A Geringonça...

A geringonça não para!

Enquanto António Costa ora faz de "morto" ora diz num dia o contrário do que tinha dito no dia anterior com aquele ar angelical que só engana quem gostar de ser enganado como anda o seu governo e os partidos que o apoiam?

O ex ministro da Cultura acordou um dia mal disposto, leu artigos de opinião de que não gostou e deu pública expressão ao desejo de esbofetear colunistas que escrevem coisas que lhe desagradam

Só ao fim de 24 horas de absoluta incapacidade de compreender a gravidade do que afirmara, e depois de Costa lhe ter tirado o tapete (arte em que é eximio...) ,é que se demitiu com indisfarça´vel enfado em relação ao primeiro-ministro.

Conhecendo-se a forma de estar da família Soares é fácil prever que o assunto está longe de estar encerrado.

Entretanto um outro governante, miraculosamente passado de chefe de gabinete de um presidente de câmara a ministro da defesa (!!!),entreteve-se a afrontar as forças armadas provocando a demissão das chefias do exército e cometendo o crasso erro de passar revista a uma formação militar em pose de quem está no café a ler o jornal.

Como Forças Armadas, Universidade e Igreja são três instituições que não "convém" afrontar não custa prever que este ministro caído de para quedas no governo não terá nele vida longa.

À próxima...vai!

Mergulhado numa longa conflitualidade com o governador do Banco de Portugal o ministro das finanças, a recomendação não se sabe de quem mas suspeita-se,resolveu indicar para vice governadora do BP uma eurodeputada do PS que se as coisas se confirmarem (convém não esquecer que cabe ao governador a proposição dos restantes administradores) iniciará a sua carreira na banca como vice governadora do banco central!

Nem nas "Novas Oportunidades"...

Na Educação, o secretário de estado da juventude e desporto farto das intromissões do ministro e das pressões do aparelho do PS, bate dignamente com a porta afirmando o seu "...claro desacordo..." com o ministro e mostrando o "cuspo" com que foi colado o governo da geringonça.

Acompanhando tudo isto assiste-se a um recrudescer das criticas entre PCP e BE (em bom rigor mais do PCP ao BE que o contrário) o que dá desde logo uma imagem da estabilidade em torno de um governo que não ganhou eleições e que teve na sua génese o oportunismo aritmético e o despudor politico de quem quis poder a qualquer preço.

Ah...e António Costa.

A quem não chega a máquina do Estado para tratar dos assuntos do país e portanto resolveu contratar um fiel amigo (que não o bacalhau...) para o ajudar na gestão da coisa pública passando por cima de tudo e de todos.

Homens modestos, Costa e amigo, contratualizaram a colaboração por uns dois mil euros/mês mais IVA de maneira a que as contas públicas não sofressem o impacto da amizade e não pussessem em causa os objectivos em termos de déficit.

Quis, provavelmente o destino (quem mais havia de ser?), que entretanto e só desde o início do ano o escritório de advogados do amigo tivesse a sorte(que outra coisa podia ser?)de contratualizar com entidades públicas na área da saúde três contratos pelos quais facturou a bagatela de 170.000 euros!

Coisa pouca está visto para a dimensão de tão grande amizade.

E que pensa o país de tudo isto?

De um governo cujos membros saltitam entre os "pingos da chuva", da sucessão de casos em seu torno, de uma maioria que transmite tudo menos uma ideia de estabilidade e confiança?

Não sei.

Mas sei que com todos estes casos, que são apenas uma amostra do todo de casos que caracteriza o actual governo, as sondagens dão o PS à frente do PSD e a popularidade de António Costa a subir!

Ás vezes acho que Portugal bem merece a falta de sorte que tem.

É que faz bastante por isso...

Depois Falamos .