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segunda-feira, março 30, 2015

O Bom e o Mau

 
O resultado das eleições regionais de ontem, na Madeira, tiveram para a coligação no poder em Lisboa um aspecto positivo e outro negativo.
O positivo foi os dois partidos coligados no continente terem obtido o primeiro e segundo lugar nas eleições regionais com um total de cerca de 60% dos votos expressos infligindo à esquerda mais uma tremenda derrota.
É evidente que na Madeira, onde nem no tempo da AD estiveram coligados, o CDS lidera a oposição ao PSD pelo que estes votos não podem ser somados para este efeito mas seguramente que já o poderão ser nas legislativas e este resultado é um indicio muito positivo para essas eleições.
Já sei que vão aparecer alguns a dizer que não se podem extrapolar resultados e que estas eleições regionais tem de ser interpretadas no âmbito exclusivo da Região mas esses são os mesmos que se o PSD tivesse perdido a maioria ou até as eleições já andariam por tudo que é comunicação social a dizer que tinha sido uma enorme derrota de ...Passos Coelho.
Até o agora mudo, afónico, engasgado ou sabe-se lá o quê António Costa participaria nesse regabofe ao invés de nos privar, como actualmente, do prazer de o ouvirmos comentar esta espantosa derrota do PS na Madeira.
Mas há também um aspecto negativo nestas eleições.
Que o PSD soube contornar e o CDS não.
Coligados em Lisboa no governo do país era desejável que ambos os partidos se tivessem abstido de envolver os seus principais dirigentes e membros do governo na campanha eleitoral na Madeira deixando isso para os dirigentes regionais.
O que o PSD fez.
Do presidente do partido ao secretário-geral, passando por ministros e secretários de estado, ninguém participou na campanha eleitoral madeirense.
Poupando aos eleitores da coligação o desconforto causado por verem dirigentes nacionais do CDS, com Paulo Portas à cabeça, e ministros do governo como Assunção Cristas a participarem em acções de campanha contra o PSD.
Não se pode estar com Deus e com o Diabo nem com um pé dentro e outro fora conforme dá eleitoralmente jeito.
E percebendo o empenho de fazerem crescer o seu partido na Região parece-me que é muito mais importante contribuir para a coesão da coligação no governo do país com vista a vencer as eleições legislativas de Outubro próximo.
E atitudes como esta não reforçam a coligação, não aumentam a confiança entre os dirigentes intermédios de ambos os partidos , não criam uma "onda" positiva entre o eleitorado decidido a votar PSD/CDS nem atraem um único indeciso para o seu lado.
Não havia,realmente, necessidade...
Depois Falamos 

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