Uma humilhação sem precedentes, ainda por cima num mundial que jogava em casa, da selecção com melhor palmarés na História do futebol.
A derrota, essa, foi normal.
Porque se havia algo de que se tinha a certeza, desde a fase de grupos, é que a Alemanha tem melhor equipa que o Brasil e consequentemente era mais provável sair vencedora desta meia final do que uma "canarinha" a anos luz de outras de que facilmente nos lembramos.
Mas havia o factor casa.
E essa seria a grande esperança dos brasileiros para encurtarem o fosso qualitativo existente em relação aos alemães.
Acontece que ontem a selecção alemã resolveu "lembrar-se" de Gary Lineker (no futebol jogam 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha) e deu uma soberba demonstração do seu poderio e da qualidade da equipa.
Dentro da humilhação o Brasil teve alguma "sorte".
Porque aos 30 minutos o jogo estava mais que resolvido e a Alemanha andou uma hora a gerir o esforço pensando na final de domingo.
Fez mais dois golos, podia ter feito mais dois ou três não fora Júlio César e alguma displicência dos rematadores, mas nitidamente "levantou o pé" e não foi em busca de um resultado ainda mais histórico do que aquele que se verificou.
Hoje o mais fácil é "bater" em Scolari e nos jogadores.
Não vou por aí a não ser para dizer três coisas muito óbvias.
O país que deu ao futebol Leónidas, Amarildo, Pélé, Tostão,Zico, Careca,Roberto Dinamite, Romário, Bebeto e Ronaldo (para citar apenas alguns dos maiores entre os grandes)não tem melhores pontas de lança que Fred e Jo?
Custa a crer.
Scolari, já o sabemos por experiência própria, gosta de definir um grupo que defende contra tudo e contra todos e é impermeável a pressões mas também tem uma má tendência para embirrar com nomes que por qualquer razão lhe desagradem.
Mas é difícil defender que jogadores como Robinho ou Káká não tenham lugar nesta selecção.
Finalmente, e disse-no primeiro comentário que fiz ao Brasil neste Mundial,é evidente que jogadores "banais" como Luís Gustavo e Paulinho nunca formariam um meio campo ao nível de um campeão mundial.
Mas Scolari insistiu neles até ao fim.
E seguramente que há médios brasileiros bem melhores que aquele dois.
No Brasil e fora dele.
Por isso não acho, como ouvi ontem na histeria com que alguns comentadores falaram do jogo, que este resultado signifique que no futebol brasileiro é preciso uma revolução e começar tudo de novo.
Acho, isso sim , que é preciso mudar algumas coisas evidentemente mas o essencial é levar ao "escrete" os melhores em cada posição.
E isso Scolari não fez.
Depois Falamos
Só mesmo os Alemães para contrariarem a "máfia" Blatteriana!
ResponderEliminarAgora o pior que poderá acontecer aos Brasileiros é verem a Argentina ganhar hoje e depois vencer na final contra esta máquina de triturar Alemã. Mas a máquina também já mostrou deficiências pois se é certo que nos golearam e ultra-golearam o Brasil, também é certo que quase não conseguiam bater a Argélia e tiveram sorte no jogo com os Gauleses.
Apoiei o Brasil mas no inicio do jogo de ontem disse logo ao meu filho: - Olha que os Alemães estão com cara de quem veio para ganhar!
É um facto, enquanto a nossa selecção passeava coxos e as suas tatuagens e penteados e enquanto a canarinha passeia jogadores medíocres e também tatuagens e penteados, os Alemães mostraram desde o inicio dos inícios ao que vieram: mandaram construir o centro de estágio/acolhimento no Brasil e atacaram os jogos mais importantes com uma concentração e objectividade a..... alemã!
PS: Embora mais descontraída a selecção Holandesa também mostra concentração no objectivo e qualidade, a ver vamos o que se vai passar hoje.
Gosto do romance que dá a esta derrota do Brasil, Sr. Luís Cirilo, mas eu tenho razões para estar ainda mais contente apenas pelo prazer da minha observância com este caso familiar que lhe vou contar.
ResponderEliminarAntes do jogo Brasil v Chile, apostei 100 euros com um cunhado, que o Brasil perdia com o Chile, quer fosse a penalties ou não.
Ele andou sempre a chatear-me nos últimos meses com o tal factor casa, com Neymar, Hulk, Thiago Silva, etc, e apesar de os achar bons, não eram suficientes para justificar sequer o ingresso do Brasil no Mundial.
Veio o jogo. Perdi. Tirei logo da carteira o dinheiro para lhe pagar. Fez uma festa que não coube em si de contente. Só faltou ligar ao padre para avisar na missa.
Aumentei a parada da nossa próxima teima financeira subindo para 500 euros com os seguintes termos: o Brasil não chegaria à final! Ele nem hesitou. Aceitou de imediato, fazendo uma novela que seria o fim do Mundo para o Brasil não chegar à final. Enfim, o mundo desabava nesse cenário.
O Brasil jogou com a Colômbia e ele voltou a fazer festa de arromba. E eu a mastigar em sêco.
Ontem, 8/07/2014, no fim do jogo, estava banhado em lágrimas. Por ser burro e teimoso.
Obriguei-o o usar o cartão multibanco e o da mulher para me pagar. Fui implacável principalmente por me ter dado baile. Aliás, contas são contas e eu levoa-as a sério. Muito a sério. Nem um cêntimo lhe descontei pela arrogância manifestada.
Por isso, a derrota de ontem do Brasil trouxe-me mais 400 euros na carteira.
O que dizer da goleada? Sejamos claros e objectivos. Sei que o Sr. Luís Cirilo andou pelo facebook a elogiar o trabalho de Pepe Guardiola no Barcelona e no Bayern que, por coincidência ou não, deu a vitória de Campeão do Mundo a Espanha em 2010 e tudo aponta que este ano, a Alemanha, que aporta uma orientação de jogo à Bayern, seja a próxima Campeã do Mundo. É possível e eu inclino-me para que isso aconteça, seja com a intervenção oculta de Pepe G. ou não. Para mim, este sucesso alemão vem de uma dupla incontornável: Joachim Löw e Hans-Dieter Flick. Esses ,sim, são os heróis, Sr. Luís Cirilo.
Já a minha singela explicação para a goleada prende-se com as ausências da criatividade de Neymar e da solidez defensiva do capitão Thiago Mota. Sem Neymar, o Brasil perdeu meio-campo e ataque. Sem Thiago Silva, o Brasil abriu uma auto-estrada até ao pesadelo de sete golos sofridos.
E Scolari, tem culpa? Acho que não porque os talentos perdidos do Brasil que o Sr. Luís Cirilo fala se dessem verdadeiramente nas vistas e fossem consistentes, teriam sido chamados. Eu acho ainda que a verdade do futebol falasse mais alto, o Brasil deveria ter sido eliminado pelo Chile nos oitavos de final.
Outra satisfação da derrota de ontem foi o castigo dado à 'gozação' que Portugal levou quando fomos derrotados por 4-0 com os alemães na jornada inaugural. Nós, tínhamos no banco um péssimo treinador, que infelizmente por lá continua, sofremos um penalty, que podia ser ou não, e ainda um jogador foi expulso. Vá lá que, no meio desta goleada, o Brasil até teve muita sorte porque acabou com a equipa toda disponível para disputar este sábado o terceiro lugar do Mundial contra a Argentina, já sem Di Maria. Porquê? Porque, face ao que tenho visto, aposto numa final europeia entre Holanda V Alemanha, para bem do futebol europeu, e ainda porque a inteligência de Louis Van Gaal está a revelar-se mais pragmática que o génio apagado de Messi e de treinador Argentino que vai fazendo substituições mais com o coração do que com a razão.
Mas vamos esperar para ver se se confirma ou não esta última parte.
Quim Rolhas
No meu comentário acima, pareceu-me ter feito uma alusão ao Tiago Silva e outra, por defeito, ao Thiago Motta por serem colegas no PSG e dessa forma constituírem uma dupla defensiva quase perfeita que me causa grande admiração. Queria só referir que prevalece o primeiro nome para ambas as situações, pese embora serem ambos brasileiros, sendo que o primeiro jogador do Brasil e o outro, como todos sabemos, da selecção italiana.
ResponderEliminarQuim Rolhas
Caro Francisco Guimarães:
ResponderEliminarÉ verdade o que diz. De um lado sobra a vaidade e o culto da imagem enquanto do outro apenas se vê profissionalismo e empenho de ganhar. A Alemanha, como recorda e bem, levou o Mundial a sério desde o primeiro momento. Desde a antecedência com que se instalou no Brasil ao próprio centro de estágio.
Não há acasos a este nível.
Caro Quim Rolhas:
Estou certo que o seu cunhado não volta a apostar consigo. saiu-lhe cara a aposta.
Quanto ao resto eu em momento algum retirei valor ao treinador alemão. Simplesmente constatei a curiosidade de a Espanha ter sido campeã no auge do Barcelona de Guardiola e com base nessa equipa e a agora poder acontecer o mesmo com a Alemanha num período de hegemonia absoluta do Bayern treinado por Guardiola. Nada mais do que isso. É verdade que havia mais Barcelona na Espanha /2010 do que Bayern na Alemanha/2014. Mas quem gostar de ver futebol com olhos de ver, e sem mergulhar na ridicula clubite de alguns que descobriram há meia duzia de anos que há um clube chamado Real Madrid e em nome disso atacam tudo que é ou foi Barcelona, constata que no futebol desta Alemanha há grandes semelhanças com o futebol do Bayern. O que não admira dado existirem vários jogadores comuns ás duas equipas. Quanto ao Brasil já devia ter arrumado as botas com o Chile. Tivesse aquele remate de Pinilla aos 120 minutos sido um palmo abaixo e a história teria sido outra. Quanto à final acredito mais na Holanda que na argentina mas quem tem Messi tem ...muito.
Absolutamente de acordo.
ResponderEliminarÉ inegável que há influência de Pepe Guardiola por trás destas duas selecções. E nesta última prestação da Alemanha, tolos seriam os técnicos, Low e Flick, se não tirassem partido do Bayern, tal como Vicente Del Bosque o fez em relação ao Barcelona em 2010.
Estamos a cerca de duas horas do jogo Holanda v Argentina e continuo a achar que a Argentina perdeu o acesso à final com a lesão de Di Maria. Messi pode fazer a diferença se correr mais, mas não é isso que se tem visto. Deve ser por causa do calor ou para não enjoar. E quanto aos técnicos, nem me atrevo comparar Van Gaal a Sabella.
Quim Rolhas
É estranho, mas a Argentina ganhou, Sr. Luís Cirilo. Jogou melhor um bocadito e nos penalties justificou o acesso à final, contra as minhas expectativas. Pensei que o Van Gaal iria apostar novamente no guarda-redes do Newcastle, mas desta vez decidiu apostar em Cillessen por aquilo que ele defendeu durante o jogo. Fez mal.
ResponderEliminarTalvez a sua versão dois dois papas, um no activo e outro na reforma, ganhe corpo.
O estranho é que a Alemanha, sem saber sequer se ia à final ou não com a Argentina, antecipou-se, pois tinha marcado um amigável com os argentinos para o dia 3 de Setembro.
Eles lá sabem por que será!
Quim Rolhas
O futebol brasileiro, desde o tempo de Pélé, nunca mais foi o mesmo.
ResponderEliminarÉ muito brinca na areia.
Jogar pra bancada e pouco mais.
Nada conseguem ganhar. Nada.
Por isso é que tirando 1/2 dúzia de bons jogadores, os restantes milhares que são vendidos para o resto da Europa, não valem um Chavo.
Onde estão os bons?
Outros paises exportam melhores jogadores
Tom Jobim c/ Vinicious de Moraes
Caro Quim Rolhas:
ResponderEliminarComo é evidente. Custa-me a perceber que algumas pessoas não compreendam isso.Porque os fanáticos esses não compreendem nada que esteja para lá do seu fanatismo.
Quanto á Argentina passou com todo o mérito.
O Scolari é teimoso, à semelhança do Paulo Bento.
ResponderEliminarMais uma vez levou os amigos à selecção. Em vez de seleccionar os melhores do país.
Tivemos de levar com ele durante 5 anos e agora com o PB durante 6... É dose!
Só que para além de ser teimoso, revela ser muito fraquinho tacticamente. Aliás, basta ver todos os jogos do Brasil neste campeonato do mundo para perceber isso. Em que só foi ganhando com um misto de sorte, recurso às individualidades, e favorecimento das arbitragens...
A Alemanha ganhou e ganhou bem.
Caro Anónimo:
ResponderEliminarDepois de Pélé o Brasil já ganhou dois mundiais.
Tal como a Copa América.
Depois de Pele houve Zico, Sócrates, Falcao,Romário,Bebeto,Ronaldinho, Ronaldo e tantos outros que fazem parte da élite do futebol. O Brasil é um país de futebolistas. São tantos que é fácil de entender que nem todos possam ser como os citados. O problema é outro. Chama-se CBF e os seus jogos de poder.
Caro Mr Karvalhovsky:
Com a agravante,para nós, de a cópia ser sempre pior que o original.
Quanto ao resto estou de acordo. E com excepção de Neymar e Thiago Silva não deve ser difícil fazer duas ou três selecções do Brasil melhores que a levada por Scolari a este Mundial.