Como vitoriano gostava que de Janeiro de 2015 fosse um mês de esperança.
Esperança em que alicerçados na excelente carreira da equipa e na possibilidade de lhe serem acrescentados mais uns "retoques" pudéssemos legitimamente aspirar a um apuramento para a pré eliminatória da Liga dos Campeões.
O cenário parecia favorável face à pontuação já obtida, ao nível exibicional na maioria dos jogos e ao facto de a concorrência não ser de assustar nem nada que se pareça.
Infelizmente Janeiro parece ser um mês de angustia.
A angustia que sentimos cada vez que abrimos um jornal ou consultamos as suas páginas na net e tememos deparar com mais uma notícia desagradável.
No sábado foi Traoré.
Um dos melhores e mais experientes jogadores do nosso plantel vendido subitamente (mais subitamente do que muitos pensarão) a um clube com o qual nunca devíamos ter qualquer relacionamento quanto mais vender-lhes jogadores depois daquilo que muitos vitorianos ainda recordam como o escândalo de Basileia.
Mas,lá está, as "dores" vitorianas cada um toma-as na proporção que entende.
Quando as toma é claro!
Não sei se o negócio financeiro foi bom ou mau.
Se foram mais de dois milhões, como o "oficioso" A Bola noticia, foi bom negócio para um atleta que chegou a custo zero poucos meses atrás e sem qualquer cotação no futebol europeu.
Em termos desportivos vai depender de Chemman e Luís Rocha sabermos se foi um negócio aceitável ou ruinoso em termos de rendimento da equipa.
Porque uma equipa não é uma máquina a quem se tira uma peça e se mete outra e ela continua a funcionar da mesma forma.
Tivéssemos nós vitorianos a certeza de que era a única saída, por contrapartida das entradas de Kanu, Valente e o tal goleador que se aponta para estes dias (porque Denis e Mateus são, nos seus vinte aninhos, jogadores para "fazer")e poderíamos considerar haver razões para a tal esperança especialmente se o ponta de lança for um jogador traquejado e não mais um jovem para "fazer".
Infelizmente os discursos oficiais e as notícias que vão aparecendo nos jornais com relação privilegiada com a SAD apontam no sentido contrário.
Vão acontecer mais saídas.
E isso apenas desperta a angustia de quem está farto de ter desilusões e de ver segundas voltas a negarem as primeiras.
Que é o que acontece, estou certo, com a esmagadora maioria daqueles que nas bancadas do D.Afonso Henriques (e dos estádios onde jogamos) não se cansam de gritar "Vitória...Vitória...Vitória...".
Não sei se estão a perceber...
Depois Falamos.
P.S Aqueles bem intencionados que a isto argumentarão com o estafado chavão das "dificuldades financeiras" e da necessidade de "receitas extraordinárias" apenas digo que para esses argumentos houve um tempo.
Que já passou.
Um destes dias desenvolvo o tema.
O "oficioso" A Bola noticiou, mas antes um dia o jogo já tinha escrito a mesma coisa.
ResponderEliminarA ser verdade a noticia de que foi vendido por mais de 2M, é de facto bom negocio. Em relação ao mercado de Janeiro, a minha opinião, fosse eu um Presidente de algum clube, serviria apenas para vender quem estivesse a mais e contratar alguém que realmente fizesse falta, como é o caso de um ponta de lança para o Vitoria. Aceitaria a venda de um jogador da importância de Traoré apenas se fosse necessário para as contas da SAD, mas apenas um e mais nada. Porque de resto costumo pensar que se esta a correr bem a época é hora de fazer um esforço e não mexer no que de bom se tem feiro, e pensar que se a época estivesse a correr mal, não iria conseguir vender ninguém e provavelmente ter de contratar reforços...Estou muito contente com o trabalho desta Direcção, mas esta mania de serem tão frontais na imprensa e certinhos e nas declarações começa a chatear. Parece-me que falta um pouco de matreirice. Só tem de confiar que no final da época vende alguém por um preço muito melhor do que agora...se não vender paciência, cá estamos para os valorizar para o ano outra vez...não lixem é este projecto...
ResponderEliminarEm relação ao Chemman, não foi o melhor jogo para o avaliar mas também por isso não me pareceu nada mal, bem fisicamente, a ganhar na antecipação algumas vezes,e "só" apanhou o melhor em campo pela frente... tou curioso para o ver novamente.
Meu caro
ResponderEliminarEntão o Presidente do VSC e da SAD anda à 1 mês a anunciar aos 7 ventos que precisa de vender e que precisa de vender e que precisa de vender . . . anuncia que tem de sair uma joia ou uma perola ou até mesmo o RV para os vermelhos e o meu caro vem dizer que tinha esperança que afinal ia reforçar a equipa !!
Parece que anda desatento . . .
Ao fim destes anos de JM e sua direção, todos sabemos que ele nunca dará primazia à vertente desportiva (a médio prazo) em detrimento da financeira.
Mas as eleiçoes estão à porta, e aí é que vamos ver se os vitorianos que sofrem nas bancadas e gritam VITORIA estão realmente descontes com esta politica ou não.
E já agora também vamos ver, se alguém se vai "chegar à frente", como opositor a JM (caso ele avance) e a esta politica.
Quanto à venda ao Basileia . . .se nós recusasse-mos vender a clubes contra os quais já fomos prejudicados, então também não venderiamos a nenhum clube Português
Caro Anónimo:
ResponderEliminarSão dois jornais bem informados. E não é de hoje.
Caro Miguel:
Comprar e vender faz parte da gestão de um clube. Sendo certo que se deve priorizar o final de época para essas operações. Em Janeiro devem fazer-se apenas "retoques",caso necessário, para reforçar um ou outro sector mais carente. Saídas nesse período apenas de jogadores que não estejam a corresponder ou se entenda necessitarem de rodagem. Vender em Janeiro para "compor" orçamentos encerra riscos desportivos e financeiros que se possível devem evitar-se. Por isso concordo consigo que vender um jogador,enfim,ainda se aceita mas mais do que isso é por seriamente em causa a carreira da equipa. A ver vamos.
Quanto ao Chemman sou da sua opinião.
Caro Luís Costa.
Como compreenderá não sou obrigado a concordar com estas vendas e muito menos com ofertas na praça pública. Que apenas servem para desvalorizar os jogadores e expor o estado de necessidade do clube com todas as consequências que daí podem advir.
Por isso o que escrevi foi em função do que acho que devia ser e não daquilo que vai ser de facto.
De resto compreenderá que se eu concordasse inteiramente com a orientação que é dada ao clube se calhar ainda estava na direcção.
Quanto ás eleições acho francamente desejável,agora e sempre, que apareçam várias candidaturas demolde a permitir aos associados escolherem dentro do leque mais amplo possível. Recordo,contudo, que as eleições são para os orgãos sociais do clube e não para a SAD que é onde está o futebol.
Relativamente ás vendas sou da sua opinião. Por mim não fazíamos negócios com clube portugueses na óptica da venda de jogadores.Mais claramente ainda não faria nenhum negócio com Benfica,Porto e Sporting. Porque estou farto de os ver prejudicarem-nos e porque,regra geral, pagam muito abaixo do justo valor. Veja-se os casos de Ricardo e Paulo Oliveira por exemplo.
Eu já disse isto várias vezes: não seria melhor tentarmos fazer a melhor época de sempre e depois vender ainda mais caro os melhores jogadores, depois de conseguirmos a Champions?
ResponderEliminarAfinal de contas o acesso à Champions joga-se em Agosto e depois de conseguido o acesso há dinheiro a chegar e ainda tempo de vender e comprar porque o mercado fecha a 31!
Caro Rui:
ResponderEliminarEstando, como estamos, a disputar o terceiro lugar que dá acesso à pré eliminatória da Champions é evidente que faria sentido tentar chegar lá. Reforçando a equipa com um ponta de lança e mantendo os principais jogadores. Saídas só de jogadores que não fossem considerados essenciais para esse objectivo.
Infelizmente a orientação parece ser outra pelo que é de recear que o terceiro lugar se esfume em pouco tempo
Meu caro
ResponderEliminarRecordo que quem indica o Presidente para a SAD é o clube (e acho que também tem direito a nomear 2 ademinstradores), logo as eleições para o clube são também (ainda que de uma forma indireta) eleições para a SAD
Para termos perdido 3-0 com o Lisboa, sendo o Lisboa a equipa mais fraca dos últimos anos, à excepção de Gaitán, que é digno de Real Madrid ou Barcelona, já se pode ver que a falta que Traoré fez.
ResponderEliminarPor outro lado, se quer que eu seja sincero, acho que foi um bom negócio. Mesmo feito pela calada. Repare, se um jogador desconhecido chega a custo zero e rende ao Vitória mais de 2ME, faz 15 jogos no campeonato sem ter marcado golos, para uma equipa da nossa dimensão, é muito bom.
Outro pormenor. Traoré jogou até aos 75 minutos no jogo do Funchal em que perdemos por 4-0. Portanto, se perdemos em Lisboa por 3-0, sem ele, veja Sr. Luís Cirilo, é sinal que algo melhorou significativamente pela diferença de menos 1 golo sofrido.
Esperemos pelo próximo Domingo para ver se o resultado entre Marítimo e Benfica pode confirmar esta ligeira melhoria.
Quim Rolhas
Caro Luís Costa:
ResponderEliminarEu sei que sim.
Mas se o presidente eleito não merecer a concordância da maioria accionista poderá criar-se uma situação muito complexa. Nomeadamente na nomeação dos restantes administradores e na própria orientação dada ao futebol.
E os estatutos da SAD não são muito claros quanto a uma situação dessas.
Caro Quim Rolhas:
A sua ironia é sempre deliciosa.
Concordo consigo quanto ao aspecto financeiro do negócio (se forem mais de 2 ME) mas reservo-me quanto ao desportivo. Acredito que Chemman e/ou Luís Rocha pode ser solução, gosto da ideia de contratar Luís Tinoco ao Arouca(veremos se se concretiza), mas sei que Traoré foi um dos melhores laterais esquerdos do clube nos ultimos 20 anos. Aguardemos...