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segunda-feira, maio 19, 2014

PS ou Albergue Espanhol?

O PS foi fundado em 1973.
Algures na Alemanha por um conjunto de pessoas encabeçadas por Mário Soares.
Tinha, e manteve durante alguns anos, no seu programa que era um partido socialista e marxista.
Recordo-me bem de em 1974 e 1975 se gritar nos comícios do PS um slogan que dizia "Partido Socialista,Partido Marxista".
Os que viveram esses tempos devem recordar-se disso.
Depois, ao sabor das conveniências eleitorais, deixou cair o marxismo.
A seguir meteu o socialismo na gaveta.
E ficou vagamente social democrata ou qualquer outra coisa que desse jeito para ir ganhando eleições.
Do catolicismo "envergonhado" de Guterres ao absoluto despudor de Sócrates.
Não admira que se tivesse tornado num partido com pouca identidade, sem uma ideologia precisa, verdadeiro "albergue espanhol" onde cabiam ( e cabem) todos desde a extrema direita à extrema esquerda.
Importa é que partilhem da única ideologia que o PS mantém de forma consistente.
O poder.
A qualquer preço.
E já agora que sigam aquela que é desde sempre a linha programática mais coerente dos governos PS.
Despesismo sem freio.
Que levou a que três pedidos de ajuda externa tenham tido como autores governos do PS.
Nisso PS 3-PSD 0!
E é precisamente essa falta de ideologia consistente e coerente (veja-se como Seguro vai atrás das demagogias do BE e da CDU com uma ingenuidade impressionante) que transformou o PS no tal "albergue espanhol".
Onde no partido, nos governos do partido ou no apoio a candidaturas do partido couberam e  cabem nomes com tantas afinidades como Veiga Simão e Joaquim Silva Pinto(dos governos de Marcelo Caetano), Freitas do Amaral e Basílio Horta (fundadores do CDS), Guilherme Oliveira Martins e António Rebelo de Sousa (fundadores da JSD), Jorge Sampaio e Rodrigues (Ex MES), Aires Rodrigues e Carmelinda Pereira (fundadores do POUS),José Sócrates (ex JSD), Vital Moreira, José Magalhães, Pina Moura e José Luís Judas (ex dirigentes do PCP) Helena Roseta (ex PSD), Ana Gomes (Ex MRPP) e agora nos últimos dias Carlos Brito(ex PCP),António Capucho(ex PSD) e Joana Amaral Dias (ex Bloco de Esquerda)entre muitos outros exemplos possíveis.
Convém não esquecer, porque explica muita coisa, que o "albergue espanhol" também funciona em rede, ou seja, este "fenómeno" da captação de gente de todos os lados e de todos os pensamentos políticos tem também ampla expressão no poder local.
Num caso como noutro o "cimento" que substitui a falta de uma verdadeira ideologia é o mesmo:
O Poder!
É bom que os portugueses, agora que o país começa a recuperar de três anos dificílimos em que o PS o mergulhou, se lembrem disso.
Porque como há outra vez algum dinheiro para gastar...aí estão eles!
Depois Falamos

P.S. Tenho pena, muita pena mesmo, que António Capucho se tenha juntado ao "albergue espanhol".
São opções que respeito mas que lamento profundamente!

7 comentários:

  1. Caro Cirilo:
    Desde a apropriação do poder pelos liberais em 1834, que o acesso ao poder é apenas esmifrar o povo com impostos para pagar mordomias aos amigos.

    Mordomias, através de adjudicações sobrevalorizadas -os lucros são divididos entre o empresário e o que assina...; ajudas de custo; empregos-tacho, em 10/20 sítios, para todos os amigos; terrorismo usando tribunais e acusação pública; subsídios e resgates a empresas, que vivem à conta do estado.

    Quando o PSD foi formado foi-o por grupos de pessoas que queriam que Portugal não voltasse ao séc. XIX. Como não nos conseguiram destruir por fora, destruíram-nos por dentro. Inscrições aos milhares, quotas pagas por empresários...do PS!; broncos a controlar esses sindicatos de votos, broncos que querem apenas uns tachos e subirem um pouco nos negócios criminosos de que viviam/vivem.

    Não admira os previstos 70% de abstenção, não admira que a 4ª via comece a ter adeptos aos milhares. Mas se alguns dos grupos 4ª via até dizem coisas sensatas, há alguns...que me metem medo.

    E para me meter medo é preciso mesmo muito, afinal D. Pelágio, que matou mais mouros com a cruz das Astúrias, que o resto da sua tropa, é meu avozinho. :))))))))))) -se não sorrimos, morremos de preocupação.


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  2. Cara il:
    Longe nos levava esta conversa sobre a forma como o partido foi infiltrado a partir dos seus adversários.
    Mas não é conversa para este espaço.
    Aqui apenas lhe digo que não podemos desistir. Por mais que apeteça

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  3. copo meio cheio ou meio vazio?
    Há sempre duas formas de avaliar qualquer situação.
    Eu sugiro que veja tantas personalidades a apoiar o PS como um sinal de vitalidade do partido, ou mesmo ausência de alternativas credíveis...

    E esta, hein?

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  4. Não, eu não voto!
    Eis um resumo da "vida loca" dos eurodeputados, que desconhecem o significado da palavra AUSTERIDADE: - Salário de 6,200 euros+4,200 euros/mês para despesas gerais, sem necessidade de as justificar; - Cada eurodeputado tem 21 mil euros/mês para gastar com pessoal de apoio. Resultado: há quem contrate familiares; - Viagens de carro são pagas a 0,49 cêntimos/km + subsídio; - Existe um subsídio diário de 300 euros por trabalhar; - Bastam cinco anos de trabalho "árduo" para que a partir dos 63 anos, recebam uma pensão de 1250 euros/mês; - O Parlamento Europeu em Estrasburgo funciona apenas quatro dias por mês; - Dispõem de carros de "top" para uso pessoal. Veja no YouTube [Euro Parlemento Estrasburgo | Cómo viven los parlementarios]

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  5. Caro anónimo das 10:40
    personalidades ???
    vitalidade ???
    não me faça rir que isto não está para brincadeiras.

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  6. Caro Anónimo:
    Se for copo meio cheio é de uma bebida imprópria para consumo.
    Porque não passa de oportunismo de quem os recebe e oportunismo de quem anda à procura de qualquer coisa.
    Com uma ou outra excepção.
    Caro Anónimo:
    Não sei se os números são esses.
    Mas as regras são iguais para os deputados de todos os paises que integram o Parlamento Europeu,
    As sessões plenárias são em Estrasburgo mas o PE funciona diariamente em Bruxelas. Não nos deixemos levar por tudo que aparece na net.
    Caro Anónimo:
    Não está mesmo para brincadeiras.

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  7. caro anónimo das 11h54
    mantenha-se na sua que vai longe

    (não é figurativo, é literal)

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