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segunda-feira, julho 25, 2016

Jogos Olímpicos

Como qualquer pessoa que goste de desporto é sempre com grande interesse que acompanho de quatro em quatro anos as edições dos Jogos Olímpicos.
Os primeiros de que tenho memória são os de Munique em 1972 e mais por força do atentado terrorista contra a delegação de Israel do que por razões ligadas aos sucessos desportivos deste ou daquele atleta,deste ou daquele país, nesta ou naquela modalidade.
Também nas edições anteriores era muito jovem e em boa verdade a cobertura televisiva não era nada daquilo que é hoje.
A partir de 1976, em Montreal, sim passei a ver com grande entusiasmo as transmissões televisivas.
Desde logo porque nessa edição, quarenta anos atrás, Portugal conquistou duas medalhas de prata através de Armando Marques (Tiro) e Carlos Lopes (Atletismo) este último naquela "dramática" corrida de 10.000 metros que liderou de principio até duas voltas do fim altura em que foi ultrapassado por Lasse Viren que venceria a medalha de ouro com a ajuda de meios ilegais como se veio a saber muito mais tarde.
A partir daí veio a saga das medalhas de ouro com Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Nelson Évora acompanhas por medalhas de prata e bronze de vários outros atletas e que tem marcado uma presença muito positiva de Portugal no JO.
Este ano os  Jogos são no Rio de Janeiro e estão prestes a ter o seu início.
Infelizmente já manchados pela mais que provável ausência de atletas russos devido a doping, aos infelizmente expectáveis atrasos na conclusão de espaços desportivos e alojamentos na aldeia olímpica e no caso português pela triste rábula da selecção olímpica de futebol que conquistou a presença no Rio com enorme mérito e depois se viu sujeita a um conjuntos de indignidades só possíveis num país que é campeão europeu de futebol no relvado mas de terceiro mundo no dirigismo desportivo.
Esperemos que os Jogos corram bem e sejam a grande confraternização desportiva mundial que normalmente costumam ser.
Infelizmente duvido muito.
Porque não me parece que o Brasil estivesse preparado para uma organização desta dimensão e porque os tempos que vivemos lançam sombras densas sobre o seu desenrolar em termos desportivos e não só.
E o "não só" é o que mais preocupará face aos que se tem visto nos últimos meses, semanas e dias um pouco por todo o lado.
Depois Falamos.

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