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terça-feira, fevereiro 23, 2016

Excepções.

Assisti com muito agrado ao debate (foi mais uma conversa que um debate) entre Durão Barroso e António Guterres em boa hora transmitido pela RTP.
Por um lado porque foi a oportunidade de recordar outros debates entre eles a que tive oportunidade de assistir enquanto deputado, entre 1999 e 2001, num tempo em que Guterres era primeiro ministro e Barroso o líder da oposição que lhe viria a suceder em 2002.
Já nesse tempo debates intensos, interessantes, com uma qualidade que os dois ex primeiros ministros lhe conferiam e que nada tinham a ver com a vulgaridade e brejeirice que caracterizam as intervenções do actual ocupante do cargo.
Por outro porque foi a oportunidade de assistir à conversa entre dois portugueses que ocuparam altos cargos na política internacional e que por isso tem uma visão do mundo, das crises, da política internacional que mais ninguém neste país consegue ter.
Muito interessante.
E um autêntico "bálsamo", em termos de interesse pela alta política, depois de durante a tarde ter assistido ao debate sobre o orçamento de estado com a vulgaridade (com raras excepções) que por lá campeou.
E depois do debate/conversa continua a minha perplexidade por dois políticos deste gabarito não terem espaço, no próprio, país para lhe serem úteis.
Guterres ainda tem assento no Conselho de Estado e talvez consiga,oxalá, vir a ser secretário-geral da ONU embora aparente ser uma causa muito difícil.
Barroso nem no Conselho de Estado.
De facto somos um país pobre, mal agradecido e que nem para si próprio consegue ser bom.
Depois Falamos

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