Agora, no século 21, temos a "longa seca" que é a marcha através de Portugal de Seguro e Costa disputando a liderança do PS e "intoxicando" de forma irremediável todos os noticiários televisivos com essa questão interna do partido.
A disputa pela liderança dos partidos democráticos faz parte da democracia e é essencial numa perspectiva de renovação e vitalidade desses mesmos partidos.
Refiro-me,como é óbvio, a PSD, PSD e CDS porque o PCP ainda está numa fase pré democrática em que prefere nomear em vez de eleger e expulsar em vez de debater seriamente as questões internas e aceitar a diversidade de opiniões como algo de natural.
Sobre o BE não me pronuncio porque não é certo que ainda exista de facto.
Mas os outros três partidos, que se costumam designar por partidos do arco da governabilidade, todos eles ao longo dos quarenta anos de democracia tem conhecido momentos de grande agitação interna e de disputa pela liderança.
O que, de uma forma geral, só lhes tem feito bem.
Mas esta disputa de Seguro com Costa não faz bem a ninguém.
Longa, maçuda, diária, um campeonato a ver quem faz mais oposição ao governo e quem consegue o "sound byte" mais produtivo do dia.
E a convicçao, dia a dia reforçada, de que se Seguro é "aquilo" que já se sabia Costa consegue ser pior.
Tem boa imprensa, apoios de relevo(até noutras áreas politicas por mais sui generis que isso seja), uma máquina de campanha poderosa.
Mas não tem uma ideia, uma solução, uma proposta capaz de ser alternativa séria para um problema concreto.
Ainda agora fez uma convenção cheia de pompa mas sobre o problema concreto que mais preocupa os portugueses ( a questão económica) nem uma palavra.
Porque nem uma ideia tem sobre o assunto.
Apenas demagogia.
A "longa seca" vai continuar até fim de Setembro obrigando muitos portugueses a darem trabalho acrescido aos comandos da suas televisões para fugirem a esta interminável campanha que nos teimam em meter pelas casas dentro várias vezes ao dia todos os dias.
Em 28 de Setembro,finalmente, o PS terá um novo líder.
Portugal é que, pelo que se tem visto, continuará sem uma alternativa credível ao actual governo.
Seguro e Costa, Costa e Seguro apenas tem conseguido provar que nenhum deles está à altura do que o país precisa como uma verdadeira opção.
São demasiado fracos.
Depois Falamos
Dois verdadeiros palhaços a vomitarem patetices políticas, em plena época estival.
ResponderEliminarPior que eles, só quem lhes dá importância.
Cada vez me metem mais nojo estes demagogos.
O amigo deles fez o cócó, e estes dizem agora terem a varinha mágica para Portugal...
Ide dormir seus betinhos.
Com este episódio, o PS arranjou maneira de obter tempo de antena de borla. Criou caso para obter benefício em tempo de fraco caudal noticioso. Por esse prisma, está a ter êxito porque desvia as atenções a seu favor num clima de sossego e férias familiares. No entanto, o PS é falado tantas vezes num contexto de guerrilha interna que me tem causado uma sensação de enfartamento, Sr. Luís Cirilo. Uma recordação da adolescência semelhante remete-me até Verão de 1974. Um cozinheiro cubano, com fama de ter servido Fidel Castro e de ter preparado a ementa antes da Batalha de Girón, dizia ele, foi contratado para tapar uma ausência forçada do cozinheiro-chefe francês numa família abastada com casa de férias em Loulé, onde estive como convidado. Maldito Verão de 1974! Cada vez que ele assumia as operações na cozinha, o final das refeições acabava em duas saídas: ou saía-se da mesa para a latrina ou acelerava-se passo até à enfermaria. Para dizer o seguinte: em Portugal, na melhor época do ano e num dos países de causar inveja a mais de 85% da população mundial, temos de levar com o PS para mal dos nossos pecados!!!
ResponderEliminarA estratégia que uso agora para contornar esta novela PS é simples. Adopto o estilo de vida sevilhano para suportar o encandeamento da imprensa nacional pelo PS. Começo as refeições mais tarde que os telejornais e quando chega à altura de costas & seguros passo à frente com o comando.
Reparei numa coisa: sempre que os canais misturam o PS com a queda de aviões, empresas quase falidas como o BES, a guerra de Israel com a Palestina ou outros casos criminosos nacionais e do mundo, até que estão a fazer um favor ao PSD por estarem a colocar o PS numa secção de notícias que lhes assenta na perfeição.
Quim Rolhas
Caro Anónimo:
ResponderEliminarna realidade eles não parecem ter grandes soluções para resolverem os problemas que Sócrates deixou e este governo vai tentando resolver.
Agora o que é inaceitável é que nos massacrem com mais de três meses de campanha eleitoral.
É uma chatice.
Caro Quim Rolhas:
Gostei,como sempre, do seu comentário. Especialmente da analogia entre a campanha no PS e os desastres (BES,Ucrania, Gaza,etc) que as televisões nos impingem. A minha esperança é, de facto, que tanto tempo de antena sature os portugueses do PS.
Se assim for até vale a pena aturá-los.