Cada vez que se faz uma escolha abre-se campo à polémica.
Recordo um líder do PSD com quem trabalhei que ás vezes me dizia que cada vez que fazia uma escolha arranjava um potencial ingrato e dez descontentes certos!
Era um exagero, como o próprio admitia, mas evidentemente que na essência tinha razão.
Especialmente quanto aos descontentes.
É exactamente o que acontece com esta escolha de Passos Coelho.
Porque se Carlos Moedas não será ingrato, estou certo disso, basta dar um pontapé numa pedra que de debaixo dela saem logo uma dúzia de descontentes a vociferar contra a escolha que PPC fez para comissário.
Quer os de dentro do partido/coligação que se achariam melhores escolhas (lembro-me sempre de Al Pacino interpretando o diabo, no filme "O Advogado do Diabo", dizer " a vaidade é o meu pecado preferido") e não percebem porque recaiu a opção em Carlos Moedas.
E ,claro, que as duas "almas penadas" que assombram os noticiários todos os dias na sua "interessantissima" disputa pela liderança socialista não param de falar no assunto achando que devia ser um camarada deles a ser escolhido pelo governo português para integrar uma equipa de comissários maioritariamente do PPE que foi quem ganhou as eleições europeias.
Nomeadamente "vendendo" ao país (com pouca procura desconfio...) que a sua camarada Maria João Rodrigues seria uma grande escolha como uma espécie de supra sumo da Europa que eles acham que ela é.
Direi duas coisas:
Uma para manifestar a minha convicção de que o eng. Carlos Moedas tem todas as condições para ser um excelente comissário.
Curriculum, experiência profissional, conhecimento dos dossiers europeus.
Foi uma boa escolha.
A segunda para manifestar a minha convicção que se PPC quisesse optar por uma mulher ( e acredito que Juncker agradeceria...) tinha na área do governo candidatas tão ou mais capazes do que a eurodeputada socialista.
Exemplos?
Maria da Graça Carvalho.
Duas vezes ministra, euroedeputada neste ultimo mandato, colaboradora de Durão Barroso na Comissão Europeia de há muitos anos a esta parte.
O primeiro ministro fez o que tinha a fazer.
Escolheu.
Quando o PS quiser ser ele a escolher tem bom remédio.
Ganhe eleições e forme governo.
Até lá...habituem-se!
Depois Falamos.
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