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quinta-feira, janeiro 08, 2015

Não Passarão

Não tenho sequer a pretensão de conseguir acrescentar qualquer coisa de novo ao muito que tem sido dito e escrito sobre o criminoso ataque ao semanário Charlie Hebdo.
Tenho lido e concordado com muitas opiniões escritas em jornais portugueses e estrangeiros , nas redes sociais, na blogosfera e por aí adiante todas elas convergentes no horror, na condenação, no repúdio pela barbaridade do acontecido.
Também li uma ou outra opinião, felizmente poucas (como a dessa ignóbil criatura chamada Ana Gomes), fazendo leituras politicas nojentas e desavergonhadas do que sucedeu como se alguma justificação pudesse existir para semelhante acto.
O que me importa realçar aqui são duas ou três coisas.
Por um lado que é um tremendo erro confundir um acto criminoso ,perpetrado por radicais em nome de ...nada, com o Islão e os muçulmanos.
Isso será de um radicalismo quase tão atroz como o que levou a este crime.
Por outro lado o acontecido, que é em si próprio um ataque à Liberdade, não pode nem deve ser pretexto para o assumir de outros radicalismos políticos que à boleia deste acto procurem dele extrair benefícios políticos e eleitorais num prazo mais ou menos curto.
Isso seria também fazer o jogo dos criminosos.
Finalmente, e no respeito integral pelo atrás escrito, creio que os os países da União Europeia (porque os Estados Unidos já aprenderam por triste experiência própria no 11 de Setembro) mais vulneráveis a este tipo de actos tem de saber defender-se melhor do que o tem feito perante estes fenómenos de crime radical que vem acontecendo nalgumas das principais capitais europeias.
Sem por em causa os princípios, os valores e os direitos mas não abdicando do direito de se defenderem.
Depois Falamos.

P.S. As coisas são o que são. 
Atentados como este, com tantos ou mais mortos, são infelizmente comuns no dia a dia do Iraque, da Síria  ou até do Líbano.
A vida humana tem o mesmo valor em qualquer lugar.
Só que há lugares...e lugares!

9 comentários:

  1. Por acaso acho que este ato foi obra de radicalistas tresloucados.
    Mas não alinho com os que tentam branquear o papel e as responsabilidades do Islão e dos seus apaniguados, neste acontecimento.
    É um facto que o Islão diz que matar um infiel (leia-se um cristão), dá lugar a grandes recompensas, como ter um bando de virgens (no paraíso) para satisfação sexual do interessado.
    Também é um facto que a doutrina islâmica se tenta introduzir no ocidente, mas impede a difusão do cristianismo nos países islâmicos sob PENA DE MORTE para os infratores.
    Igual destino para algum muçulmano que se queira converter ao cristianismo.
    A situação da mulher é, nos países de doutrina islâmica, pouco acima dos animais domésticos e claramente equiparada a crianças de dez anos.
    Ainda agora li que na Turquia (que nem pratica a lei do Islão, mas é governada por e habitada por muçulmanos), vai ser construída a primeira capela cristã desde há 90 ou 100 anos.
    Cenas como a de Paris, ocorrem regularmente em países islâmicos com menos visibilidade.

    Ou seja, há que dizer as coisas com clareza, reconhecendo que a doutrina islâmica incentiva claramente estes comportamentos desviantes.
    Obviamente que há islamitas sensatos e tolerantes, mas branquear a influência do Islão é fechar os olhos à realidade

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  2. JÁ AS MINHAS AVÓS DIZIAM...8:05 da tarde

    O problema é exactamente esse. não basta dizer que isto não tem nada a ver com religião. é preciso que os praticantes dessa religião se saibam demarcar e que os responsáveis religiosos venham a terreiro explicar, ou melhor, contrariar as teses dos fundamentalistas. já diziam as minhas avós, quem cala consente...

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  3. E se eu fizesse um cartoon da mãe de alguém num bordel... tambémm poderia alegar liberdade de expressão? Quando se vêem algumas capas desse semanário, acho que se confunde muito liberdade com libertinagem!

    E quando alguém nos Estados Unidos mata dezenas de crianças numa escola, também é problema do Islão? Quando isso acontece ninguém vem dizer que TODOS nos Estados Unidos são maus.

    Ressalvo que sou TOTALMENTE contra o que se passou em Paris e também contra a resposta que tiveram hoje algumas Mesquitas no sul de França!

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  4. Caro luso:
    Temos de distinguir entre aquilo que o Islão preconiza e a interpretação que muitos islamitas lhe dão. E bastas vezes não conferem. Agora é evidente que para os nossos valores há questões impossíveis de aceitar como,por exemplo, o papel que as sociedades islâmicas reservam à mulher. Mas o Islão não é,na sua essência,uma religião violenta. Acontece é que nela,como em todas, há sempre os que a aproveitam para justificar o injustificável.
    Caro Anónimo:
    Mas isso é o que tem feito diversos responsáveis religiosos islâmicos. Bem como a Liga Árabe em termos politicos.
    Caro Anónimo:
    O gostarmos ou não do estilo de jornalismo do Chalie Hebdo é uma coisa. Manifestarmos a discordância a tiro é bem diferente. Agora também sou completamente contrário a interpretar este crime como um ataque do Islão ao Ocidente. Porque não o é.

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  5. Caro Cirilo:
    Desta vez não concordo consigo. E somos dois: eu e Santiago (Mata-Mouros).
    Lamento mas o Islão tem tudo a haver com isto!
    Tem de se ler o Corão e os Hadits tendo em conta que o texto mais recente prevalece sobre os mais antigos!

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  6. Eu quero é que os muçulmanos se fodam, Sr. Luís Cirilo. Nenhum se aproveita!!! Maomé é a maior burla religiosa de todos os tempos e andamos a passar-lhes a mão no pêlo quando ainda tentamos fazer distinção entre a sharia e o islão. É tudo a mesma merda.
    Agora o Sr. Luís Cirilo fica a saber uma das razões por que eu assino com o nome de Quim Rolhas. Se o quiserem matar, estão à vontade...

    Quim Rolhas

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  7. Cuidado Quim Rolhas porque a internet não é bem o que se conhece...

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  8. Pois não. Quem não deve não teme.
    Estaria mais preocupado se estivesse no lugar de Sócrates do que ser alvo de um atentado da Al-Qaeda.

    Quim Rolhas

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  9. Cara il:
    Respeito a sua opinião mas não generalizo e muito menos uso a religião para desculpar crimes que são indesculpáveis. Agora uma coisa lhe garanto até na qualidade de conterrâneo do rei Afonso:Jamais perfilharia dessa religião.
    Caro Quim Rolhas:
    Não sou tão radical como o meu amigo mas respeito a sua opinião. E não partilho nada de algumas das convicções de que o Islão faz gala.
    Caro Anónimo.
    Também é verdade.

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