Poucas coisas darão tanto a noção da pequenez em que vivemos como esta inusitada atenção que a comunicação social tem dado ao caso do suspeito dos crimes em Aguiar da Beira.
Não sei quantas horas de directos, reportagens, entrevistas e debates já foram feitos em volta dos crimes e do desaparecimento do único suspeito da sua autoria.
Mas seguramente um número absurdo.
Que dá bem ideia das preferências dos telespectadores que em número igualmente absurdo consomem "produtos" televisivos recheados de sangue, crimes e desgraças alheias como se porventura fossem assuntos a merecerem semelhante interesse.
Pobre país.
E pobres autoridades que para além de terem de descobrir um foragido perigoso ainda tem de suportar, em nome de uma mais que duvidosa liberdade de expressão em casos como este, os constantes directos televisivos que tem sido seguramente um precioso auxiliar para quem estando em fuga precisa de saber por onde andam aqueles que o procuram para melhor lhes fugir.
Basta um telemóvel com essa capacidade e sintonizando RTP/SIC/TVI/CMTV tem a tarefa facilitada.
Enfim...
Depois Falamos
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