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quarta-feira, novembro 09, 2016

A Taça Menor

Devo dizer que não tenho nenhuma simpatia pela taça CTT outrora conhecida por taça da Liga e comummente conhecida como taça "Lucílio Baptista" depois de uma tristemente célebre actuação do ex-árbitro numa final da prova.
E não tenho simpatia porque é uma prova mentirosa, construída com base no favorecimento de uns em detrimento de outros e feita para ser ganha sempre pelos mesmos (até agora o "mesmo" porque os outros dois...nada) com a devida licença de Vitória Futebol Clube e Sporting de Braga que até agora foram os vencedores excepcionais face aos sete triunfos do Benfica.
Ainda por cima , neste novo modelo de "final four", remete os jogos decisivos para um estádio sem clube e sem público (estádio do Algarve) sem outra lógica que não seja dar alguma utilização a um dos "elefantes brancos" que sobraram do Euro 2004.
Aliás a mesma lógica de o Portugal-Letónia do próximo domingo ser lá jogado.
E face aos grupos hoje sorteados pergunto-me que lógica teria esse estádio se os semi finalistas fossem,por exemplo, Varzim (A), Porto (B), Braga (C) e Vitória (D) quatro clubes situados a norte do Douro e cujos adeptos teriam de andar mais de 600 quilómetros para assistirem aos jogos.
Nenhuma como é evidente!
Quanto ao sorteio propriamente dito e no que respeita ao Vitória creio que foi um bom sorteio.
Quer o grupo quer o calendário.
Eu sei que nos tocou o "papa taças" da liga que é um adversário forte.
Mas se o Vitória tem aspirações a vencer o troféu, e não há razões para não as ter, então é certo e sabido que nesta fase e nas meias finais terá de ultrapassar adversários deste calibre pelo que este ou outro importava é que nesta fase os pudesse defrontar no estádio D. Afonso Henriques.
Como acontecerá.
Aliás o sorteio em termos de calendário não podia ser melhor.
O Vitória faz o primeiro jogo em Vizela e depois recebe Paços de Ferreira e Benfica.
Teoricamente , depois é preciso fazer a prática corresponder à teoria, é positivo porque jogamos com o adversário mais fraco fora (e à beira de casa) e depois recebemos os mais fortes no nosso estádio com tudo que isso tem de vantajoso.
E com uma curiosidade que veremos o peso que vai ter nos dois jogos.
O Benfica joga em Guimarães a 7 ou 8 para a Liga e depois a 11 para a taça CTT ou seja dois jogos no curto espaço de três ou quatro dias.
Em suma um sorteio interessante e que abre boas perspectivas de apuramento sem com isto desvalorizar os adversários.
Depois Falamos

8 comentários:

  1. Saganowski8:38 a.m.

    Nao contem comigo para este peditório!
    Esta Taça não está feita para o espectáculo, apesar do que se ouve dizer! Se assim fosse, os 3 do costume deveriam estar num pote com todos os outros!
    E que dizer do disparate de uns jogarem menos em casa que outros? E da a aberração de se fazer a final a 4 no Algarve em Janeiro?
    Eu sei que nunca há (nem haverá) modelos perfeitos, mas este não é o meu modelo de Taça da Liga.

    Se calhar era interessante incentivar aqui um debate...

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  2. Caro Saganowski:
    É um modelo pensado para que os chamados "grandes" a ganhem.
    Em suma uma aldrabice.

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  3. Anónimo3:19 a.m.

    Boa noite, Luís, espero encontrá-lo bem.

    Um excelente exemplo do que diz (em relação à existência desta competição em tudo formatada para favorecer Porto, Benfica e Sporting) é o título do artigo do sítio "Tribuna Expresso" acerca deste sorteio: "Aqui está o sorteio da Taça CTT (ou como isto vai pôr os grandes contra os grandes)". Sobre isso, já escrevi o suficiente na respectiva caixa de comentários, mas parece-me paradigmático...

    Permita-me só acrescentar que, como sempre, tenho andado extremamente atento aos seus textos, ainda que não venha comentando com regularidade. Isto a par de, por constantes ausências do Berço, poucas presenças junto do nosso grande amigo, que esta época por certo andará mais sorridente.

    E é para já com desconfiança que olho para esta época. Os resultados estão a ser interessantes e a equipa, a esse nível, transmite uma segurança que na época passada era uma miragem. Ainda assim, o nível exibicional está longe de ser convincente (à excepção do jogo contra o Estoril, não houve um jogo que me tenha enchido as medidas), o que não é anormal face à chegada de um treinador novo que parece estar a moldar a equipa às suas ideias.

    A pior parte, quanto a mim, é a reiterada, inevitável (se atendermos à classe dirigente) e absurda aposta no contentor de emprestados. O Vitória deve (só pode...) ser o clube, em todas as principais ligas europeias, que mais jogadores emprestados tem. E, depois, eles surgem como pedras: o caso de Soares é paradigmático. Corrija-me se estiver errado, mas só recentemente, com a notícia de que o VSC iria comprar metade do passe, é que veio a público a informação de que os direitos económicos do jogador não pertencem ao Vitória. Pedro Henrique, Marega, Hurtado, Soares, Bernard e Hernâni (será que Raphinha também? É que não são poucas as dúvidas relativas aos detentores efectivos do seu passe) são jogadores fulcrais (agora ou, muito provavelmente, virão a ser) para a equipa, que se constrói em grande parte suportada em muitos deles. E a probabilidade de, no final da época, pela própria natureza da condição destes jogadores no clube, termos de voltar a recompor o plantel pelas saídas em massa de futebolistas que poderão vir a render 0€ ao clube é altíssima. E todos sabemos que uma das bases para o sucesso é a manutenção do esqueleto de uma equipa de uma temporada para a outra. Uma coisa que nós, adeptos do Vitória, já não nos recordámos do que é, tamanha é a razia, todo o santo Verão, nos nossos plantéis. A que se aliam sucessivos escassos proveitos financeiros... É assustador pensar que a política de contratações (que conhece MUITO melhor do que eu) que nos levou à conquista do maior troféu da história do Vitória foi meramente fruto de circunstâncias financeiras e não de uma real aposta desportiva. O elevador entre equipa A e B parece funcionar cada vez menos, o que é de lamentar, e uma machadada no que vinha a ser um projecto inovador e seguido com interesse por toda a parte.

    Um abraço,
    José Miguel

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  4. Caro José Miguel:
    Já tinha comentado com o nosso amigo comum que estranhava a sua ausências nestes comentários.
    É verdade que ele este ano anda mais sorridente mas não muito porque partilha dos sempre presentes receios quanto a um Janeiro destruidor. Ele,como eu, como o José Miguel e tantos outros faz parte daquele lote que já não se ilude. Espera para ver.
    Quanto à equipa é inegável que Pedro Martins está a fazer um bom trabalho, os resultados tem correspondido, a classificação é excelente neste momento mas ainda faltam algumas coisas.
    A qualidade exibicional (não confundir com garra, empenho e espirito de sacrifício que isso existe a rodos) , os métodos de jogo e uma ou outra aposta (Hurtado à cabeça) que não só não tem correspondido como não se percebe a insistência.
    Quanto aos emprestados e à equipa B estou naturalmente de acordo consigo.
    Mas já todos percebemos que com esta SAD não mudaremos de caminho nem evitaremos as "ligações perigosas" com os chamados "grandes".
    E é pena.
    Porque o projecto iniciado em 2012 se continuado dispensava tudo isso e permitia ao Vitória um caminho autónomo.
    Opções tomadas por quem de direito mas profundamente erradas.
    Taça da Liga?
    Nestes moldes só mesmo por obrigação regulamentar porque é uma aldrabice pegada.
    E então a final four no Algarve é um absurdo tal que só explica pela vontade dos dirigentes da Liga em aproveitarem as temperaturas amenas para um fim de semana prolongado!

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  5. Anónimo7:34 p.m.

    Boa tarde, Luís,

    Antes de mais, obrigado pelas palavras. E, pese embora isto não seja necessariamente bom, é com algum alívio que verifico que não sou o único a viver este momento de melhores resultados com profundo receio do que ainda possa vir a acontecer, principalmente face ao historial de mercados de Janeiro destruidores e calamitosos, seguindo-se as segundas voltas miseráveis que já são um triste apanágio do clube.

    Concordo absolutamente com a incompreensão relativa à aposta em Hurtado. O próprio treinador faz com que a aumente pois já se tornou da praxe o facto de a primeira substituição ser a retirada do peruano. O problema é que, muitas das vezes, a troca é com Bernard, que consegue acrescentar ainda menos. Molengão, desajeitado e muito longe do Bernard nos seus primeiros 5 jogos com o Vitória. A partir daí...

    Para terminar, e sobre a Taça da Liga, dentro de todas as ideias lunáticas do novo Presidente da Liga, talvez se consiga salvar a de atribuir um lugar europeu ao seu vencedor. Seria, indubitavelmente, uma forma de aumentar um pouco o interesse da competição sob o ponto de vista dos clubes que mais dificuldades têm para se apurar para a Liga Europa via campeonato. Acredita igualmente ser esta uma boa mudança?

    Um abraço,
    José Miguel

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  6. Caro Luis Cirilo, espero que o Benfica vença a sua oitava taça da liga.

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  7. Caro José Miguel:
    Não tenho opinião formada.
    Com a actual configuração de "filhos e enteados" é quase inevitável que os chamados "grandes" estejam nas meias finais (e esses normalmente vão à Liga dos Campeões) pelo que o outro semifinalista é que seria o apurado. Como esse outro tem grandes probabilidades de já ser apurado pela classificação na Liga abrir-se-ia uma muito razoável confusão.
    Em sintese o primeiro passo parece-me que é credibilizar a prova de duas formas:
    Uma é um sorteio igual para todos sem filhos nem enteados.
    A outra é definir o estádio da "final four" DEPOIS de conhecidos os quatro apurados e não ao sabor dos desejos de férias dos dirigentes da Liga. Se há estádio onde esta final jamais devia acontecer é no do ALgarve. Um recinto que nem sequer tem um clube a utilizá-lo regularmnente

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  8. Caro cards:
    É sempre um grande favorito.
    Mas este ano acredito que nem à final four chega.
    veremos...

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