Sou um "velho" e entusiasta leitor de jornais.
Desde a minha cada vez mais remota infância em que lia "O Primeiro de Janeiro" (era o jornal que se comprava em casa dos avós e dos meus pais) de uma ponta a outra mas com especial interesse no suplemento infantil dos domingos que trazia BD a cores-uma grande inovação para a época- e onde li pela primeira vez as histórias do Peter Pan e da Branca de Neve por exemplo.
E assim continuei pela vida fora mantendo o hábito de ler jornais.
Durante muitos anos "A Bola" foi leitura quase obrigatória até que anos atrás se tornou completamente intragável dado o facciosismo de que actualmente se reveste na defesa das cores de um clube.
Mas aprendi muito sobre futebol, e outras modalidades, nas suas páginas ao longo de muitos anos.
Nos diários passei do referido "O Primeiro de Janeiro" para o "Público" e depois para o "Diário de Notícias" mas perdendo progressivamente o hábito da leitura diária das edições em papel face à possibilidade de os ler na internet.
Embora prefira claramente o jornal em papel ao jornal digital.
Nos semanários sempre li o "Expresso" mas também fui leitor habitual do "Tempo", do "Semanário", do "Jornal" e de "O Diabo" nos tempos de Vera Lagoa.
Tempos em que se compravam três ou quatro semanários todas as semanas.
Bons tempos pode dizer-se.
Esses eram os meus preferidos mas também lia outros jornais diários (como o "Comércio do Porto") semanários (como o "Sete") ou desportivos (como a "Gazeta dos Desportos" )que a vertigem dos tempos e as crises financeiras foram fazendo desaparecer.
Tudo isto a propósito da notícia por estes dias conhecida de que mais dois jornais vão fechar as portas.
O semanário "Sol" e o diário "i".
Nunca fui leitor habitual do primeiro deles (que li mais na net do que em papel) mas era leitor regular do segundo, que comprava bastantes vezes em especial ao fim de semana, porque me agradava a forma como era feito, o grafismo e o jornalismo que praticava.
É uma notícia triste.
Porque sempre que fecha um jornal isso significa menos informação, menos contraditório,menos abordagem das diversas temáticas, menos opções na área da informação.
É pena.
Por estes jornais mas também pela clara sensação de que atrás deles irão outros (tem sido a tendência dos últimos vinte ou mais anos) até ao dia em que dificilmente os jornais em papel resistirão à completa extinção.
E esse será um dia triste não só par aos leitores que como eu gostam do "cheiro" do papel e do manuseamento das folhas , mas também para a informação e para a própria democracia.
Depois Falamos
Caro Luis Cirilo, estou certo de que o PSD pode ajudar os seus jornais oficiais Sol e I neste momento difícil.
ResponderEliminarCaro cards:
ResponderEliminarParece-me dificil por duas razões.
A primeira é que não são jornais oficiais do PSD.
A segunda é que o PSD nem o seu jornal oficial -Povo Livre- conseguiu manter com edição em papel. Hoje é um jornal digital e nada mais.
de resto tenho ideia que o "jornal i" pertenceu durante muito tempo ao grupo Lena.
E esse grupo não é propriamente com o PSD que costuma ser identificado...