A longa, fastidiosa e inenarrável campanha interna do PS que as televisões nos meteram diariamente pelas casas dentro como se fosse algo de tão relevante para o país que merecesse o acompanhamento diário que delas foi feito.
Diria, ao fim destes três penosos meses, que bastariam dois dias de campanha (e estou a ser generoso) face ao volume de informação útil que foi possível recolher da mais longa "peixeirada" da politica portuguesa.
Birras, ataques pessoais, amuos quase infantis foram a constante.
Ideias, soluções, propostas exequíveis para o país foram algo de tão raro que me lembro apenas de duas ou três de Seguro e nenhuma, mas rigorosamente nenhuma , de Costa.
Perdeu o PS.
Porque ganhe quem ganhar a imagem de divisão e afrontamento interno que o partido deu ao longo destes meses chegou a ser penosa para todos aqueles que não sendo socialistas reconhecem a importância de um PS forte na oposição ao governo.
E vai ter reflexos futuros.
Porque uma "guerra civil" tão longa deixa marcas de que só o tempo permitirá avaliar a profundidade e só muito tempo conseguirá que acabem por se esbater.
E, lamentavelmente, em algumas ocasiões foi ultrapassada a fronteira do bom senso (aquela que define o que se pode dizer e especialmente o que não se pode dizer) através de declarações absolutamente censuráveis vindas de quem tinha por todas as razões a obrigação de manter a contenção e até de se alhear da disputa interna.
Como é o caso de um cada vez mais patético Mário Soares.
Felizmente a campanha acabou.
E até Costa veio declarar a sua satisfação por isso o que nem admira face à forma como lhe correram os debates televisivos
Restam uma ironia e uma vantagem.
A ironia é que a campanha não serviu para nada!
Quem vai decidir as primárias são os simpatizantes apressadamente arrebanhados durante estes meses.
E quem arrebanhou mais ganhará.
Até porque as eleições federativas (onde só votam militantes) revelaram equilíbrio de forças com ligeira vantagem para Seguro.
A vantagem é que os portugueses ,depois destes três horríveis meses de campanha, ficaram a conhecer muito melhor Seguro e Costa.
E isso é uma vantagem.
Para os portugueses!
Porque para os próprios e para o PS duvido muito...
Depois Falamos
Caro Luís,
ResponderEliminarQuanto ao Pai Fundador do PS(como lhe chamam), o problema não é Soares falar, é darem-lhe "tempo de antena". Esse senhor, em vez de aproveitar a sua sabedoria política para ajudar o país a sair do "buraco", ainda semeia mais discórdia e confusão! Devia ter vergonha do passado e estar calado, bem calado!
Quanto a Seguro e a Costa, não comento birras de catraios.
Quanto aos portugueses, esses estão cada vez mais fartos deste tipo de política que se faz no nosso pais, sem objectivos claros, sem ideias de futuro e sem vontade de gerar consensos numa altura em que estamos todos no "buraco".
Em vez de nos ajudarmos mutuamente a tentar sair dele, estamos a berrar uns contra os outros porque uns fizeram isto para cairmos no buraco e outros não fizeram aquilo para não cairmos nele.
E depois os políticos ainda se perguntam porque há tanta abstenção...
Caro Rui:
ResponderEliminarSoares é um caso perdido.
Seguro e Costa para lá caminham depois desta horrorosa campanha interna sem ideias nem elevação.
E ganhe quem ganhar vai ter de inflectir discursos e atitudes porque, como diz, os portugueses estão fartos desta forma de fazer politica.
No que terão de ser acompanhados por muito boa gente de todos os outros partidos com assentos parlamentares.
assisto divertido ao grande apoio que dão os psd's em geral a seguro.
ResponderEliminarCom seguro o ps seria mais fraco o que conviria obviamente ao psd.
Sei de casos de militantes do psd que se inscreveram para votar seguro.
seria uma hipótese a considerar, se tivesse ocorrido a mais apoiantes do psd
caro luso:
ResponderEliminarDevo dizer-lhe que se três meses atrás considerava que para o PSD seria melhor Seguro neste momento tanto faz. A campanha interna teve pelo menos essa vantagem. Mostrou que são ambos fracos como alternativa de poder. E neste momento, se calhar, até prefiro que vença Costa.