Europa à Vista!

O jogo com o Estoril era extremamente importante em termos da conquista de um lugar europeu e por isso o Vitória sabia que só o triunfo servia esse objectivo.

E não falhou.

Fez uma primeira parte de bom futebol, regista-se isso, muito por força de ter conseguido jogar a toda a largura do terreno através das subidas de Bruno Gaspar pelo flanco direito e das boas combinações entre Valente e Luís Rocha no lado oposto ,sempre bem servidos por André a fazer girar a bola na intermediária, a que Álvez juntava a sua codícia e capacidade de pressionar a defesa adversária.

A equipa chegou ao golo num passe primoroso de Bernard (a sua melhor acção em todo o jogo) para o ponta de lança Valente que fugindo ao adversário (e ao exílio que lhe é imposto no flanco esquerdo)fez um golo "à matador".

Na restante primeira parte o Vitória não diminuiu a pressão e o Estoril pode agradecer à sorte o não ter ido para intervalo com um resultado mais volumoso ás costas.

Contudo o intervalo parece ter feito mal ao Vitória.

Que regressou para uma segunda parte abúlica, sonolenta até, em que pareceu contente com o resultado e passou a jogar mais devagar e sem exercer sobre o adversário a pressão que se vira durante todo o primeiro período.

Mesmo assim, e porque este Estoril está longe de boas equipas que teve em anos anteriores,o Vitória continuou a ser a equipa mais perigosa e depois de ver um golo de Josué anulado por um eventual fora de jogo de Moreno (curiosa esta participação dos dois centrais num lance na baliza adversária) chegaria ao segundo tento depois de uma excelente triangulação entre Otávio, Alvez e Valente em que este, outra vez fugido do "exílio" e outra vez à ponta de lança(que é o que ele...é), cabeceou sem hipóteses para o guarda redes adversário.

As ténues tentativas estorilistas de contrariar a marcha do marcador, antes e depois do segundo golo, foram sempre contrariadas pela defesa vitoriana e por um Douglas que fez duas excelentes defesas a opor-se a remates perigosos mostrando-se num bom momento de forma.

Em suma um triunfo justo numa exibição que começou e acabou bem mas teve pelo meio uns "adormecimentos"perfeitamente escusados.

Num jogo fácil de arbitrar o juiz lisboeta complicou alguns lances sem necessidade nenhuma.

Depois Falamos