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sexta-feira, fevereiro 03, 2017

A Cigarra e a Formiga

A velha fábula da cigarra e da formiga passou esta noite pela Mata Real.
O Vitória foi a cigarra.
Quanto teve o tempo(pode ler-se vento) a seu favor exibiu-se, deu o seu espectáculo, aqui e ali até encantou pela forma como se exibiu e conseguiu empurrar o adversário para trás e construir três oportunidades de golo (duas flagrantes) que não conseguiu contudo finalizar da melhor forma.
Exibiu-se mas esqueceu-se de amealhar para o tempo mau.
Que inevitavelmente viria na segunda parte.
O Paços de Ferreira foi a formiga.
Que foi humilde, soube trabalhar a resistência ao domínio vitoriano, poupou forças e colheu ensinamentos para quando chegasse o seu bom tempo.
Que inevitavelmente veio na segunda parte.
E aí, também aproveitando o "apagão" da cigarra, soube ser eficaz em dois tempo; a construir o resultado e a segurá-lo face a um adversário que não regateou esforços mas pagou caro o não saber amealhar quando o podia ter feito.
O Paços de Ferreira ,que não ganhava há oito jogos ,soube aproveitar a tradicional generosidade vitoriana quando encontra adversários necessitados (o Tondela é uma das testemunhas)  enquanto o Vitória nestes últimos anos tem este dispensável dom de passar as primeiras voltas a entusiasmar os adeptos para depois os desiludir de forma cruel.
Valeu nesta noite de desilusão ver aquelas centenas de vitorianos que apoiaram a equipa de principio a fim indiferentes ao resultado, à invernia e e à porcaria de um estádio que tem bancadas cobertas vazias e em que obrigam seres humanos a estarem expostos à inclemência do tempo.
Essas centenas de vitorianos mereceram largamente os três pontos.
Mas foram os únicos a merecê-los na noite gelada, e não apenas pelo inverno, da Mata Real.
Depois Falamos.

P.S. O voltarmos a jogar de preto ,sem qualquer necessidade, só não é um pequeno problema à beira do resto porque representa uma negação da nossa identidade.

9 comentários:

  1. Anónimo2:54 p.m.

    E os nossos reforços ficam na bancada ou em casa.

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  2. Boa tarde.
    O Sr. Luís Cirilo sabe-me dizer se o VITÓRIA foi fundado nalgum Clube Académico???!!!... Ou nalguma Associação Académica???!!!...`
    É que já estou "farto de ver" o VITÓRIA a jogar de negro. Ou fará parte de algum "processo" de descaracterizar a identidade, e a alma, VITORIANA???!!!!...
    Quanto ao resto; lá está o VITÓRIA a caminho da suas famosas "segundas voltas".
    Para quando uma direção, e uma equipa, à imagem dos seus adeptos???!!!...
    Para quando um VITÓRIA "independente" dos estarolas????!!!...
    Resta-nos, esta época, a Taça de Portugal....

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  3. Anónimo6:09 p.m.

    Os nossos reforços do dia 31 ou ficam na bancada ou em casa. Ainda bem que ficamos com um plantel melhor. H.M.

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  4. Anónimo6:11 p.m.

    Os nossos reforços do dia 31 ou ficam na bancada ou em casa. Ainda bem que ficámos com um plantel melhor. H. M.

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  5. Caro Anónimo:
    O Rafael Martins esteve em campo.
    Caro Paulo Pinto:
    De ver o Vitória jogar com o segundo equipamento creio que estamos (quase) todos fartos. Em cinquenta anos a ver o Vitória não me lembro de semelhante coisa. É uma descaracterização da nossa identidade. Sinceramente não entendo.
    Quanto ao resto é verdade que nos resta a Taça de Portugal. E defender o quinto lugar. porque mais do que isso já me parece difícil.
    Caro H.M.
    Mais equilibrado e com mais soluções. palavras de Pedro Martins.
    O futuro dirá.

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  6. Saganowski9:33 a.m.

    Caro Luis,
    Mais equilibrado e com mais soluções??? Onde estão elas??? É que anda não vi nada melhor que Rafael Miranda e João Pedro na linha média.

    Gostaria que me provassem o contrário, mas tenho a ideia que esta equipa já deu o "estoiro"!
    Se calhar era boa altura pensar em campeonatos de apenas 6 meses. Assim não corríamos o risco de fazer segundas voltas execráveis, nem de ver a Direcção a vender o ouro todo quando ainda vamos a meio da época!

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  7. Caro Saganowski:
    Pelo que vejo defendes o modelo argentino com o torneio abertura e o torneio clausura.
    O nosso problema é que sem as primeiras voltas em que pontuamos as segundas podiam ser dramaticas

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  8. Caro Luís,
    E não achas que as nossas segundas voltas tem já sido ao longo dos últimos anos suficientemente dramáticas ou confrangedoras em termos de exibições, pontos perdidos e desmotivação de jogadores e equipas técnicas?

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  9. Caro Saganowski:
    Acho. Verdadeiras decepções

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