Estamos em 2015.
E em 2015 teremos, lá para Outubro, eleições legislativas que ditarão a continuidade da actual maioria ou o regresso a um passado de que muitos parece já se terem esquecido apesar do termos andado a pagar duramente nos três últimos anos.
Acredito que na hora do voto, e apesar dos sacrifícios, a maioria dos portugueses saberá reconhecer que este governo fez o que tinha de ser feito (se exactamente assim ou de forma algo diferente será assunto para debater na campanha) e face aos condicionalismos impostos por uma troika chamada pela má governação do PS ninguém poderia fazer muito diferente.
Por isso, e até porque seguramente que o governo acredita no que está a fazer, não entendo a demora em PSD e CDS anunciarem ao país um entendimento pré eleitoral que permita aos dois partidos apresentarem-se a eleições em coligação e conseguirem assim reforçar de forma substancial as possibilidades de triunfarem nas urnas.
Dou um exemplo entre muitos possíveis.
Em Guimarães, nas ultimas autárquicas, a coligação "Juntos por Guimarães" (que integra PSD,CDS e MPT) apresentou-se a votos e não obteve o triunfo a que aspirava.
No dia seguinte ás eleições recomeçou a trabalhar!
E hoje, passado mais de um ano, é possível não só dizer que as coisas tem corrido muito bem com um entendimento perfeito na Câmara e na Assembleia Municipal (onde as naturais diferenças entre os partidos tem,aqui e ali, levado a sentidos de voto diferentes sem que daí venha qualquer problema) como também não é difícil prever que a coligação se poderá repetir nas próximas autárquicas.
Estamos a falar de uma coligação a três num concelho e exercendo mandatos na oposição.
Se nessas circunstâncias é possível, e corre bem, não estou a perceber porque razão uma coligação a dois que governa um país tem tanta dificuldade em chegar a um entendimento e definir uma situação para um futuro que já não vem longe.
Não sei se lá por Lisboa, os decisores acantonados naquele "quadrilátero mágico" delimitado a sul pelo Terreiro do Paço, a este pelo Parque das Nações, a Oeste pela Quinta da Marinha e a Norte pelo aeroporto, tem noção da forma como o país real (o que vota e decide eleições) olha para estes adiamentos quanto á hipotética coligação.
Porque se tivessem já se tinham decidido.
É que a imagem que estão a transmitir não é nada, mas mesmo nada, favorável!
Depois Falamos
caro luis cirilo, provavelmente ambs as direcções de vem ter dados que indicam que juntos ou separados a derrota é certas. Ainda hoje o expresso tem na primeira capa a foto de Maria Luis Albuquerque e de Assunção Cristas como sucessoras de passos e portas nos respctivos partidos.
ResponderEliminarMas sinceramente acredito que nem uma nem outra serão lideres no pp será Nuno Melo e no PSD Rui Rio, Paulo Ranvel, irão a votos
Sempre fui avesso a qualquer entendimento entre PP e PSD, a menos que ambos fundem um novo partido, que poderia voltar a chamar-se PPD. Porque não? Primeiro porque não confio em Paulo Portas. Segundo, porque a hegemonia consentida do PP neste Governo, ou melhor explicando, o número elevado de ministros que este partido tem no Governo, não é equivalente àquilo que o PP vale nas urnas.
ResponderEliminarPorém, há coligações bem mais indesejáveis, para não dizer a maioria delas, proibidas por diversas razões. Muitas vezes é como obrigar o casamento entre irmãos. Ou outras relações fortuitas inconvenientes entre um cunhado e uma cunhada, sogra e genro. As diferenças e a proximidade são tão grandes até se fica doente ao pensar no mau hálito da relação.
Imagine-se, Sr. Luís Cirilo, o que era uma coligação entre o PSD e PCP? Ou ainda pior, entre PSD e PS? Neste último caso, e para se perceber melhor, ocorre-me as diferenças entre Jesus e Maomé. Catolicismo e islamismo.
Jesus todos sabemos quem foi. Fez milagres, ressuscitou e está no Céu.
Já Maomé foi casado com 15 mulheres, teve seis filhos, entre os quais a mais famosa foi Fátima. Mandou matar pelo menos 11 pessoas. Escravizou negros. Saqueou e enriqueceu em nome da religião. Nunca fez milagres. Morreu envenenado e está sepultado em Medina.
No livro que ele escreveu depois de inventar uma visita reveladora do irreconhecível arcanjo Gabriel, 600 anos depois do mesmo arcanjo ter visitado a Virgem Santíssima na Galileia, Maomé deixou em legado um conjunto de aberrações filosóficas reunidas no Corão que deveria corar de vergonha qualquer muçulmano que se preze.
Por exemplo, lê-se o seguinte. As mãos do ladrão devem ser cortadas. A mulher vale metade do homem devido à deficiência mental própria das mulheres. Os maridos poligâmicos podem bater nas suas esposas. E ainda o casamento consentido antes da puberdade a permissão da prática do crime de pedofilia. O escravidão é consentida. E, a mais infâmia de todas, própria de quem quer conquistar terras através da guerra santa, é a promessa do paraíso islâmico com 72 virgens para sexo em troca do martírio.
Quero dizer, antes sozinho que mal acompanhado, Sr. Luís Cirilo. Entendo que seja oportuno haver um pré-acordo eleitoral, mas as lideranças, neste caso, estão mal entregues. À exceção do PSD. É que a predisposição de Portas em querer ficar sempre por cima, quanto a mim, é que borra sempre a pintura.
Quim Rolhas
Caro quim Rochas,
ResponderEliminarsabe o que foi a inquisição? Autos de fé dizem-lhe alguma coisa?
Sei.
ResponderEliminarEra um grupo de palermas celibatários que agiam em nome da Igreja na Idade Média.
As diferenças entre Inquisição, Comunismo e Guerra Santa são ainda mais visíveis quando analisamos o número de mortes causadas por cada uma delas.
A Inquisição foi responsável pela morte de cerca de 6 mil pessoas.
O comunismo foi responsável pela morte, no mínimo, de 94 milhões de pessoas.
E a Guerra Santa, desde o séc. VI, matou pouco mais de 100 milhões. A maioria dos quais eram cristãos. O número que está sempre a crescer agora com o Estado Islâmico em ação e o terrorismo praticado pelos radicais.
Note ainda que as diferenças entre o número de mortes causadas pela guerra santa superam em pouco milhões as mortes causadas pelo comunismo.
Como vê, as diferenças e as semelhanças são enormes. No primeiro caso, é como comparar um porta-chaves à torre Eiffel.
Quim Rolhas
Caro cards:
ResponderEliminarA derrota é uma hipótese tal como a vitória. Por isso devem trabalhar em prol da segunda e evitando tudo que possa dar origem à primeira.
Falar claro,dizer aos portugueses como se vão apresentar a votos ajuda à segunda. Para mim isso é claro.
Caro Quim Rolhas:
Para mim uma aliança entre PSD e PS é uma perfeita aberração. Não lhe vou citar Maomé mas dou-lhe um exemplo mais terra a terra:lembro-me de uma final de Taça de Portugal entre Porto e Benfica em que os adeptos do Sporting foram ao Jamor devidamente trajados apoiar o Benfica.
Uma perfeita aberração.
Na actualidade aliar PSD ao PS seria como juntar bombeiros com pirómanos!
E serei sempre contra isso.
Quanto ao que refere relativamente a PSD e CDS e ás respectivas lideranças direi que não estou insatisfeito com a do meu partido. E por aqui me fico
Caro Luis Cirilo, ir ao Jamor apoiar o Benfica nunca poderá ser visto ainda que sejam sportinguistas a fazê-lo, isso só mostra que houve um dia nas suas vidas em que tiveram juizo...
ResponderEliminarCaro Quim Rolhas,
ResponderEliminarForam mais do que 6 mil, mas ainda assim muito mas muito longe do comunismo e da jihad.
caro Luis Cirilo,
ResponderEliminarApoiar o BenFica no Jamor nunca poderá sr visto como uma aberração ainda que fossem sportinguistas a faze-lo
Bombeiros e pirómanos. Gostei, Sr. Luís Cirilo. Essa foi de mestre.
ResponderEliminarTambém reconheço que o PSD está muito bem entregue. Muitas saudades há-de ainda ter o PSD desta liderança. Pode não ser a melhor de sempre, mas para lá caminha.
Quanto ao PP e Governo, têm um problema em comum: a ponta de um icebergue chamado Paulo Portas.
Quim Rolhas
Caro cards:
ResponderEliminarBenfiquistas e Sportinguistas a apoiarem-se mutuamente são problemas que dizem respeito a Lisboa e a dois dos seus bairros.
Quanto a apoiar o Benfica,seja onde for, é dever dos benfiquistas. A partir daí...
Caro Quim Rolhas:
Veremos o que os próximos meses nos vão trazer. Pessoalmente não estou muito optimista.