Pelo que se vai lendo e ouvindo há muito boa (outra nem tanto...) gente preparada para indexar a liderança de Pedro Passos Coelho às eleições autárquicas e preparadinha para exigir a sua demissão se os resultados não forem bons.
A par de outros que ,embora professem a sua lealdade ao líder, não deixam de estarem presentes em todo o lado onde lhes parece que podem marcar terreno para um futuro que pode ser diferente da actualidade.
Nada de novo em bom rigor.
Conviria, contudo, que se lembrassem de que eleições autárquicas são eleições locais das quais é impossível extrapolar leituras nacionais que ponham em causa as lideranças dos partidos precisamente porque as votações vão traduzir 308 realidade bem diferentes e não uma avaliação única de um programa eleitoral e de um líder.
Significa isto que o líder( e a CPN) não tem responsabilidades nos resultados?
Não.
Porque é evidente que tem e até acrescidas nos casos em que avocaram os processos de escolha dos candidatos a algumas autarquias ou por ser tradição ou por as estruturas locais não serem capazes de por elas próprias encontrarem as melhores soluções.
Mas são excepção e não regra.
E por isso não pode ser esquecido, mesmo que a alguns desse jeito, que nas eleições locais quem vai a votos são os candidatos autárquicos e quem é avaliado pelas escolhas são as direcções concelhias e distritais que intervieram nos processos.
E algumas delas vão ter, isso sim, muito que explicar depois das eleições face a "naufrágios" mais que previsíveis face à fragilidade de algumas escolhas que fizeram ou deixaram fazer mesmo contra todas as evidências.
Do meu ponto de vista Pedro Passos Coelho não está em "jogo" nestas eleições.
E será um erro persistir na tentativa de o colar a um eventual mau resultado.
Os líderes do PSD avaliam-se em eleições legislativas e nessas, peço desculpa de o recordar, Passos Coelho saiu vitorioso nas duas a que concorreu.
Depois Falamos.
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