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sexta-feira, agosto 07, 2015

O Nosso 14

Manda a sensatez,e a lógica de uma boa gestão desportiva e financeira, que um clube que vive com constrangimentos económicos poupe em tudo menos no treinador.
Porque dele depende ,em grande parte,o sucesso da equipa e consequentemente os proveitos financeiros oriundos de boas classificações e valorização de jogadores.
Ou em linguagem mais popular "o barato sai caro".
O Vitória nessa matéria optou pelo risco elevado de um técnico sem curriculum nem experiência que o justificasse e as consequências começam a aparecer.
Para já "voaram" pelo menos 2,4 milhões de euros de uma mais que possível entrada na fase de grupos.
E os erros tácticos , os equívocos na constituição da equipa e as substituições difíceis de entender contribuíram largamente para esse desfecho.
Individualmente:
Douglas: Foi uma das suas piores exibições ao serviço do Vitória. Até começou bem mas depois tudo se complicou e a intranquilidade do excelente guarda redes vitoriano foi uma constante. Há dias assim e Douglas também tem direito ao seu dia mau. Imagino é o que diriam alguns causticos comentadores das redes sociais se fosse Assis a ter uma exibição daquelas...
Pedro Correia: Há mais de um ano que não competia e regressou a titular num jogo decisivo. Notou-se que está longe do seu melhor.  E não posso deixar de comparar as excelentes exibições de João Amorim face ao Gotemburgo com as pálidas actuações de Arrondel e Pedro Correia face ao Altach para considerar que na gestão desportiva do Vitória há muito a explicar.
João Afonso: Mais uma exibição em que denotou dificuldades perante adversários que normalmente não o incomodariam por aí além. Parece fora de forma.
Moreno: Uma exibição frouxa com algumas falhas inicias que ajudaram a intranquilizar uma equipa já de si intranquila.
Luís Rocha: Foi o jogador na primeira parte, mas muito em especial na segunda, que mais procurou flanquear o jogo com base em algumas boas iniciativas. A sua substituição,logo após duas boas jogadas,foi simplesmente incompreensível. Na jogada imediata à sua substituição,precisamente pelo lado esquerdo da defesa vitoriana, o Altach marcou o segundo golo e arrumou a questão.
Cafu: Não foi por ele que a eliminatória se perdeu. Porque deu tudo que tinha, a defender e a empurrar a equipa para a frente , tentando inverter o rumo dos acontecimentos. Merecia o play off.
Bruno Alves: Foi a prova dos receios de um treinador que apostou num duplo pivot defensivo num jogo em que se pedia ousadia e outro balanceamento ofensivo. Esteve discreto. A saída ao intervalo foi natural face à necessidade de meter alguém com outras caracteristicas.
Tozé: Naturalmente titular depois do jogo de Innsbruk procurou justificar a titularidade com um permanente dinamismo na tentativa de abrir espaços. Aqui e ali tentou fazer tudo sozinho e esse nunca é bom caminho.
Alex: O mais dinâmico no inicio da partida construindo várias boas jogadas foi perdendo fulgor com o decorrer do jogo mas mantendo sempre um nível exibicional perfeitamente aceitável.
Dourado: Despertava grandes expectativas mas o jogo não lhe correu de feição. Falhou a única oportunidade de que dispôs e pareceu sempre dotado de pouca mobilidade e demasiado só no meio da defesa austríaca. Melhorou com as entradas de Tomané e Valente.
Licá: Começou bem e até fez um golo invalidade por fora de jogo que podia ter traçado um rumo diferente para a eliminatória. Depois foi-se perdendo em sucessivas trocas de flanco com Alex e incursões na área como autentico ponta de lança que não é. Foi uma das "vitimas" dos equívocos tácticos do Vitória.
Otávio: Entrou bem e dinamizou o jogo ofensivo criando algumas jogadas de bom recorte. 
Tomané: Uma excelente participação com um golo e um remate perigoso sustido em cima da linha de golo. A não ser titular devia ter entrado muito mais cedo.
Valente: Também entrou bem revelando inconformismo e iniciativa. teve uma excelente jogada individual que quase dava golo não fora um corte in extremis de um defensor. A equipa beneficiou com a sua presença.
Assis, Pedro Henrique, Bouba e Montoya não foram utilizados.

O melhor em campo: Cafu

Depois Falamos

12 comentários:

  1. acho que o Sr. Luis Cirilo devia começar a fazer "o nosso 15" falando tambem do treinador por exemplo as substituiçoes, açoes durante e apos o jogo
    Saudaçoes Vitorianas

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  2. Douglas: Actuação simplesmente... patética!
    Pedro Correia: Dasdas as condicionates fez o melhor que podia.
    João Afonso: Quem tem um moreno ao lado... dos atacantes adversários, não tem a tranquilidade necessária para fazer melhor do que se viu.
    Moreno: Desde sempre com muitos defeitos e que os agravam cada vez mais. ´depois... já há muito que se devia ter retirado.
    Se é tão Vitoriano como afirma, que coloque os interesses do Clube acima dos dele.
    Luís Rocha: Simplesmente o melhor antes da atrocidade de privar a equipa da presença dele.
    Cafu: Esforçado sempre foi tem de se ser justo, mas também não passa disso. Não tem cérebro.
    Bruno Alves: Uma vaca gorda, lenta e pesada! Não tem atitude, não tem visão de jogo, não sabe filtrar jogo, não sabe passar, nem fintar, nem rematar, nem nada!
    Tozé: Completamente perdido em campo.
    Alex: Dos melhores, e como sempre por causa disso queimam-no.
    Dourado: Não tem características para andar atrás da bola, buscar jogo... tem de jogar fixo e com apoios.
    Licá: 15 minutos, e depois já não sabia em que filme andava.
    Otávio: É o 10 mais puro do plantel, se um dia aparecer por aqui alguém com inteligência para o lapidar pode vir a ser o quiser.
    Tomané: tivesse entrado de inicio e num dos flancos, e o Dourado teria reluzido.
    Valente: O elemennto ideal num esquema de 4-4-2 para jogar ao lado do Dourado. Por serem completamente diferentes na forma de jogar "casariam" às mil maravilhas a mobilidade de um com o "estatismo" do outro.

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  3. boa tarde Sr. Luis Cirilo
    acho que "o nosso 14" devia de passar a ser "o nosso 15" fazendo um comentario tambem ao treinador por exemplo substituiçoes, açoes antes, durante,e apos o jogo.

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  4. O grande problema aqui é que não se vislumbram mudanças a nível exibicional, basta ver a forma como a equipa se posicionou nestes 2 jogos, cometeu-se um erro uma vez, e voltou-se a cometer outra vez. Não consegui perceber a posição do Licá, não consegui perceber o nosso posicionamento defensivo e ofensivo, quase nunca haviam linhas de passe e, pelo contrário, o Altach conseguia encontrar várias linhas de passe o que denota um posicionamento ridículo da nossa equipa em campo. Não há princípios básicos de futebol, 2 pivots defensivos quase 20 metros distanciados da linha da frente.

    É como disse, se ao menos tivéssemos aquela sensação e aquela perceção de que as coisas até estão a ser bem feitas...mas nem isso, parece que não se treina por cá...

    http://i61.tinypic.com/2z6s9cm.png
    http://i59.tinypic.com/w7fwc3.png

    Cá estão os 2 momentos que falo, isto não se admite numa equipa como o Vitória, são princípios demasiado básicos em falta que não auguram nada de bom.

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  5. Hum... esqueci-me de "assinar" o c meu comentário das 12:40.

    Chicote

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  6. Douglas é só o reflexo de uma defesa esfrangalhada. Obviamente não desaprendeu.
    Bruno Alvés é um corpo estranho na equipa. Não ataca, não defende, nada de nada. Não tem qualidade para o Vitoria.
    Tozé parece-me pesado e perdido. Dourado está mesmo pesado e está mesmo perdido.
    Como é possível Tomané não jogar nesta equipinha ??

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  7. Caro Anónimo:
    De alguma forma já o faço naquilo que escrevo sobre o jogo e os jogadores.
    Mas é uma sugestão a ponderar.
    Caro Chicote:
    Discordo quase por completo da análise que faz aos jogadores e à forma como se refere a alguns deles. Que é injusta e não trata com a consideração devida quem veste a nossa camisola. De resto o problema não está nos jogadores como bem sabe.
    Caro Anónimo:
    É uma questão a ponderar.
    Caro Anónimo:
    Fiquei também com essa sensação. Não de evoluiu de um jogo para o outro nem sequer se aprendeu com os erros. Nomeadamente nos lances de bola parada.. Estranhamente a equipa teve uma dupla folga a seguir ao jogo. É porque acham que está tudo bem.
    Caro Anónimo:
    Há perguntas a que só o treinador pode responder.

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  8. Luis, não posso ter consideração por alguns que não valem o mínimo dos mínimos para representar o Nosso Clube.
    Já basta de passar a mão e desculpabilizar alguns por terem sido "feitos" na casa!
    Há que ser contundente nas horas certas!
    Se no próximo fim de semana esses elementos entrarem em campo, as consequências vão ser mais injustas, e mais desrespeitosas para nós que Amamos este Clube.

    Chicote

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  9. Caro Chicote:
    O futebol tem essa maravilhosa qualidade de olharmos para uma mesma realidade e a vermos de forma diferente.
    De resto não desculpabilizo ninguém independentemente de ser ou não feito na casa.
    Tenho é a certeza clara que não passa pelos jogadores o problema que nos preocupa a todos

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  10. É verdade hihihihi
    No meu caso, considero que a minha forma de encarar a realidade está menos próxima da virtualidade.
    Sobre o seu último comentário... nem sempre são as direcções totalmente responsáveis por criar complicações. Com outras bem mais problemáticas que esta, tivemos equipas e quem as dirigia a ter muito mauior sucesso.

    Chicote

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  11. Caro Chicote:
    O que diz é verdade.
    Mas quando as direcções eram mais problemáticas o sucesso foi alcançado com treinadores de grande nível.
    E muito experientes.
    Essa é uma diferença de que nos recordaremos

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  12. Exactamente o que eu queria dizer no meu comentário anterior.

    Chicote

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