Já aqui me referi, em tempos,a esta questão mas volto a fazê-lo agora a propósito da assinatura do acordo autárquico entre PSD e CDS.
Não sou um fanático do formalismo e do cumprimento até ao exagero dos preceitos estatutários e regulamentares do meu partido mas confesso que me faz alguma confusão ver o PSD ser representado na assinatura de um acordo por alguém sem mandato estatutário para o efeito.
Carlos Carreiras preside (como outros presidiram no passado) a uma chamada comissão de coordenação autárquica que não tem existência estatutária , que não foi eleita em congresso e portanto carece, do meu ponto de vista, de legitimidade para vincular o partido.
Vou mais longe até.
Penso que a existência desta comissão, nestes moldes, nem faz nenhum sentido!
Não é "invenção" de agora porque, se bem me lembro, existe desde pelo menos 1996 (liderança de Marcelo Rebelo de Sousa) e visa coordenar o processo autárquico e escolha de candidatos, funcionando como orgão de apoio à Comissão Política Nacional com base num regulamento aprovado, suponho, em Conselho Nacional.
E ao longos destes anos todos os presidentes do partido e respectivas CPN escolheram as suas comissões de coordenação autárquica com base em critérios de confiança política e pessoal.
Não entendo, embora perceba bem a necessidade de haver um grupo de dirigentes especialmente atentos à questão autárquica em toda a sua complexidade, é porque razão essa comissão não é dirigida por um vice presidente da CPN que com o apoio de dois vogais da mesma CPN, do indicado pelos ASD e do Secretário Geral assegurariam as tarefas inerentes à comissão.
Ir buscar pessoas exteriores aos orgãos eleitos porquê e para quê?
Nem me parece que os membros da CPN tenham assim tanto que fazer nem acho adequado sobrecarregar um presidente de câmara (recandidato) com outras tarefas que não dirigir a autarquia e garantir a reeleição.
Naturalmente que o aqui escrito em nada belisca os membros da comissão autárquica (Carlos Carreiras, Alberto Santos, Pedro Pinto e Matos Rosa) pessoas absolutamente estimáveis e todas elas com relevantes serviços prestados ao PSD.
É apenas uma questão de principio quanto a comissões de coordenação autárquica.
Esta e todas as que a antecederam.
Depois Falamos.
«Não há festa, nem festança onde não vá a Costança». Penso que se aplica a alguns 'rapazes que depois de 'cooptados' vão a todas e "todolo mandam". Realmente se a 'comichão' (sou tão mazinha :))))))é um orgão de apoio, assessorizando o Presidente ou a CPN, deveria ser o president, ou alguém da CPN a assinar qualquer acordo geral.
ResponderEliminarJá agora uma fofoca relacionada: em Cascais os militants do PSD estão a desfiliar-se 'às dúzias' e a filiar-se no CDS não sei porquê, só que está a acontecer, está...
Cara il:
ResponderEliminarEssa de Cascais é interessante.
Porque será?
Pois...
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