O Papa Francisco faz hoje 80 anos.
Tenho pena que não sejam 60 ou 70 porque a sua acção tem sido tão relevante, o seu pontificado tem feito tão bem à Igreja e ao mundo, percebe-se que ele tem tanto para fazer pela frente que é lastimável que a sua acção esteja balizada por uma idade que não lhe permitirá muito mais que concentrar-se no curto e médio prazo.
Não sendo um católico exemplar, nem sequer praticante regular, admito que tenho visto nos últimos pontífices exemplos extraordinários de homens que conseguiram pela palavra e pelo exemplo influenciar o curso da História e da humanidade.
Quando nasci era Papa João XXIII. Do qual não tenho memória dado ter morrido em 1963.
Sucedeu-lhe Paulo VI.
O primeiro a sair dos muros do Vaticano, a fazer viagens pastorais pelo mundo, a ter um papel visível nas convulsões do pós II Guerra Mundial , da "guerra fria" e dos movimentos independentistas em África.
A seguir João Paulo I.
Cujo pontificado durou apenas 33 dias e sobre cuja morte não cessam de aparecer teorias da conspiração dada a estranheza de tudo que a rodeou.
Depois João Paulo II.
Um Papa admirável, uma das maiores figuras do século XX, um Pontífice com uma influência decisiva no curso da História e na defesa de valores.
Um verdadeiro peregrino da Fé, em nome da qual correu os cinco continentes em viagens de grande mediatismo e impacto junto de todos que o viram e ouviram. E não apenas os fieis.
Um longo pontificado, mais de 27 anos, cuja fase final mostrou um Papa enfraquecido e doente mas cujo exemplo de entrega não será esquecido.
Sucedeu-lhe Bento XVI.
Menos carismático que o antecessor mas um intelectual de valor extraordinário e um teólogo que deixa obra feita.
Renunciou ao trono pontifical, o que já não acontecia há séculos, e optou pelo recolhimento e pelo estudo sendo cada vez mais raras as suas aparições públicas.
E chegou Francisco.
Jesuíta, sul americano, nada dado a convenções e a convencionalismos rapidamente adquiriu a popularidade de uma "pop star" através da simplicidade da sua forma de ser, da simpatia irradiante, do exemplo que as suas atitudes constituem e da vontade reformista que levou para o Vaticano.
Vai no seu quarto ano de pontificado, espera-se que faça alguns mais (embora o próprio já tenha admitido seguir o exemplo de Bento XVI) mas sendo ainda cedo para fazer uma avaliação global da sua acção pode dizer-se,sem receio de desmentido, que é um Papa que já deixou uma marca profunda na Igreja e que ficará na História como um dos seus maiores.
Feliz aniversário Papa Francisco.
Depois Falamos
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