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segunda-feira, novembro 09, 2015

O PREC do Costa

 
Agora , num tempo em Portugal parece querer andar quarenta anos para trás por culpa de um ambicioso sem vergonha nem escrúpulos chamado António Costa, parece-me interessante recordar alguns dos símbolos ( através de cartazes e autocolantes) dos tempos do "outro" PREC, o de 1975.
O PREC em que PSD,PS, CDS e os militares moderados do Conselho da Revolução estavam do lado do Estado de Direito, da democracia e da liberdade e o PCP e os grupelhos que deram origem ao Bloco de Esquerda estavam do outro lado.
Do lado em que estava a extrema esquerda revolucionária, os militares afectos ao COPCON, os Otelos, Rosas Coutinhos e Vascos Gonçalves, todos aqueles que queriam instalar em Portugal uma ditadura à imagem e ao exemplo da deles querida União Soviética.
Foi um tempo em que homens de coragem como Mário Soares, Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Ramalho Eanes e Jaime Neves (entre tantos e tantos outros)disseram não à tentação totalitária da extrema esquerda e conquistaram uma liberdade que chegou a estar seriamente em risco fruto da acção dessas forças totalitárias.
PCP e os tais grupelhos (PSR,UDP) que deram origem ao actual Bloco de Esquerda estavam do outro lado do muro. 
Literalmente do outro lado do Muro.
Esse muro, político e ideológico, que a maior facção do PS liderada por um desavergonhado António Costa agora ultrapassou no sentido errado quer política, quer ideológica, quer temporalmente juntando-se aos derrotados do 25 de Novembro e enterrando (quiçá definitivamente)o património histórico do PS.
Portugal está hoje dividido em dois blocos claramente separados pela fronteira da ética.
De um lado os que ganharam eleições, tem direito a governar e não o vão fazer porque uma "golpada" os vai impedir.
Do outro os que acham que a batota legítima, o "vale tudo" faz lei,a coerência é um detalhe sem importância, a soma de derrotados dá um vencedor.
A seu tempo os portugueses dirão quem está certo.
E nesse dia os batoteiros perceberão,finalmente, que o crime não compensa.
Depois Falamos.

2 comentários:

  1. Saganowski8:52 da manhã

    Caro Luis,
    O problema é que a "batota" está feita (e aceite) e vamos ter de levar com ela durante 4 anos.
    Veremos se no fim dos próximos quatro anos vai restar alguma coisa do nosso país ou vai estar tudo desfeito, abandonado ou hipotecado, à espera de um governo que venha, mais uma vez, compor o que a esquerda destruiu com os seus ideais colectivistas. Já dizia Thatcher que "o socialismo acaba quando se acaba o dinheiro dos outros". Depois, quando o dinheiro se acabar, que venham os outros consertar o disparate!
    É a sina do nosso país.

    O mais ridículo disto tudo é ver que a esquerda radical (BE e PCP), que tanto criticou a direita e o PS, agora se alie ao PS para derrubar um governo legitimamente eleito pelo povo. Sim, pelo povo, aquele povo que eles tanto defendem e que sempre referem quando lhes dá jeito...
    Afinal, nem sempre o que o povo diz lhes interessa.
    E o povo é que paga!

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  2. Caro Saganowski:
    partilho os teus receios mas sou ligeiramente mais optimista.
    Acho que esta aliança de derrotados, batoteira e mentirosa, não vai durar 4 anos.
    As suas contradições internas, a falta de solidez política de um acordo que afinal são três, a fraca qualidade dos seus líderes vai derrubá-la mais depressa do que os própriops acham possível

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