A derrota de ontem em Tondela significou para o Vitória, e para os vitorianos, uma balde de agua fria,um murro no estômago, uma tremenda desilusão e o mais que queiram chamar-lhe face ao relativamente inesperado insucesso.
Acho que nem vale a pena dramatizar nem desculpabilizar o que aconteceu.
Vale mais tirar conclusões e perceber que se devidamente entendida pode ser uma boa lição para o futuro.
Não foi por perder com o ultimo classificado, mas que já tinha empatado com Porto e Sporting convém não esquecer, que fica em causa uma época meritória que o Vitória vem fazendo e que lhe permite disputar o quarto lugar que é, realisticamente, aquele que está ao seu alcance face à realidade do seu plantel.
Claro que vencendo ontem para além de arrecadar três pontos (e isso era o que mais importava) teria subido a um terceiro lugar que seria sempre moralizador mas não seria "seu" porque não tem argumentos em quantidade/qualidade suficientes para poder aspirar a mantê-lo até Maio de 2017.
E não vale a pena tentar arranjar desculpas para o insucesso.
O terreno estava em boas condições, o Tondela jogou melhor e criou mais oportunidades, as ausências de Rafael Miranda e Marega não podem ser justificação para não vencer uma equipa que lhe é notoriamente inferior.
Há que reconhecer que foi uma noite má, com erros individuais e colectivos, muito por força de alguma sobranceria com que o Vitória entrou em campo pensando que as camisolas e o fantástico apoio dos adeptos (voltamos a jogar em casa!) seria o suficiente para mais cedo ou mais tarde ganharmos o jogo.
Uma primeira parte horrível, sem um único remate à baliza adversária (o Tondela nesse período fez sete!) , sofrendo oito cantos e tendo apenas um a favor indiciavam que ao contrário do esperado o golo que acabaria por aparecer seria do Tondela e não do Vitória.
O intervalo fez bem à equipa.
Acredito que Pedro Martins deve ter dado uns valentes "berros" e o Vitória entrou para a segunda parte com outra atitude, também ajudada pela boa entrada em jogo de Hurtado, e passou a jogar um futebol bem mais acutilante e conseguindo o domínio do jogo remetendo o adversário para o seu meio campo e fazendo crer que poderia chegar ao triunfo.
O futebol bem pensado de Hurtado, a acutilância do flanco direito com Bruno Gaspar e Hernâni em bom plano e o futebol pressionante de João Pedro inclinaram os pratos da balança para o lado vitoriano e quando Soares fez o golo acreditou-se que o triunfo já não fugiria.
Mas o pior estava para vir.
O Tondela reagiu e em dois minutos fez a reviravolta no marcador através de duas boas jogadas de envolvimento pelo flanco esquerdo com cruzamentos ao segundo poste e finalizações oportunas de Wagner perante falhas evidentes de marcação da equipa vitoriana.
Difícil de compreender dois golos iguais em dois minutos.
Seria fácil, mas não vou por aí, apontar o dedo exclusivamente a Rúben Ferreira (que tem responsabilidades é verdade) mas constata-se que não foi só ele a falhar porque em ambos os lances se verificou que quer ele quer Bruno Gaspar não foram convenientemente ajudados pelos seus "alas" e viram-se em inferioridade numérica perante os adversários.
Erros a corrigir que custaram três pontos.
Em suma uma derrota inesperada, uma enorme desilusão para os adeptos, mas nada está perdido e se forem tiradas as devidas ilacções estou certo que ela será diluída num processo de aprendizagem e crescimento da equipa que a levará a novos sucessos e novas alegrias para os vitorianos.
O árbitro Vasco Santos fez um excelente trabalho.
Depois Falamos.
Tem razão Sr Luis Cirilo: mas que desilusão ontem! A equipa tem de aproveitar e motivar também o bom ambiente criado entre adeptos. O apoio tem de ser correspondido dentro do campo. E, no Vitória, além de ganhar gostamos de bom futebol. Não pode haver jogos-treino para o campeonato! Pedro Martins sabe disso. A equipa também tem de perceber. Não sei muito bem o porquê dos 'apagões' em alguns jogadores durante o jogo. Ontem quem deveria estar cansado na segunda parte era o Tondela porque correu mais na primeira...
ResponderEliminarMas nem sempre se ganha e há dias de azar. O Vitória teve um jogo muito 'levezinho' como, em alguns momentos, no Bessa para a Taça. É preciso acreditar até ao fim. É o que fazemos na bancada!
FORÇA VITÓRIA!
Miguel Leite
Exibição de desplante muito mais visivel numa primeira parte em que se empregaram a fundo no esforço pelo menor esforço possivel crentes que num esporádico ataque,ou contra-ataque marcassem golo e aí decidissem definitivamente o jogo ! Isto já tinha acontecido em Vila Do Conde,e por ter corrido demasiadamente bem pensaram que a festa dependeria sempre só deles,como,quando,e contra quem quisessem !
ResponderEliminarNa parte complementar já se viu uma aproximação ao real valor das individualidades e do conjunto,mas,após o golo,houve mais uma recaida na atitude de desplante despudoradamente patenteada na anterior metade do jogo,e que teve como consequência uma serie de desastrosas abordagens na parte defensiva das quais resultaram dois momentos inacreditaveis,que me provocariam gargalhadas pela noite fora se isto tivesse acontecido com o oponente !
Espero que tenham aprendido a entrar em jogo respeitando igualmente todos os adversários independentemente do valor,e da projecção de cada um,e que de cada vez que marcarem não voltem a encarar o resto de jogo como se estivessem a jogar entre eles !
Caro Miguel Leite:
ResponderEliminarEspero que tenha servido de lição.
Porque aquela primeira parte foi das piores que me lembro ver uma equipa do Vitória realizar.
Domingo com o Chaves a equipa tem de dar uma resposta cabal.
Caro De Guimarães:
Estou de acordo com a sua opinião.
Só nos faltava mesmo ter jogadores convencidos que as camisolas e os adeptos bastam para ganhar jogos.
Espero que a lição sirva para imediata correcção daquele tipo de atitude
É certo que houve uma certa apatia dos jogadores, mas eu penso que o maior responsável foi o treinador. Assim como devemos e podemos elogiar o seu magnifico trabalho, também devemos ter uma atitude critica quando esse trabalho falha (espero que pontualmente). A primeira parte do jogo que nós demos de avanço ao Tondela ocorreu pela mau escalonamento da equipa, nem Tozé (infelizmente) nem João Aurélio (por que as suas características são outras) foram os médios de condução de bola que o jogo e o adversário impunham. E isso até era fácil de prever. Por isso, houve erro sim do treinador.
ResponderEliminarNo entanto, e o futebol é mesmo assim, conseguimos marcar e acabamos por perder por erros defensivos numa segunda parte onde a táctica e a entrega ao jogo foram outras.
Ao contrário do que é habitual, confesso que no Domingo durante alguns minutos da 1ª parte deixei de olhar para o ecrã e estive ocupado a fazer outras coisas, porque o futebol que me estava a ser dado a ver não me satisfez minimamente. Não era preciso ver estatísticas para ver que, de facto, a primeira parte foi do mais fraquinho que o Vitória fez neste campeonato. Falta de jogadores fundamentais como Marega e Rafael Miranda ou pura sobranceria, confesso que não sei a resposta... Mas o que sei é que as camisolas e os emblemas não ganham, jogos e que o resultado do jogo é um alerta sério. Ainda não ganhamos nada, nem somos os melhores do mundo! Há que trabalhar mais, estar mais concentrados e, certamente, as boas exibições e as vitórias vão voltar, já na próxima jornada!
ResponderEliminarCaro Francisco Guimarães:
ResponderEliminarClaro que o treinador também tem as suas responsabilidades.
Numa equipa ganham e perdem todos.
Esperemos que os erros de Tondela não se repitam.
Caro Saganowski:
Como já escrevi anteriormente espero que esta derrota tenha servido de lição.
Aos jogadores, ao treinador e aos dirigentes porque todos terão de tirar as respectivas ilacções.
No caso dos dirigentes a principal ilacção é que a equipa tem lacunas que devem ser colmatadas na reabertura domercado.
Caro Luís,
ResponderEliminarConcordando contigo, espero sinceramente que não se cometam erros de épocas anteriores e não tenhamos de levar com "camiões" de "refugo" da 2ª Circular nem das Antas!
Caro Saganowski:
ResponderEliminarFaço minhas as tuas palavras