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terça-feira, julho 26, 2016

Poké..quê?

Definitivamente estou a ficar desactualizado.
Não que alguma vez tenha tido particular interesse nestes jogos para telemóveis ou para computadores , salvo o velho Tetris no século passado, mas o que vou vendo por aí em termos da loucura (não há outro termo) por um jogo lançado poucas semanas atrás ultrapassa tudo que me parece aceitável em termos de razoabilidade.
Eu ainda compreenderia, com algum esforço diga-se de passagem, que jovens até aos 15/16 anos sempre mais sensíveis a estas novas modas aderissem com entusiasmo a mais um jogo para smartphones sem qualquer interessem cultural,sem nenhum objectivo em termos de formação, sem nada que não seja o entretenimento dos utilizadores e o enriquecimento dos seus criadores.
Mas o que vejo nas ruas e praças deste país, e via televisão um pouco por todo o mundo, não é nada disso.
É uma loucura (sem aspas) que atinge pessoas de todas as idades e estratos sociais que andam de telemóvel na mão a tentarem apanhar, reproduzir, prender e originar combates entre umas largas dezenas de bonecos oriundos da BD completamente alheias ao que as rodeia incluindo perigos do trânsito e não só.
Sem sequer terem a noção das tristíssimas figuras que fazem em idades em que o juízo devia ser prioridade primeira.
Estamos em período de férias.
Se a loucura se mantiver no pós Agosto ,e o número de utilizadores continuar a aumentar ao actual ritmo (em Portugal a aplicação já foi descarregada por mais de um milhão de pessoas!!!), com a reabertura das escolas o fenómeno ameaça tornar-se incontrolável e atingir proporções verdadeiramente perigosas.
E bem fariam alguns paizinhos se em vez de estimularem a adesão dos filhos ao jogo,e andarem eles próprios à caça de Pokémons, reflectissem seriamente sobre os muitos perigos que lhe estão associados.
Nomeadamente para as crianças sempre mais expostas a tentações e entusiasmos.
Por mim, que nunca jogarei coisas destas mas que tive a preocupação de ler qualquer coisa sobre o assunto, já percebi que andar à procura de bonecos e ninhos por ruas e vielas, "chocar" ovos e procurar depósitos, marcar encontros e travar combates oferece um manancial de oportunidades a pedófilos, violadores, traficantes de crianças e outros que se decidam a crimes tão repugnantes como os referidos.
Alarmismo? Incompreensão do fenómeno? Exagero?
Não me importo nada de estar enganado.
Mas esperemos pelas notícias...
Depois Falamos

4 comentários:

  1. Francisco Guimarães5:15 da tarde

    Devo lhe dizer caro blogger que o jogo não é só isso que "elencou", mas também pode ser isso e como qualquer jogo terá de ser jogado com razoabilidade e senso comum.
    Mas de facto há um aspecto do jogo que referiu com o qual eu não concordo consigo por ser errado, a questão cultural. O jogo tem sim um aspecto cultural pois remete os jogadores a locais do mundo real que estão "salientados" no mundo virtual como locais para combates (Ginásios) e locais de paragem (Pokèstops), ora esses locais existem na realidade como sitios culturais, tratam-se de monumentos, fontes, estatuas, ruas, etc, etc. Que, ao serem visitados pelos jogadores podem abrir a curiosidade destes sobre o que é esse local.
    É claro que depois depende de cada jogador o maior o menor interesse sobre esses aspectos culturais.

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  2. Caro Francisco Guimarães:
    Ainda bem que assim é. Porque o chamar a atenção para esses monumentos será,sem duvida, um alerta para a vontade de conhecer.

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  3. Saganowski10:49 da manhã

    Há alguns dias vi na Plaza de España (Sevilha), um casal de jovens adultos asiáticos a "apanharem" Pokémons... :)

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  4. Caro Saganowski:
    Pois olha que podiam ter arranjado melhor entretenimento porque Sevilha é uma cidade bem bonita, cheia de monumentos e História

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