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sexta-feira, junho 26, 2015

Cumplicidades Conhecidas!

Neste blogue, no exercício da inalienável liberdade de opinar sem ofender, publiquei aqui e aqui a minha opinião sobre a promoção de Armando Evangelista a treinador da equipa principal do Vitória.
Manifestando uma discordância a que tenho direito como qualquer vitoriano a tem.
Não ofendi, não insultei, não caluniei nem inventei.
No passado sábado o Vitória realizou uma assembleia geral conforme o previsto estatutariamente.
No final da mesma, como é normal, os jornalistas questionaram o senhor presidente da direcção sobre vários assuntos da actualidade do clube.
Entre os assuntos postos estavam alguns que os senhores jornalistas leram neste blogue.
Embora no exercício de um entendimento muito particular do que é a liberdade(no sentido mais lato da mesma)de imprensa em lado nenhum tenham referido a "fonte" a que foram buscar as razões para a pergunta.
Na resposta o senhor presidente da direcção permitiu-se, no gozo da sua já conhecida falta de jeito para lidar com opiniões divergentes, tecer um conjunto de considerações sobre o autor das criticas (eu próprio), infelizmente sem a frontalidade de lhe citar o nome (no velho género de Octávio Machado "...vocês sabem do que eu estou a falar..."), que merecerão a resposta adequada noutro contexto que não aquele que aqui se trata.
Porque eu respeito muito as opiniões divergentes, convivo bem com a critica, mas não aceito ao senhor engenheiro Júlio Mendes lições de vitorianismo nem de amor e respeito ao Vitória.
Respeito-o como presidente eleito do meu clube na mesma proporção que lhe exijo respeito por um associado com 43 anos de vida associativa e quase cinquenta de acompanhamento e apoio ao Vitória em todas as suas modalidades.
Todas!
Na sequência da resposta do senhor presidente da direcção seria obrigatório, até no respeito por uma deontologia que os jornalistas tão abundantemente citam quando lhes dá jeito, que o visado tivesse o elementar direito de resposta face ao teor do afirmado.
Como é "normal" isso não aconteceu.
Como não acontece nunca quando este e outros blogues, ou outros modos de exprimir opiniões, são visados por algum tipo de poder.
Por mim quero que saibam que pouco me importa.
Registo, para memória futura, mas isso não me impedirá nunca de continuar a escrever sobre os assuntos que entender.
Com frontalidade, sem tabus nem subserviências, respeitando as pessoas mas divergindo das ideias e das práticas quando for caso disso.
É o exercício de uma liberdade de que nunca prescindirei.
Depois Falamos.

7 comentários:

  1. Boa tarde, caríssimo Luís,

    Mais um retrato do (muito) jornalismo inadjectivável que se pratica em Portugal.

    Na área do desporto, então, é aberrante: um jornalismo que se limita a segurar o microfone, a reproduzir a mensagem das fontes de forma acrítica, a nunca perguntar nada de verdadeiramente decisivo, e que limita os seus juízos de valor a elogios e mais elogios a tudo o que acontece dentro de um clube (na avaliação de jogadores, então, é anedótico. Atente-se aos casos de Bernard ou Sami, este ano, jogaram sempre bem!). E, nas raras vezes em que isso não acontece, cede perante os telefonemas mais ou menos irritados dos elementos dos organismos internos dos clubes, que se limitam a manobrar a seu bel-prazer uma imprensa desportiva sempre receosa que os responsáveis clubísticos a abandonem e que, para isso não acontecer, lá vai frequentemente mantendo relações próximas com as assessorias e as direcções clubísticas. Para não falar das incontáveis notícias que inventam, mormente nos períodos de transferências: se 1/10 dos jogadores de que falam reforçassem efectivamente os clubes, a Primeira Liga teria mais jogadores do que a China tem em habitantes. E nunca, mas nunca reflectem nisso, esperando que os leitores não se recordem da sua taxa de acerto absolutamente hilariante - à excepção, claro está, quando acertam. Às vezes que atiram o barro à parede, mau seria se não o conseguissem de lés a lés.

    É um panorama pobre, desolador e que me causa pena: ainda para mais tendo eu tirado... o curso de Jornalismo. Há uma faixa, amiúde presente nos estádios de futebol, que afirma que "Jornalismo é terrorismo". Face à paisagem portuguesa, não é completamente inintelegível.

    Um abraço,
    José Miguel

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  2. É pena não ter marcado presença na assembleia do clube e expressado em sede própria as suas preocupações e opiniaoes divergentes. Posso até concordar em muito consigo, mas não concordo com a forma leviana com que as expressa, estando no legítimo direito de as expressar através do blog mas como vitoriano que se preze, quem tem tantas ideias divergentes diz cara a cara e em frente aos sócios nas assembleias .

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  3. "...pelo alvoroço e contrariedade de um dos senhores sentados à mesa, quem tinha sido o autor do tal convite pirata." E ainda diz que coloca os nomes?!

    PRINCELESS!

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  4. Caro José Miguel:
    Apenas posso dizer que o seu comentário é notável e que o subscrevo por completo.
    Na área da comunicação social há um déficit democrático cada vez maior a par de uma ignorância e de uma falta de rigor (o exemplo que cita das transferências é um caso flagrante) que chocam qualquer um.
    Então nos diários desportivos nacionais é perfeitamente anedótica a forma como todos os dias inventam notícias e transferências.
    E os exemplos são constantes.
    Resta a blogosfera que é cada vez mais um espaço de liberdade.
    Caro Anónimo:
    Como começa a ser moda importa é discutir quem tem ideias diferentes e não as próprias ideias.
    É um "modus operandi" tipico dos regimes totalitários ou daqueles que gostam de governar em ditadura.
    Ao longo da minha vida já fui a muitas dezenas de assembleias gerais do clube onde expressei as minhas ideias sempre que tal me foi permitido.
    Porque no tempo de Vitor Magalhaes (numa AG com o pavilhão lotado) a mim e a mais alguns critícos dessa direcção como o Pedro Xavier não foi permitido falarmos por grupos organizados que se manifestavam de forma ruidosa.
    Desde que saí da direcção eleita em 2012 impus a mim próprio um período temporal em que decidi não estar presente nas AG.
    Que está a acabar.
    Quanto "à forma leviana" apenas lhe digo que não recebo lições de nenhuma espécie de quem nem tem coragem para assinar o que escreve.
    É que eu dou opiniões mas também dou a cara por elas.
    Caro Anónimo:
    Esse comentário não é relativo a este texto mas eu percebo que na pressa de criticar nem seja esquisito.
    Dir-lhe-ei apenas que escrevo para leitores inteligentes.
    Provavelmente não será o seu caso.

    ResponderEliminar
  5. Caro José Miguel:
    Apenas posso dizer que o seu comentário é notável e que o subscrevo por completo.
    Na área da comunicação social há um déficit democrático cada vez maior a par de uma ignorância e de uma falta de rigor (o exemplo que cita das transferências é um caso flagrante) que chocam qualquer um.
    Então nos diários desportivos nacionais é perfeitamente anedótica a forma como todos os dias inventam notícias e transferências.
    E os exemplos são constantes.
    Resta a blogosfera que é cada vez mais um espaço de liberdade.
    Caro Anónimo:
    Como começa a ser moda importa é discutir quem tem ideias diferentes e não as próprias ideias.
    É um "modus operandi" tipico dos regimes totalitários ou daqueles que gostam de governar em ditadura.
    Ao longo da minha vida já fui a muitas dezenas de assembleias gerais do clube onde expressei as minhas ideias sempre que tal me foi permitido.
    Porque no tempo de Vitor Magalhaes (numa AG com o pavilhão lotado) a mim e a mais alguns critícos dessa direcção como o Pedro Xavier não foi permitido falarmos por grupos organizados que se manifestavam de forma ruidosa.
    Desde que saí da direcção eleita em 2012 impus a mim próprio um período temporal em que decidi não estar presente nas AG.
    Que está a acabar.
    Quanto "à forma leviana" apenas lhe digo que não recebo lições de nenhuma espécie de quem nem tem coragem para assinar o que escreve.
    É que eu dou opiniões mas também dou a cara por elas.
    Caro Anónimo:
    Esse comentário não é relativo a este texto mas eu percebo que na pressa de criticar nem seja esquisito.
    Dir-lhe-ei apenas que escrevo para leitores inteligentes.
    Provavelmente não será o seu caso.

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  6. Boa tarde Luis.
    Se me for permitido o off tópic... há dias ocorreu uma Ejecção de massa coronal no sol e que veio dirigida a Terra. Há poucas horas atrás no Alasca apareceu um grupo massivo de baleias mortas.
    Tudo aponta para que um grande abalo sismico vem por aí... esperemos que não seja o tal temido e aguardado, que se acontecer, desencadeará violentos tremores em cadeia por todo o planeta.

    Chicote

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  7. Caro Chicote:
    Esperemos que não.
    Só faltava mais isso

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