Em primeiro lugar, e antes de falar sobre a exibição, a táctica ou o resultado (injusto) há que dizer que o Vitória vive um equivoco que está na base de tudo aquilo que ontem fez de menos bom num dérbi que esteve perfeitamente ao seu alcance ganhar mas uma vez mais perdeu!
E esse equivoco prende-se com a gestão desportiva do plantel em pelo menos duas opções:
Uma porque pese embora todos os exemplos já provados em contrário quem manda continua convencido que se pode fazer e desfazer uma equipa todas as épocas sem consequências desportivas em termos de resultados e classificações.
Não pode.
Rui Vitória, em especial, mas também Armando Evangelista e Sérgio Conceição, foram vítimas dessa forma de gerir.
Basta lembrar a equipa que ganhou a taça de Portugal, e que devia ter sido a base de um crescimento sustentado do clube, que foi imediatamente desfeita e a preços bem abaixo do valor real dos jogadores.
O outro equivoco é continuar a pensar-se que jogadores que SLB/SCP/FCP não querem nem para suplentes das suas equipas podem ser titulares do Vitória e dar à equipa o acréscimo de qualidade que lhe permita lutar pelas classificações europeias.
E embora haja excepções (como Otávio mas apenas na segunda época) a regra é que são jogadores que não acrescentam nada e ainda roubam espaço aos que são nossos e nada lhe ficam a dever em qualidade antes pelo contrário.
Bastará recordar os nomes de Sami, Rosell, Vítor Andrade, Ivo Rodrigues, Urreta, Abdoulaye entre outros.
E esses dois equívocos condicionam a prestação desportiva e competitiva da equipa.
Ontem foi mais um exemplo disso.
Perante um Braga com uma equipa rotinada, assente numa base sólida de jogadores com alguns anos em conjunto e dotada de alguns valores individuais de muito boa qualidade o Vitória apresentou uma equipa em que apenas três jogadores (Josué, Pedro Henrique e Valente) foram titulares habituais na época passada porque tudo o resto ou era novo no clube, ou vinha de uma prolongada estadia no banco como era o caso de Douglas ou tinha subido da equipa B como João Pedro.
Novos laterais, meio campo todo diferente, um ataque em que se fez sentir (e muito) a ausência de Dourado a sua grande referência, é o retrato de uma equipa novamente em construção e denotando lacunas que uma vez mais se teme sejam supridas por "restos" alheios.
Mesmo assim o Vitória fez uma segunda parte de razoável nível, em que se superiorizou ao Braga, construindo várias oportunidades de golo que não foi capaz de concretizar excepto num caso mas com Marega em fora de jogo bem assinalado.
O Vitória reagiu bem, mesmo com alguma "trapalhice táctica entre os avançados que tanto trocavam de posição que acredito que até a eles se baralharam, a uma primeira parte em que o Braga foi melhor (marcando um golo de grande execução a par da criação de mais duas grandes oportunidades que podiam ter resolvido logo o desfecho da partida) e demonstrou que há matéria prima para construir uma equipa razoavelmente competitiva e ambiciosa se houver o bom senso de contratar reforços " a sério" e não ficar pendurado no que os outros não querem.
Em suma uma entrada no campeonato com a mais detestável das derrotas (em casa com o Braga) num jogo em que o Vitória fez o suficiente para não perder e com uma pontinha de sorte até podia ter ganho.
Mas pelo que se passou em campo e pelos equívocos atrás referidos só nos podemos queixar de nós próprios.
Hugo Miguel fez um trabalho sem influência no resultado, arbitrando de forma imparcial mas muito "miudinha" apitando a tudo, merecendo apenas critica pela forma como permitiu o constante anti jogo do guarda redes bracarense que aos 16 minutos de jogo já estava a queimar tempo.
De facto hás aspectos em que mentalidade de equipa pequena vem ao de cima de forma completamente incontrolável...
Depois Falamos.
Sr Luís Cirilo, todos nós já sabemos a 4 anos qual é a estratégia desportiva desta administração. Mas a verdade é que num passado recente houve eleições e não houve ninguém que fizesse frente a esta administração e como um visão diferente para um Vitória diferente!
ResponderEliminarSigo com atenção aos seu comentário como também sigo em relação a outros vitorianos, mas aquilo que desejo como vitorianos é que possamos passar das palavra à acção!
Caso contrário podem passar como "papagaios" aonde o objectivo é contra informar, com vista a criar instabilidade... visto que muitos que escrevem opiniões, são pessoas que pelo seu percurso profissional/pessoal tem credibilidade e reconhecimento entre os vimaranenses (e o seu nome, como é óbvio está lá) !
Por isso, o que desejo é um vitória mais forte, e só o seremos quando houver multi - opções para os sócios opinarem e decidirem o que pretendem para o seu/nosso clube, caso contrário andamos nisto !
Bruno
O Braga jogou melhor na 1ª parte e podia ter acabado com o jogo.
ResponderEliminarNa 2ª apesar de nunca "termos" jogado bem durante os 90 minutos,"jogamos" nós melhor,e podíamos ter empatado.
Globalmente apesar do Braga ter só dominado a 1ª parte teve mais qualidade do que "nós" com bola,e por isso não desmereceu ganhar,mas o empate também seria justo aceitavel pelo "nosso" maior esforço.
O plantel tem limitações,mas mesmo assim não desculpabiliza alguns erros do treinador como a não inclusão de um médio construtor logo de inicio,e quando a perder ter substituído posição por posição sem ter arriscado mais.Habituou-nos a melhor no clube anterior,e nos jogos da pré-epoca.Esperemos que volte ao nivel habitual e não voltemos a assistir à deprimente táctica do balão de ontem,que os anteriores deixaram por cá.
O nosso público não esteve à altura das nossas claques que tudo fizeram para ser a força extra que costumam ser e arrastar os outros,que se deixaram silenciar vergonhosamente pela esmagadora minoria !
Esqueci-me mencionar que outro erro do treinador foi retirar o Marega,que estava a ser menos improficuo do que outros da frente.Já havia sido um erro desvia-lo para uma das extremidades !
ResponderEliminarFaltou-nos um "tiquinho" de sorte!
ResponderEliminarCaro Bruno:
ResponderEliminarO direito a opinar, criticando e elogiando, não pode estar sujeito a candidaturas a eleições. O Vitória é um clube com adeptos exigentes, atentos à realidade e que sempre tiveram opinião e certamente continuarão a ter. Não para destabilizar ou pelo gosto de criticar mas porque querem mais e melhor para o Vitória.
Fiz parte de direcções no tempo de Pimenta Machado que eram alvo de criticas e não vi a esmagadora maioria desses criticos aparecerem nas várias eleições que se seguiram.
Aqui chegados devo dizer que estou de acordo consigo quanto ao futuro.
E nas eleições de 2018 é de esperar que apareçam uma ou mais candidaturas alternativas
pela simples razão de que há outro caminho e muitos,como eu, discordam do actual.
E estou confiante que essas alternativas aparecerão.
Independentemente de os seus membros terem criticado muito,pouco ou nada os actuais orgãos sociais.
O meu receio, e e algo que vou sentido é algum conformismo nos Vitorianos!
EliminarPor isso, desejo que as alternativas passem da escrita para a prática, ou não existem pessoas que sentem o clube que nos podem oferecer outro projecto e dar aquilo que de momento está direcção não nos foi capaz de dar?
Em relação à política desportiva, teria de ter um maior conhecimento em relação a tudo que envolve o mercado de transferências, deduzindo que não deve ser fácil para o vitória ter a mesma força no mercado como tem os nossos vizinhos braga.
Bruno
Caro Cirilo, a belenização do Vitória já começou há alguns anos. Se nas assistências ainda vamos disfarçando, não sei se por muito mais tempo, na ambição e exigência dos adeptos não existe diferença. O Vitória hoje é um clube que vive de mão estendida, sem identidade, que anseia e desespera por jogadores emprestados dos ditos grandes. Não ponho em causa a qualidade de muitos dos jogadores apontados (Hernâni, Bernard, Paulo Oliveira, etc), mas que futuro tem um clube que vive de mão estendida?? Todos os jogadores citados andaram na nossa equipa B, o tal projecto. Hoje a prospecção do Vitória é no Seixal, em Alcochete ou no Olival. Ganhámos uma Taça sem um Único jogador emprestado. A identidade de uma equipa vê-se no compromisso entre os jogadores, entre a equipa e os adeptos. O Vitória que ganhou a Taça não foi, nem nunca será, o melhor 11 do Vitória, arrisco a dizer que nenhum figurará no melhor 11 de sempre das nossas vidas, mas caramba, eram nossos, com vontade vencer e uma alma imensa. Onde fica a alma de uma equipa de emprestados, de temporários, muito deles olhando para o Vitória como um passo atrás ou o possível numa carreira estagnada.
ResponderEliminarCumprimentos,
Pedro
A única defesa que o Marafona faz, no jogo todo, é o penalti (que ele próprio ofereceu) e o Vitória podia ter ganho o jogo? Mas... como?
ResponderEliminarCaro De Guimarães:
ResponderEliminarSe hácoisa que nunca me entusiasma são os jogos de preparação.
É na competição a "doer" que se veem os jogadores e as equipas.
O Vitória da primeira parte foi uma enorme desilusão enquanto o da segunda prometeu dias melhores se entretanto foram tomadas as decisões certas.
Quanto ao Marega acho que foi bem tirado porque já não podia com um gato pelo rabo.
Caro Saganowski:
Falta quase sempre.
Caro Pedro:
apenas lhe posso dizer duas coisas.
Uma é que estou totalmente de acordo.
A outra é que essa equipa que ganhou a Taça correspondia a uma promessa feita aos sócios nas eleições de 2012 segundo a qual nunca teríamos jogadores emprestados por clubes portugueses.
Caro Anónimo:
Marcando o penalti e se o golo de Marega(bem anulado) tivesse sido legal.
Bastava.
Não seria justo face ao desenrolar do jogo...mas bastava
Caro Luís Cirilo,
ResponderEliminarEm geral concordo com os pontos que referiu no seu texto. Acho que o Vitória em alguns períodos não conseguiu impor o seu jogo por um pouco de desorganização tática da equipa, dados os jogadores que estavam dentro de campo. Este 4-4-2/4-2-3-1 em que tanto Hurtado como Valente caem nas alas e Marega fica junto a Soares, ou com Hurtado a vir mais para posições interiores, acho que não é benéfico em jogos em casa perante equipas que vem com o intuito de defender. Isto porque os nossos médios centro tem carateristicas mais defensivas e de trabalho na recuperação de bola (grande jogo do João Pedro) e depois falta um jogador para a construção e transporte de bola (o típico nº10), pois nem Valente nem Hurtado tem essas carateristicas e são homens para jogar nas linhas. Mas com certeza que o Pedro Martins saberá melhor do que eu ou qualquer um como aproveitar as potencialidades dos jogadores e o sistema a utilizar. Falta-nos na minha opinião um matador como o Dourado, pois parece que para a defesa vem o tal Prince, que esperemos que seja mais uma opção para aumentar a competitividade e qualidade no plantel e não um possível sinal da saída de Josué.
Mas aproveitando a chegada de Prince e retomando o tema dos empréstimos, acho que como diz o Luis Cirilo e bem, que se quebrou uma das promessas das eleições e já estamos a voltar a um número elevado de jogadores emprestados e a vender as nossas melhores unidades por valores inferiores ao que poderíamos negociar, o que leva a reformular ano após ano a equipa, impedindo que o Vitória contrua uma boa base para obter resultados. Já para não falar das oportunidades que se negam a jovens da equipa B, que tem tanta ou mais qualidade e que são nossos ativos.
Cumprimentos
Paulo
Caro Luís Cirilo,
ResponderEliminaro resultado foi muito negativo, perder no arranque do campeonato, e logo com o nosso maior rival, é cenário que nenhum Vitoriano deseja!
Mas isto é como acaba e não como começa, por isso, haja esperança, pois até me parece que as coisas podem correr bem este ano, pelo menos acho que temos uma boa equipa, capaz de lutar sem grandes dificuldades pela qualificação europeia.
Em relação aos emprestados, quanto a mim, só deveríamos aceitar se fossem de clubes estrangeiros, caso contrário estamos a contribuir para a monopolização do futebol português pelos 3 dos costumes. Eles mandam em tudo, jogam em todos os campos e em todos as jornadas, não contribuindo em nada para a verdade desportiva, que é cada vez mais uma treta. Quanto a mim, deviam jogar os 3 sozinhos, com a quantidade de jogadores que têm emprestados , cada um deles consegue fazer 3 ou 4 equipas, por isso bem que podiam fazer um campeonato só deles, deixando os outros jogarem sem condicionantes!
Abraço
Miguel
Caro Cirilo e se o Hassan não tivesse desperdiçado uma oportunidade clamorosa na pequena área? E se Rafa não tivesse falhado isolado na cara de Douglas? Sejamos precisos, porque um penalty falhado e um golo em fora-de-jogo não transformam derrotas em vitórias morais.
ResponderEliminarPara a história, fica a segunda vitória seguida para o campeonato do Braga em Guimarães. A 3.ª nos últimos 5 anos. Fica também a ultrapassagem do Braga ao VSC no total dos jogos oficiais.
ResponderEliminarJ V E D GM GS
Camp 115 43 25 47 144 153
TPor 11 6 2 3 24 12
TLig 2 1 1 0 3 1
TFPF 2 1 1 0 1 0
---------------------
130 51 29 50 172 166
(64 jogos em Braga, 66 em Guimarães)
É pena o último parágrafo, que torna esta análise em mais um ataque ao SCBraga.
Pequeno é o seu clube, segundo o Rui Bragança: "O meu clube [Vitória de Guimarães] não é muito grande, ..."
http://www.dn.pt/desporto/rio-2016/interior/rui-braganca-so-continuara-ate-toquio2020-se-houver-apoios-5344157.html
jogam como nunca perdem como sempre. é so bitorias momais.
ResponderEliminarCaro Bruno:
ResponderEliminarEstou confiante que em 2018 os sócios terão por onde escolher.
Se não temos mais força no mercado, como refere, é porque não queremos. Em próximo texto explicarei porquê.
Caro Paulo:
Estou de acordo com o seu comentário e reitero a minha discordância com a gestão desportiva que vem sendo praticada assente em vender o que é nosso por preços irrisórios e depois preencher os lugares com emprestados por clubes com que jogamos.
Quando em 2013 ganhamos a Taça de Portugal sem emprestados no plantel devíamos ter percebido que esse era o caminho ( conforme projecto desportivo sufragado pelos sócios em 2012)e não invertê-lo totalmente fazendo do Vitória uma placa giratória de jogadores. Veja bem que em três anos dos 18 do Jamor resta o Douglas e só porque não o conseguiram vender. É um caminho completamente errado.
Caro Miguel:
Não posso estar mais de acordo. Infelizmente há 14 clubes que em vez de afirmarem os seus interesses vivem de mão estendida para os restos dos chamados grandes. E se há alguém que destoa disso é ,infelizmente para nós, o Braga. Basta ver o negócio do Rafa para perceber que estão noutro patamar. E nem digo mais porque falar do Rafa...aborrece-me.
caro Anónimo:
Ninguém falou de vitórias morais. Até porque o empate seria o resultado justo.
Caro jj:
Vejo que continua a sonhar com o Vitória. Eu compreendo. Eu ás vezes também sonho com o Barcelona, o Liverpool, o Milan. Quanto ao ultimo parágrafo é apenas a constatação do habitual medo do Braga quando joga com o Vitória. Marcaram um golo e toca a defender e a queimar tempo. Mentalidade de equipa pequenina.
Caro Paulo Ferreira:
Dez palavras de nível lixo