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sábado, agosto 20, 2016

Regresso a Santiago

Reza a lenda (familiar) que a primeira vez que visitei Santiago de Compostela, teria eu os meus três anos de idade, cumpri a tradição de dar com a cabeça os três toques no pórtico da Glória  com tal entusiasmo que além de um pequeno "galo" fiquei "condenado" a voltar a Santiago mais vezes.
Tenho-o feito ao longo dos anos.
Sempre com um imenso encanto porque Santiago é uma das cidades espanholas de que gosto mais pela sua História, monumentalidade e importância de que se reveste para a história da peninsula ibérica.
Nunca fiz o caminho de Santiago mas morando à margem de um dos percursos mais utilizados por peregrinos, no "caminho português", vejo-os passar diariamente ao longo do ano e com alguma curiosidade confesso.
Recentemente, depois talvez uma década de ausência voltei a Santiago.
Voltei à catedral, aquelas ruas encantadores que a rodeiam, a todo o fascínio que a milenar cidade encerra.
Com duas notas:
Como sempre, mas talvez ainda mais, cheia de peregrinos de todo o mundo que lhe dão um ar universal e cruzamento das mais diferentes culturas e povos. E muitos deles jovens com a alegria e a espontaneidade que essa faixa etária sempre encerra.
Mas com uma seguranças nas ruas como nunca lá tinha visto.
Agentes da "Guardia Civil"a pé e de carro, com armas automáticas, acompanhados nalguns casos de cães com ar pouco amigável e um mais que notório estado de prevenção perfeitamente compreensível nos tempos infelizes que se vivem numa Europa exposta ao terrorismo.
E Santiago de Compostela, um dos principais centros de peregrinação da cristandade a nível mundial, é evidentemente um alvo apetecível para o Daesh, a Al Qaeda e outros movimentos terroristas que ao abrigo de pretensas diferenças religiosas mais não querem do que espalhar o terror e a morte.
Sinal dos tempos...
Voltarei a Santiago!
Depois Falamos

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