E isso aplica-se ao que se escreve e ao que se faz.
Especialmente, nalguns casos, ao que apetece fazer.
Aplica-se também a todos os vitorianos.
O que se passou no domingo na bancada topo sul foi, não tenho qualquer dúvida disso, um inaceitável abuso de poder traduzido numa carga brutal e "cega" sobre adeptos que nada fizeram para o merecer.
O presidente do Vitória, na RTP-Informação, já disse o que havia a dizer sobre isso e representou bem a indignação de todos nós.
Há que deixá-lo desenvolver as diligências que enunciou mantendo a razão do seu e do nosso lado.
E isso significa que os adeptos vitorianos tem de manter um comportamento sem mácula nos próximos jogos do clube.
Com uma pontinha de exagero diria que nem uma ponta de cigarro podem atirar para o chão pese embora não haver cinzeiros nas bancadas...
Porque quem esteve por trás daquela carga injustificada, os paineleiros que nas televisões se apressaram a colocar-nos rótulos de desordeiros e todos aqueles que desejam o nosso mal apenas esperam mais incidentes para exercerem represálias sobre o nosso clube.
A noticia de " A Bola" de hoje, referindo instruções do comando distrital da PSP para impedir a entrada de bandeiras e faixas no nosso estádio no próximo jogo, espero bem que seja falso alarme.
Mas, atendendo ao histórico de que não temos o direito de nos esquecermos e que retrata uma permanente má vontade contra nós, é bem provável que seja verdade.
E isso seria uma provocação inaceitável.
Porque traduziria uma discriminação (mais uma) em relação aos nossos adeptos quando em relação a adeptos de outros clubes se segue a politica da tolerância máxima.
Mas se assim for (espero que não mas temo que sim)temos de reagir com inteligência e serenidade.
Desde logo porque a PSP de Guimarães não tem qualquer responsabilidade nisto.
Depois porque em ultima análise, mas primeira para nós, o grande prejudicado de qualquer tipo de atitudes menos correctas será sempre o Vitória.
Sempre!
Com multas, com interdições do estádio (e parece-me que não faltam ansiosos por isso), com o impedir o apoio dos adeptos a uma equipa que está a fazer um magnifico início de campeonato.
E ,depois, é fácil de prever que a repressão sobre os nossos adeptos nos jogos fora (especialmente nos distritos de Braga e Porto)também se irá intensificar como se ela não fosse já muito para além do razoável.
Se impedirem as claques de levarem faixas e bandeiras,como se teme, a resposta terá de ter dois níveis.
A SAD terá de desenvolver os contactos institucionais não só para acabar com esta perseguição mas também para perceber porque foi ela desencadeada.
E nós, adeptos, teremos de saber protestar e mostrar a nossa revolta sem incidentes e dentro do maior civismo.
Porque quem está em causa é o Vitória!
Depois Falamos.
P.S. Há muitas formas de protestar.
Desde cada adepto levar uma bandeira a fazermos, de pé, um minuto de silêncio logo que o árbitro apite para o inicio do jogo.
Entre outras...
Nós somos um tubo de ensaio para a nova Pide. Comportando-nos como "solidários" para com as arbitrariedades das forças de segurança, estas transmitem ao Governo que tudo continua como dantes: enrabados e... cantando rindo.
ResponderEliminarNo caso de perdermos a "vergonha" e começarmos uma Intifada, aquelas forças transmitem ao Governo - pelo mesmo tubo de ensaio - que a população quer levantar "cachimbo", podendo alastrar com imenso fumo de norte a sul do País.
É uma tristeza tão funda, que eu, se não fosse tão velho, alistava-me já numa ala jihadista.
Isto é inaceitável, é que já chega de ser exemplo para tudo que em Portugal se queira experimentar. Uns correm atrás dos adeptos da outra equipa que foi obrigada a buscar refúgio no relvado e eles, os agredidos, é que foram castigados, aqui foi ao contrário, nós é que ficamos com o estádio interditado, uns lançam petardos, outros tochas para os relvados sintéticos, outros aparecem com verylights assassinos, e nós por 2 miúdos se terem envolvido numa rixa somos baleados, se um dirigente protesta é imediata e severamente punido, se um tendencioso comentador da sportv tiver dúvidas em relação a algum lance que o árbitro não viu, é logo sumarrissimo, para outros não é porque o árbitro viu e deixou seguir porque achou que não era nada, como se isto não fosse já suficiente, temos a PSP a criar insegurança quando o que deviam estar a fazer era precisamente o contrário, eu sozinho separava os 2 miúdos e tinha acabado ali com o assunto. Agora em jeito de vingança mesquinha vêm implicar com a claque, na semana passada criaram insegurança nesta semana parece que querem criar animosidade, mas que é isto? Mas afinal quem é o mais perigoso, encontrar a claque adversária ou a polícia? Parece-me que estariamos melhor servidos sem eles, e claro está em última instância quem vai sair prejudicado é o VSC, a sua jovem equipa que está super motivada por jogar em estádios cheios e nós adeptos. Será que só isto que aconteceu já será suficiente para sermos castigados?
ResponderEliminarUma vergonha. Parece que já estamos a incomodar muita gente...
ResponderEliminarHá dois aspectos que o Sr. Luís Cirilo deixou escapar, o que é normal quando põe o coração a tomar-lhe conta da razão, e que importam esclarecimento prévio, antes de discutirmos o prejuízo extrínseco do Vitória num jogo considerado de elevado risco de responsabilidades partilhadas com o Porto e, já agora, a capacidade incrível do Vitória em gerar jurisprudência perante indefinições da Lei.
ResponderEliminarPrimeiro, convinha saber qual o número de efetivos policiais do corpo de intervenção escalados para reprimir qualquer situação anómala perante uma assistência de 25.000 espectadores! Parece-me evidente que só existe elevado risco quando o contingente policial destacado ou disponível não acautela por insuficiência de efectivos quaisquer eventualidades anómalas perante uma assistência numerosa, ou seja, quando o ratio policial pré-determinado não proporciona condições de segurança tanto para polícias como para plateia. O cálculo do número de agentes da autoridade é de carácter discricionário e atribuído ao 'comando das forças policiais territorialmente competente'. Algo falhou neste cálculo fazendo despoletar uma reacção temerária das forças policiais perante um tumulto entre dois adeptos e sobre aqueles que, por camaradagem, os procuraram socorrer ou simplesmente anonimizar numa situação de detenção iminente.
Segundo, importava apurar se as claques do Vitória estão legalizadas. Se estão, o discurso do Presidente do Vitória, Júlio Mendes, faz todo o sentido e estou solidário com a posição vincada. Se não estão, o excesso de repressão policial fica explicado. Isto é assim. Imagine o leão do circo Cardinal à solta. Se a polícia souber que ele se chama Óscar, tenta imobilizá-lo até chegar o domador. Se não tem informações do leão, atira a matar. Foi o que aconteceu.
Relativamente à proibição das tarjas em recintos desportivos, perfeitamente inusitada se a claque está legalizada, não é por aí que a porca torce. Não pode nem deve ser esse caminho que autoridades terão de trilhar.
Quim Rolhas
Para hoje eu sugiro:
ResponderEliminar- 90 minutos de extremo civismo nas bancadas
- 1 minuto de silêncio ABSOLUTO no primeiro minuto de jogo, seguido de um irromper de cânticos vitorianos em todas as bancadas durante 90 minutos, para assustar o adversário e para mostar a toda a gente aquilo de que são feitos os vitorianos: querer, garra, amor e paixão pelo Vitória!
FORÇA VITÓRIA
FORÇA GUIMARÃES!
Caro José Duarte:
ResponderEliminarAcho que temos de dar ás coisas a dimensão que elas tem.
Defender o Vitória e os vitorianos mas não fazer disto uma questão de Estado. Porque não é. Há é gente em determinados postos que não gosta de nós e nos persegue. E é nesses que tem de ser concentrados os esforços.
Caro Macaco careca:
O que diz é verdade.
E a preocupação que nós adeptos temos de ter é preservar a equipa de factores anómalos que a possam prejudicar. a SAD,essa sim, ter+a de trabalhar para resolver o problema.
caro Mr. Karvalhovsky:
Pois estamos.
E não é de agora.
E por isso defendo há muito tempo que o Vitória não pode prescindir de um combate mediático pelos seus direitos. Ao que parece já há quem tenha interiorizado essa necessidade. Ainda bem.
Caro Quim Rolhas:
Não é uma questão de razão ou coração.
Tão pouco de claques que nada tiveram a ver com a pequena escaramuça entre os dois adeptos.
É o uso desproporcionado, e disparatado, da força por parte do CI da PSP. Saber o porquê de tal intervenção e quem a ordenou. Porque além do que se viu fica ainda o receio de que os orgãos disciplinares mais uma vez façam de nós cobaia de castigos insólitos.
Quanto ás claques é evidente que não estão legalizadas. Nem as nossas nem quase nenhumas. E deviam estar. Aliás não percebo onde está o problema da legalização. Mas estando ou não estando isso nunca, ao contrário do que disse,pode ser motivo para intervenções como a de domingo. Porque entradas do CI daquela forma só poderiam dever-se a incidentes graves e não a questões legais das claques
Entendo tudo, a sua postura e até apoio o Vitória nas suas recentes posições pois também estou estupefacto com o excesso de dever ou zelo do Corpo de Intervenção. Mas, Sr. Luís Cirilo, não tenho dúvidas nenhumas que o contingente policial dentro do estádio jamais reagiria da mesma forma se as claques vitorianas estivessem legalizadas. Não faria sentido. Uma claque legal pressupõe a existência de uma estrutura legal que dá conhecimento às forças policiais da identidade dos seus membros e da sua ação para apoiar a equipa, evitando surpresas de cada lado. Passaria a ser função do líder da claque, ou quem ele designasse, com devida antecedência, aconselhar o comando policial distrital sobre o número de efetivos policiais mínimos que garantissem a normalidade do evento desportivo e a integridade física dos seus membros em caso de incidentes, tendo em conta a importância contextual do Clube que nos visita.
ResponderEliminarA existência de um líder numa estrutura organizada de apoio desportivo acautelaria de igual modo a nomeação de membros da claque fisicamente capazes para intervir e anular conflitos internos, tornando desnecessária a presença ou a atuação do Corpo de Intervenção da PSP.
Por outro lado, a coexistência de diferentes claques vitorianas costuma a ser pacífica, mas tendo em conta o episódio ocorrido serve de alerta a uma ponderação e dúvida futura quando a inclusão de dois grupos num espaço espaço confinado.
Portanto, a realidade é dura e cruel, Sr. Luís Cirilo: há que legalizar as claques vitorianas para que depois o Vitória, achando-se em prejuízo, possa agir conforme manda a Lei.
Quim Rolhas
Caro Quim Rolhas:
ResponderEliminarO que refere é sensato.
É evidente que uma estrutura legal com hierarquia reconhecida dá outra confiança aos agentes policiais.
Pessoalmente nunca percebi qual é o problema de as claques se legalizarem.Afinal o unico fim delas deve ser darem apoio organizado ás equipas dos respectivos clubes. No meu tempo de VP do Vitória procurei perceber as razões mas depressa descobri que era ...tabu. E meti-me na "minha" vida que já me dava muito que fazer.
Se um dia tiver o grande prazer de o conhecer pessoalmente,caro Quim Rolhas,dir-lhe-ei exactamente o que penso sobre este assunto das claques.
Publicamente é que não.
caro Rui:
era um protesto que fazia todo o sentido. mas não me parece que vá ser feito