A vitória de Portugal no europeu de hóquei em patins,depois de longos anos de "jejum" evoca irresistivelmente memória do tempo em que a modalidade era a segunda mais importe do país-a seguir ao futebol- e as suas competições internacionais despertavam um enorme entusiasmo em todo o país.
Fossem os mundiais, os europeus ou o célebre torneio de Montreux no país as pessoas agarravam-se aos rádios para ouvirem as transmissões radiofónicas e vibrarem com os triunfo de Portugal e os grande duelos com Espanha o único rival em termos de conquistas de troféus.
Lembro-me bem desses tempos e dos grandes hoquistas como Livramento (o melhor jogador do mundo de todos os tempos), Fernando Adrião, Chana, Rendeiro, Garrancho e outros que ao serviço de Portugal ganharam tudo que havia para ganhar.
Depois o hóquei foi perdendo fulgor.
Por um lado porque outras modalidades de equipa como o andebol, voleibol, basquetebol foram ganhando terreno fruto da espectacularidade própria e do facto de os seus praticantes não necessitarem de equipamentos tão complexos e dispendiosos como os hoquistas.
Depois porque a vulgarização das transmissões televisivas, que seria suposto propagandear a modalidade, contribuiu para a sua perda de popularidade porque ao contrário das outras que referi no hóquei televisivo a bola vê-se mal e ás vezes quase é preciso adivinhar as suas trajectórias.
E o encantamento do hóquei ao vivo e sobre tudo do hóquei radiofónico diluiu-se no hóquei televisivo.
Finalmente porque o hóquei nunca conseguiu ultrapassar o facto de ser uma modalidade pouco praticada no mundo, pouco competitiva porque são sempre os mesmos a ganharem, que nem sequer conseguiu o estatuto de modalidade olímpica pese embora as tentativas feitas nesse sentido.
Não quero com isto retirar valor a esta conquista e ao facto de Portugal continuar a ser uma potência mundial na modalidade.
Simplesmente , até com base nessas emocionantes competições dos anos sessenta e setenta, lamentar que o hóquei em patins nunca tenha conseguido dar o salto qualitativo que o transformasse na tal modalidade praticada a nível mundial em que os candidatos a vencerem as grandes competições não fossem sempre os três ou quatro do costume.
Mas as coisas são o que são.
Depois Falamos
Eu acrescentaria o Vitor Bruno e Vitor Hugo (dois grandes jogadores da modalidade no nosso pais nos anos 80).
ResponderEliminarTenho pena que o hóquei esteja esquecido e espero que com esta conquista o panorama mude de figura.
E também tenho pena que o Vitória já não tenha secção de hóquei.
Caro Saganowski:
ResponderEliminarEu citei apenas aqueles nomes mas podia ter citado muitos outros como é óbvio. Incluindo esses dois que referiste.
Quanto ao Vitória...esquece.
Eu sei que ainda hoje há muita gente que fala do tempo em que o Vitória tinha hóquei e periodicamente fala-se de voltar a relançar a modalidade no clube.
Pessoalmente não acho exequível.
O Vitória já hoje não tem espaço para as modalidades que tem (aluga pavilhões para treinos) e ter hóquei, que exige desde logo pisos especiais e tabelas,seria criar um problema sem o qual passamos bem.
Em termos de modalidades de equipa acho que basquetebol,voleibol e pólo aquático são aquelas em que temos de apostar.
Será que vamos ter mais um lote de comendadores?
ResponderEliminarCaro luso.
ResponderEliminarJá temos.
E com toda a justiça