Vitória e Porto são clubes unidos, e tantas vezes desunidos, por uma história de confrontos desportivos quase centenária e em que sendo a vantagem estatística dos portistas existem também fartas recordações de boa memória para os vitorianos.
Para mim é um jogo sempre especial.
Porque me traz a memória já muito longa de o primeiro jogo que vi do Vitória ter sido precisamente com o Porto, na Amorosa, há cinquenta anos atrás e que se saldou por um triunfo vitoriano naquilo que sempre considerei como um óptimo "baptismo" na minha vida vitoriana.
Depois desses vi dezenas e dezenas deles.
No D.Afonso Henriques, nas Antas, no Dragão, no 1º de Maio em Braga, na Póvoa de Varzim, em Fafe, em Aveiro, no Jamor por duas vezes.
Grandes memórias, como a do ultimo triunfo do Vitória em casa do Porto a que assisti lá no alto da arquibancada das Antas , misturadas com má recordações como as duas finais de Taça perdidas.
E a memória dos grandes jogadores de ambas as equipas que vi actual ao longo destes 50 anos e que seria fastidioso estar aqui a recordar tantos eles são.
Deixo apenas dois nomes.
O "nosso", que também foi "deles", Paulinho Cascavel de tantas e tão gratas memórias para os vitorianos (ainda hoje o único jogador da História do futebol português a ser melhor marcador do campeonato em dois anos consecutivos por clubes diferentes) face aos dois anos de grandes exibições e grandes golos com a nossa camisola.
E Vítor Baía, para mim o melhor guarda redes de sempre do futebol português, que se estreou na equipa principal do Porto num jogo com o Vitória a que também assisti.
Amanhã é outro jogo.
Uma vez mais Vitória e Porto vão encontrar-se, em casa portista onde a estatística nos é francamente desfavorável, e como cada jogo tem a sua História há que acreditar que o Vitória vai entrar no "Dragão" para jogar olhos nos olhos com o adversário e lutar pelos três pontos.
A isso nos obriga a nossa História, o nosso ADN, o símbolo que as camisolas tem no peito.
Depois Falamos.
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