Gostei, francamente, da atitude com que a selecção de Portugal abordou o jogo de ontem nas Ilhas Faroé.
Já se sabia que há um abismo de qualidade entres o campeão europeu e a equipas de umas ilhas "perdidas" no Atlântico e em que o futebol não tem a prioridade que lhe é dada noutras latitudes mais a sul.
Mas havia riscos.
O eventual excesso de confiança, a moralização dos adversários advinda dos dois jogos anteriores e por irem defrontar a melhor selecção europeia, o relvado sintéctico.
A isso tudo Portugal contrapôs a atitude perfeita.
Olhou o jogo com seriedade, respeitou o adversário, fez pela vida!
Em relação ao jogo anterior, com Andorra, o seleccionador fez três alterações duas por opção e outra por lesão dentro do modelo que considerou mais adequado para este jogo.
Guerreiro, lesionado, foi substituído por Antunes e a dupla "monegasca" Moutinho/Bernardo Silva deu lugar a João Mário e William Carvalho percebendo-se que a titularidade deste último terá tido mais a ver com a envergadura física dos adversários do que com a sua contribuição para a qualidade do jogo português.
Manteve, bem, o trio atacante com Quaresma à direita e Ronaldo à esquerda deixando André Silva como ponta de lança e entregou o comando do jogo à dupla André Gomes/João Mário que corresponderam em pleno rubricando boas exibições.
Na defesa manteve-se à direita o goleador João Cancelo, os centrais continuaram a ser Pepe e Fonte e apenas à esquerda houve a referida troca originada pela lesão de Guerreiro.
Na baliza Rui Patrício fez o segundo jogo consecutivo sem nada para fazer.
E Portugal não facilitou nem esperou que o tempo se encarregasse de resolver como noutros tempos acontecia com alguma frequência.
Entrou a dominar, a pressionar o adversário, a procurar adiantar-se no marcador e os 3-0 que levou para o intervalo devem-se à capacidade goleadora de André Silva,é verdade, mas também à atitude ambiciosa da equipa.
No segundo tempo o inevitável Ronaldo fez o quarto golo, a que se seguiu um período de algum adormecimento (compreensível) , mas a equipa viria a acabar em bom plano com um belo golo de Moutinho e outro de Cancelo a manter a fabulosa média de um golo por jogo.
Um bom resultado, uma boa exibição e Portugal continua a depender de si próprio para estar na Rússia em 2018.
Boas exibições de André Silva, Cancelo, Ronaldo, André Gomes e João Mário, numa equipa que globalmente cumpriu na perfeição e em que ninguém jogou mal
Os suplentes utilizados deram também boa conta do recado com destaque para o golo de Moutinho e as duas assistências de Gelson.
Menos bem, ou francamente mal se quiserem face a este adversário, apenas o facto de ambos os centrais terem visto cartões amarelos.
Não havia necessidade!
Depois Falamos
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