Quando depois de muitos anos de política activa no PSD (e às vezes no país) tendo ocupado cargos concelhios , distritais e nacionais e depois se regressa à honrosa situação de militante de base sem outra obrigação que não pagar cotas e respeitar programa, estatutos e regulamentos do partido consegue-se ter uma visão mais distanciada, e talvez mais rigorosa, do estado actual da política e da própria organização partidária de que fazemos parte.
É um pouco como saltar da tela para a plateia e assistir ao "filme" com algum distanciamento.
E em duas penadas direi o seguinte sobre o "filme" que estou a ver.
No país, governado por um executivo com legitimidade constitucional mas sem a ética dos valores, é evidente que pese embora todas as mentiras de Costa, erros de percepção de Centeno e despudorado encobrimento de Jerónimo e Catarina a situação caminha para o abismo de novo resgate face aos indicadores económicos que apontam para uma divida pública a aumentar colossalmente (à boa maneira socialista), os juros da mesma a dispararem, a Europa (credores) com cada vez mais duvidas sobre a veracidade dos números que lhe são apresentados entre outros números do nosso descontentamento.
No PSD, com a tal distância crítica que o ser militante de base sem qualquer responsabilidade em qualquer orgão executivo do partido me dá, estou absolutamente certo que Pedro Passos Coelho é o líder certo para conduzir o partido neste "caminho das pedras" que um dia o levará de novo ao poder.
Mais que provavelmente cumprindo a triste sina de ser novamente chamado a resolver os problemas, erros e disparates da governação socialista.
Devo dizer que tendo apoiado , com o tal distanciamento critico, a governação e a liderança partidária de Passos Coelho entre 2011 e 2015 e nem sempre tendo concordado com ele em ambos os patamares estou hoje mais ao seu lado do que estive nesses tempos.
Não só por lhe reconhecer o mérito da obra feita enquanto primeiro-ministro numas condições dificílimas mas também porque acho que cada vez mais o nosso país precisa de um homem pessoalmente sério, politicamente coerente, institucionalmente ponderado, competente e responsável na governação e patrioticamente preocupado com Portugal para dirigir os nossos destinos.
Passos Coelho é tudo isso ao contrário de António Costa que não é nada disso.
É o que se vê desta "plateia" onde assisto ao "filme".
Onde infelizmente vejo outros espectadores comodamente sentados, e que nalguns casos nem se abstém de comentarem o "filme" em voz alta, quando deviam estar na "tela" a participarem no espectáculo face às responsabilidades que tiveram noutros tempos em que o caminho não era de pedras mas sim das suaves alcatifas dos gabinetes ministeriais ou dos lugares de nomeação governamental e generosa retribuição no vencimento mensal.
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