Não andam famosos os tempos, dentro de PSD e PS, para o exercício daquilo que deve ser uma verdadeira democracia interna no que à escolha de deputados concerne.
Nos socialistas assiste-se ao ajuste de contas internos com os adeptos do líder deposto, António José Seguro, com alguns daqueles que lhe eram mais próximos a serem "varridos" das listas de deputados e substituídos em vários casos por ilustres desconhecidos.
As recentes votações de listas , nas federações de Porto e Braga, são um bom exemplo do mau estar instalado.
Mas ,ao menos, as listas são votadas!
No PSD assiste-se ao insólito face ao que era prática corrente no partido de há muitos anos a esta parte.
Foi aprovado pela direcção nacional um calendário de escolha, apertadissimo nos prazos e omisso quanto a questões essenciais, que impede que a escolha e aprovação das listas tenha a abrangência partidária desejável e necessária.
Vejamos:
A 17 de Julho reuniram as assembleias distritais para aprovarem o perfil dos candidatos.
Como se sabe nestes perfis cabem genericamente todos que tenham mais de 18 anos, a 4ª classe e não estejam na cadeia!
A 20 de Julho reuniram as comissões politicas de secção para indicarem ás respectivas distritais os nomes dos candidatos.
A 24 de Julho as comissões politicas distritais indicam à comissão politica nacional as respectivas listas para posterior aprovação (e ás vezes alteração) das mesmas nos orgãos respectivos.
A 30 de Julho a comissão politica nacional e o conselho nacional aprovam as listas.
Falta neste calendário qualquer coisa não falta?
Pois falta.
Falta as assembleias de secção aprovarem os nomes a enviar ás distritais e as assembleias distritais aprovarem as listas enviado aos orgãos nacionais!
Ou seja falta as bases do partido poderem pronunciar-se sobre os seus candidatos a deputados.
Não sei a quem interessa este calendário, esta forma quase sigilosa de fazer listas, este ostracismo a que as bases são votadas num processo tão importante.
Ao PSD não é de certeza!
Mas daqui a uns dias lá virá o apelo ao trabalho, ao empenhamento, à participação dos militantes numa campanha eleitoral que se sabe difícil como se esses mesmos militantes ( e a sua opinião) tivessem sido considerados devidamente em todo o processo.
É evidente que as distritais e as secções não tem qualquer responsabilidade nesta triste calendarização porque face aos prazos que lhe foram impostos não podiam fazer mais do que fizeram.
Mas há seguramente responsáveis.
Que podendo ter feito as coisas com os prazos necessários a assembleia de secção e assembleias distritais poderem ser ouvidas preferiram que não fossem.
Eles lá saberão porquê.
No PSD não era tradição temer a opinião das bases, o debate das listas, a democracia interna.
Espero que não passe a ser.
Depois Falamos.
as distritais pelo menos tem responsabilidade, já que o calendário é aprovado em conselho nacional e eles estão presentes... o grande problema é que este tipo de calendários dá sempre jeito . Metem quem querem , há pouco tempo para alterações e "reclamações" e os nomes, como o periodo é curto já aparecem como "facto consumado" !
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarEste calendário é da competência da Comissão politica Nacional.
Tanto quanto sei as distritais não foram ouvidas nem achadas.
tem toda a razão. estão a transformar o PPD/PSD num partido de funcionários, de gente sem opinião que se move apenas por mesquinhos interesses pessoais.
ResponderEliminarTenho pena que assim seja porque o PPD/PSD sempre foi um partido de grande democraticidade interna em que tudo se discutia sem tabus nem interesses pessoais acima dos interesses colectivos.
percebe-se que para alguns meterem os amigos sem curriculum nem perfil em lugares elegiveis as listam tenham de ser feitas na base da golpada traduzida neste calendário e sem dar hipóteses de discussão. nesse aspecto estou ansioso por ver a lista do Porto que será o expoente máximo das razões porque as coisas foram feitas desta maneira.
Pobre PPD/PSD ao que tu desceste entregue a personagens menores.
S.r. Peres é porque as "personagens menores" sempre estiveram em maioria em todos os partidos, que eu me filiei no partido abstencionista.
ResponderEliminarVotar é um dever, mas não devo votar em que vai governar para se governar, e governar quem lhes fez fretes, e espera o devido retorno.
Chicote
Caro Rui Peres:
ResponderEliminarPercebo o âmbito do seu comentário.
E apenas lhe digo que também estou muito curioso por ver como vai ficar a arrumação final de alguns distritos bem como as reacções subsequentes.
Caro Chicote:
Apesar de tudo os partidos são algo mais e algo melhores que as tais personagens menores.
os partidos e os partidários são tudo farinha do mesmo saco
ResponderEliminarAldegundo Chafarim
Caro Aldegundo Chafarim:
ResponderEliminarNão são não