional.
Naturalmente que como português fico muito satisfeito por entrarem no país essas enxurradas de milhões que tanto jeito darão à nossa economia e nem quero minimamente questionar, como o faz a dirigente socialista Ana Gomes, de que árvore das patacas cai dinheiro em quantidades tão insólitas face aos negócios em epigrafe.
Mas gostaria, como português, contribuinte e desportista de saber que percentagem desses milhões vai ser afectada à redução dos monstruosos passivos desses três clubes que estão na razão directa do fosso competitivo existente em Portugal entre eles e todos os restantes.
No futebol e nas outras modalidades.
Porque se a clubes como o Vitória, o Braga, o Moreirense, o Famalicão ou o Gil Vicente (para citar apenas os cinco primodivisionários do distrito de Braga) fosse permitido endividarem-se em centenas de milhões ,sem a preocupação de terem de os pagar em prazos comuns a qualquer devedor, não tenho dúvidas que qualquer um deles, para não dizer todos, ganhariam facilmente títulos no futebol e noutras modalidades e sempre precisarem dos "apoios" desta vida de que alguns usufruem desde sempre.
E nesta matéria, como noutras, é mais que tempo de exigir que a Lei seja igual para todos.
E nesta matéria, como noutras, é mais que tempo de exigir que a Lei seja igual para todos.
Depois Falamos
Quando há clubes a quem é permitido endividamentos "à la Berardo", então talvez você (e todos nós) tenhamos a obrigação de questionar como a Ana Gomes questiona. Porque um dia o futebol vai estourar em grande e como de costume os bancos vão ficar a arder, e aí como contribuintes vamos querer mesmo explicações a sério... como se exige agora no caso Berardo.
ResponderEliminarConvém não esquecer que um dos líderes desses ditos clubes grandes já é ele próprio um "discípulo" do Berardo. Têm aliás em comum a paixão pelo mesmo clube.
Caro Anónimo:
ResponderEliminarÉ evidente que o dinheiro que circula hoje no futebol, e não só em Portugal, levanta as maiores suspeitas. E ao que se vai lendo está a ser investigado a vários níveis pela Europa fora. Em Portugal com o temor reverencial que o Estado tem a três clubes tudo vai demorar mais tempo. Mas lá chegaremos.
Não se esqueça que estamos no país em que quem denunciou crimes (por meios ilicitos mas nem por isso deixarem de ser crimes)está detido e os suspeitos de cometerem esses crimes andam à solta e armados em gente muito séria