A facilidade com que Portugal goleou Andorra, um das mais fracas selecções da Europa, num jogo em que marcou seis golos e podia ter marcado outros tantos pode induzir alguma sensação de facilidade no que concerne ao apuramento para o Mundial de 2018.
Nada de mais errado.
Porque tendo calhado num grupo perfeitamente acessível (Suíça, Hungria, Letónia, Ilhas Faroe, Andorra) a verdade é que decorridas apenas duas jornadas já se percebe que a margem de erro de Portugal é muito reduzida.
E isto porque tendo na Suíça o principal adversário a selecção portuguesa já perdeu em terras helvéticas e "viu" na passada sexta feira a selecção suíça vencer em casa da Hungria (teoricamente a terceira melhor equipa do grupo) o que aumenta a fasquia de exigência para os campeões europeus.
As contas são simples de fazer.
Em cada grupo só se apura directamente o primeiro classificado enquanto a maior parte dos segundos classificados terão de disputar um play off recheado de perigos porque há muitas selecções de grande valia que lá irão parar.
Basta constatarmos, por exemplo, que Itália e Espanha estão no mesmo grupo e só uma se apurará directamente pelo que ninguém estará particularmente interessado em levar com a que for ao play off.
E por isso no grupo de Portugal as contas são fáceis de fazer.
Há três selecções a que seguramente Portugal e Suíça ganharão os dois jogos.
Andorra, Ilhas Faroe e Letónia.
Qualquer erro com uma delas é a "morte do artista".
Depois com a Hungria, e face ao triunfo helvético de sexta feira, Portugal já sabe que tem de ganhar também os dois jogos para continuar a depender de si próprio para ganhar o grupo.
Para de amanha a um ano, a 10 de Outubro de 2017, na recepção à Suíça poder resolver o assunto a seu favor num jogo que será de "mata,mata" como Portugal tanto gosta.
Ou seja, muito claramente, Portugal para ganhar o grupo dependendo apenas de si próprio e sem estar a fazer contas a deslizes alheios tem de ganhar todos os oito jogos que lhe faltam.
Todos!
Não é tarefa impossível, atendendo ao valor dos adversários, mas é tarefa que vai exigir o máximo de rigor, de empenho e de concentração.
E é aí que Portugal, às vezes, complica ao ter deslizes com adversários mais fracos.
Esperemos que desta vez não aconteça.
Depois Falamos.
P.S. Não é rogar pragas mas o jogo de segunda feira, no relvado sintéctico das Ilhas Faroe, é daqueles propício aos tais deslizes...
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