Sempre tive um enorme apreço(mais adiante direi porquê) por esta fotografia de uma Guimarães que já não existe.
Aliás reencontrei-a, apropriadamente, numa página de facebook denominada "Guimarães Desaparecida" onde é possível encontrar fotografias interessantíssimas da cidade e do concelho com muitas décadas e algumas do fim do século 19.
Nesta, acima reproduzida, aparece aquele que foi um ex libris de Guimarães : O Café Oriental.
Situado na praça do Toural, no rés do chão do edifício onde ainda existe um restaurante com o mesmo nome nos pisos superiores (onde se come muito bem por sinal), o café Oriental foi durante muitas décadas uma referência par aos vimaranenses e para quem visitava Guimarães pela decoração absolutamente invulgar que ostentava e que fazendo jus ao nome se baseava em "motivos" orientais.
Lembro-me bem de lá ir, ainda criança, pela mão do meu avô que dele era cliente habitual e amigo do proprietário.
E recordo-me da admiração com que contemplava aquela decoração imponente, aquelas pinturas e colunas que me fascinavam.
Depois, já nos anos 70, o "Oriental" deu lugar a uma agência do BPA.
E as obras deram cabo daquele magnifico interior deixando um vazio que nunca mais foi preenchido porque não houve o cuidado (nesse tempo ainda não havia essas preocupações)de impor ao Banco que respeitasse uma decoração única.
Um pouco a exemplo do que aconteceu já este século (lá está outros tempos...) com um restaurante da cadeia McDonalds que abriu na Praça da Liberdade no Porto respeitando a traça do café que lá estava anteriormente.
Ficaram a saudade e as memórias fotográficas.
Depois Falamos
P.S. Uma das razões porque sempre gostei desta fotografia tem precisamente a ver com o meu avô de quem já disse ser cliente habitual do café.
Na fotografia, primeira mesa a contar da direita, estão duas pessoas sentadas. O meu avô é o da esquerda.
Ai que saudades ai...ai..., as minhas memórias do Oriental são dos anos 60, principio dos anos 70, onde ia com o meu Pai sempre que o Vitória jogava em casa e após o almoço ele marcava encontro com os amigos e dali seguia-mos a pé para o futebol,Primeiro para a Amorosa e depois já para o Municipal.Adorava aquele decor fantástico, aquelas colunas para a visão de um petiz metiam respeito.O que será feito dessas colunas,será que foram destruidas? Em tempos alguem me disse que não, mas não recordo exatamente o que foi feito ou quem as possui. Bons tempos, que nos fazem recordar estas fotos.
ResponderEliminarJ.M.
Caro J.M.
ResponderEliminarAqui há uns trê sou quatro anos escrevi um outro texto sobre o café Oriental e foi curiosa a repercussão que teve de pessoas que o tinham frequentado. E que relembravam precisamente essas fabulosas colunas. Não faço ideia do que lhes aconteceu mas tenho pena, muita pena, que o espaço não tenha sido preservado.
Caro Luis Cirilo e J.M. sou investigadora de História de Arte e encontro-me a escrever um artigo para a Revista da FLUP. É possível, de alguma forma, marcar uma "reunião" para os entrevistar?
ResponderEliminarGrata pela atenção
Cara Maria:
ResponderEliminarPor mim tenho todo o gosto em falar consigo.
Embora as minhas memórias desse café sejam do tempo de criança.
Quanto ao J.M. terá de ser ele a responder porque não sei quem é.
AMÉLIA,
ResponderEliminarERA DE UM FAMILIAR MEU.
SÓ SOUBE DA EXISTÊNCIA DESTA MARAVILHA E 1ª SEDE DO VICTÓRIA DE GUIMARÃES HÁ MTO POUCO TEMPO.
QUE PENA NÂO TER CONHECIDO!
GOSTAVA QUE UM FAMILIAR MEU CONTINUASSE E REERGUESSE ESTA MAGNÍFICA OBRA.
ResponderEliminarESTA MAGNIFICA OBRA ERA DE UM FAMILIAR MEU.
TENHO PENA DE NÃO TER CONHECIDO, MAS OUVI MARAVILHAS DELE, COMO POR EX. QUE FOI A 1ª SEDE DO VICTORIA DE GUIMARÃES! ASSIM COMO FOI SEDE DE CONVÍVIO DAS MAIS ALTAS INDIVIDUALIDADES DA CIDADE.
SE SOUBESSE ONDE PARAM ALGUMAS DESTAS OBRAS, EU PROPRIA CONTINUAVA E MANTIA ESTE CAFÉ.
AMÉLIA SARAIVA.
Cara Amélia:
ResponderEliminarNão lhe sei responder com muita pena minha.
O café oriental,tal como o conheci, foi demolido há quase 50 anos e o seu recheio e decoração não terão sido preservados como mereciam. Outros tempos, em que não se valorizava o património como hoje.
E estou certo que se tivesse sobrevivo à moda das agências bancárias o "Oriental" seria hoje uma referência de Guimarães como já o era no seu tempo