Este era o primeiro jogo depois do encerramento do mercado de Janeiro e portanto aquele em que o Vitória se encontrava pela primeira vez perante a realidade do que vai ser o seu plantel até final da época uma vez processadas as saídas e entrada que são de todos conhecidas.
Na jornada anterior,ainda com o mercado aberto as coisas não tinham corrido particularmente bem com a cedência de dois pontos ao Marítimo que não era, e ainda não é,mas pode vir a ser um adversário directo.
Na Mata Real, perante um Paços Ferreira extremamente necessitado de pontos, fortemente apoiado por centenas de vitorianos e num relvado bem aceitável face à invernia mas com imenso vento o Vitória começou bem e acabou mal perdendo três pontos que estiveram ao seu alcance.
Individualmente:
Douglas: Sem culpas nos golos ainda fez algumas defesas dificultadas pelo vento.
João Aurélio: Regressado ao seu lugar de origem, face ao impedimento de Bruno Gaspar, cumpriu a defender mas esteve mal a atacar fazendo vários cruzamentos sem nexo.
Josué: O melhor do quarteto defensivo dobrando a preceito os colegas.
Pedro Henrique: Muitas dificuldades face à mobilidade dos avançados pacenses. Abaixo do seu normal.
Konan: O contrário de João Aurélio. Bem a integrar-se no ataque mas com dificuldades a defender nomeadamente nos tempos de entrada à bola.
Zungu: Continua a adaptar-se à equipa actuando num lugar em que não parece particularmente à vontade. A defender cumpriu,sem complicar, mas continua sem se ver em movimentos ofensivos.
Bernard: Uma boa surpresa. Num jogo que não parecia talhado para ele foi o mais esclarecido dos vitorianos e aquele que mais tentou jogar com a bola pelo chão. Melhor na primeira parte mas um jogo globalmente bem positivo.
Hurtado: Um "regresso" a Paços de Ferreira para esquecer. Sem qualquer influência no jogo foi bem substituído.
Rafinha: Exibição muito discreta. Nunca se habituou ao vento e à chuva.
Rafael Martins: Não se viu.
Hernâni: O que de bom o Vitória fez em termos ofensivos foi feito por Hernâni. Um remate a rasar o poste, outro para defesa apertada do guarda redes e uma passe de morte para Rafinha que este desperdiçou a dois metros da linha de golo. Aqui e ali também se agarrou demasiado à bola tentando fazer sozinho o que a equipa como tal não conseguia.
Foram suplentes utilizados.
Marega: Primeira opção de Pedro Martins para tentar chegar à igualdade esperava-se que o seu poderio fisico fizesse a diferença face ao desgaste que as condições atmosféricas provocavam nos jogadores em campo desde o inicio e especialmente na defensiva adversária. A verdade é que a equipa em nada beneficiou da sua entrada.
Joseph: Uma substituição difícil de entender. Quando se esperava que entrasse Tozé, jogador de caracteristicas mais ofensivas e futebol pensado, entrou Joseph que até ontem tinha jogado um minuto no campeonato entrando em Braga para queimar tempo e portanto sem experiência de 1ª liga.
Ainda por cima é um jogador mais rotinado em defender. Naturalmente sem qualquer influência positiva na equipa.
Texeira: Ultima opção entrou quando o Vitória já perdia por 0-2 e se percebia que seria extremamente dificil dar a volta ao marcador. Ainda assim bateu-se dentro do possível e ainda conseguiu um remate de relativo perigo. Mais que Rafael Martins em 90 minutos.
Não foram utilizados:
João Miguel Silva, Prince, Rubem Ferreira e Tozé.
Melhor em campo: Bernard
Uma derrota que não compromete o objectivo europeu mas que complica o podermos alcançar algo mais que o quinto lugar (em que nos encontramos ainda com confortável vantagem sobre quem nos segue na tabela classificativa)e que a primeira volta do campeonato mostrou estar ao nosso alcance.
Para a semana face ao Porto, sem Hernâni e Marega, as dificuldades serão bem maiores (até por força da valia do adversário) porque dos avançados mais utilizados apenas Rafinha estará disponível, dada a saída de Soares, restando os recém chegados Rafael Martins e Sturgeon e Texeira cuja adaptação ainda não é total.
Mas cada jogo tem a sua história e no D.Afonso Henriques manda o Vitória.
Depois Falamos
P.S. Sobre entradas e saídas estará ,de momento, tudo dito e não vale a pena repisar o assunto muito mais vezes.
Direi apenas que é impossível afirmar que com Soares e João Pedro teríamos ganho ontem.
Tão impossível afirmar isso como possível dizer que com eles tínhamos melhor equipa.
E isto é válido para ontem e para o resto do campeonato. E da Taça.
A Liga 2016/2017, para os vitorianos, acabou!
ResponderEliminarCaro Saganowski:
ResponderEliminarAinda não. Há um lugar europeu para defender
Caro Luis,
ResponderEliminarDados os exemplos de rendimento da equipa em anos anteriores depois das "sangrias" de Janeiro, ainda acreditas em mais do que fizemos até agora???
Se perdermos contra o Porto (e se o Maritimo ganhar o seu jogo), fica APENAS uma diferença de 1 ponto (já estivemos com uma diferença de 7 pontos acima do 6º classificado).
No início da época e com o "elan" que levávamos, acreditei que o 4º lugar (e mesmo o 3º) poderia ser possível. Hoje já não acredito.
Apesar disso, continuo a confiar na valia do treinador e da equipa.
Mas não se fazem omoletes sem ovos!
E já agora, estarão os responsáveis vitorianos atentos ao facto de que o Soudani está em fim de contrato e pode sair em Junho a custo zero???
Caro Saganowski:
ResponderEliminarRaramente nos últimos anos foi tão fácil lutar pelo terceiro lugar. Do qual continuamos próximos. Infelizmente Janeiro enfraqueceu o plantel em vez de o fortalecer. Mesmo assim acredito no apuramento para a Liga Europa.