Ter memória não faz mal a ninguém e até ajuda a evita que se cometam algumas injustiças.
Todos, ou quase, nos lembramos como estava a Liga Portuguesa de Futebol Profissional uns largos meses atrás na sequência da catastrófica presidência de Mário Figueiredo recheada de principio a fim de controvérsia e quezílias.
Desacreditada, clubes uns contra os outros, submersa em dividas e com processos eleitorais dos quais resta a memória de uma vergonha sem fim.
Foram várias as tentativas de solucionar a crise, avançaram e recuaram várias candidaturas, e finalmente a maioria dos clubes entendeu-se em volta da candidatura de Luís Duque que acabou por ser eleito presidente com um largo consenso em seu torno.
Nestes meses de mandato conseguiu alguns resultados interessantes e que importa sublinhar.
Conseguiu o patrocinio da NOS e da Samsung ao campeonato da 1º Liga.
Para a Taça da Liga manteve a TVI e conseguiu agora o patrocínio dos CTT que será um parceiro de referência e de prestigio para uma prova que bem precisa de ganhar credibilidade.
Manteve o patrocínio da "Sagres" que chegou a estar em risco fruto da desastrosa gestão que o antecedeu.
Fez a reforma estatutária (razão pela qual há agora novas eleições) dentro de um prazo muito mais rápido do que se supunha possível o que abona em favor da forma como vem gerindo a instituição com dinâmica e capacidade de criar abrangência em volta de temas importantes.
E contribuiu para um ambiente de acalmia e entendimento entre os clubes como há muito não se conhecia no nosso futebol.
Foi a presidência perfeita?
Não.
Porque manteve uma estranha passividade perante o que se vem passando de grave na arbitragem preferindo virar as costas ao assunto do que insistir no seu exaustivo apuramento.
Porque mantém um sorteio aberrante do campeonato consagrando o principio de filhos e enteados.
Porque a proposta, que a AG da FPF aprovará ou não, de sorteio dos árbitros não serve o futebol nem evita a suspeição ao contrário do que parecem supor os seus autores.
A competência não se sorteia!
Mas mesmo com esses óbices parece-me que a recandidatura de Luís Duque é natural e serve bem o futebol e a Liga num tempo que não será seguramente fácil para os clubes por razões bem conhecidas de todos.
Depois Falamos.
P.S O facto de o Porto não apoiar a recandidatura é a excepção que confirma a regra.
E a reiterada certeza de que no "Dragão" os consensos incomodam.
Da minha parte sou a favor do sorteio completamente livre de condicionantes, tanto de jogos como de homens do apito! E se os sorteios fossem televisionados, ainda melhor!
ResponderEliminarCaro Rui:
ResponderEliminarDos jogos sem qualquer duvida.
Dos árbitros não concordo.
Não só porque não se sorteia a competências mas também porque o sorteio não impede o "sistema" de viciar a verdade das provas
Luis,
ResponderEliminarSe formos a pensar assim, nenhuma fórmula resulta!
Para mim, sorteio televisionado de árbitros era o melhor para a credibilidade das competições.
Claro que entre o sorteio e o dia do jogo poderá sempre haver os telefonemas e as pressões e "ofertas", mas isso nunca se poderá evitar. Cabe aos árbitros terem a coragem de denunciar "a quem de direito" essas situações em tempo útil.
Caro Rui:
ResponderEliminarA questão central é que os árbitros são os mesmos.
Sorteados ou nomeados.
Pelo que o sorteio apenas pode evitar "nomeações" mais escandalosas mas não ataca o problema central que é precisamente as pressões a que os árbitros são sujeitos