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domingo, maio 11, 2014

Há Dias Assim

Conheço Luís Marques Mendes há quarenta anos mais coisa menos coisa.
Embora ele seja mais velho do que eu dois anos fomos contemporâneos no Liceu de Guimarães e até colegas na equipa de andebol do referido liceu.
Acompanhei a sua carreira politica com bastante proximidade, desde os tempos em que foi adjunto do governador civil de Braga até chegar a líder do PSD e ser ministro em vários governos, e nem sempre estando de acordo com ele reconheço sem qualquer problema ser um dos mais competentes (e experientes) políticos profissionais do PSD.
Ao serviço do qual desempenhou, e bem, vários cargos governativos.
Sou um espectador atento dos seus comentários semanais na SIC, até pela originalidade de que se reveste o facto de um comentador televisivo funcionar várias vezes como um porta voz do governo anunciando medidas e decisões que em principio caberiam a outros ( mas aí o problema não é dele como é evidente), e são muitíssimas mais as vezes em que concordo com as suas análises do que aquelas em que discordo.
Mas nas ultimas semanas LMM disse duas coisas que me "arrepiaram" e onde acho que não foi feliz.
Há umas duas ou três semanas disse que tinha uma "costela" do Norte.
Não gostei.
Para quem nasceu em Guimarães e viveu até aos trinta anos em Fafe não fica bem dizer o que disse.
Até porque LMM, honra lhe seja feita, nos cargos que desempenhou nunca se esqueceu das suas origens nem da região de onde é natural.
Ontem disse outra coisa difícil de entender para um politico com a sua experiência.
Na sua opinião devia ser obrigatório os partidos indicarem os elencos governamentais antes das eleições.
LMM sabe bem que isso é impossível.
Porque ninguém no seu perfeito juízo, "neste" país, aceita ver o seu nome usado como trunfo eleitoral correndo o risco de caso o partido não ganhe ser sujeito à chacota pública.
Uma coisa, e mesmo assim difícil, é escolher nomes para um governo sombra.
Outra alguém aceitar ser" nomeado" para um governo que não se sabe se alguma vez existirá!
Foram dois momentos menos felizes naquele que é por norma um excelente espaço de comentário politico.
Depois Falamos

8 comentários:

  1. Fonha-se este petit jogou andebol, com o Luis Cirilo?
    Aposto que era pivot, só pode.

    Digamos que era a sorte grande e a terminação...

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  2. Caro Anónimo:
    Por acaso o LMM era guarda redes. E tinha jeito

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  3. A ideia não é assim tão descabida. Em qualquer eleição votámos numa equipa, exceto quando votamos nas legislativas que aí só decidimos quem compõe o hemiciclo, nada mais, embora saibamos implicitamente - para não dizer explicitamente - que é o líder de cada partido que se candidata a primeiro-ministro. O Governo, teoricamente, é uma coisa muito séria e conhecendo nomes antecipadamente teríamos duas campanhas: uma eleitoral e outra anti-eleitoral levada a cabo, em parte, por elementos do próprio partido. Passaria a ser uma ataque pessoal a cada um dos dos elementos, descortinando tudo em seu redor, exceto nalguns casos....
    Rafael Duarte

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  4. Caro Rafael Duarte:
    A ideia não é má.
    Só que não pode ser levada à prática pelas razões que apontei e também pelas que você próprio apontou.
    Talvez um dia se chegue lá

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  5. Francisco Guimarães4:07 da tarde

    Para isso teria que se estipular, na constituição da república, aquilo que era considerado o governo "mínimo" com 2 ou 3 pastas fundamentais (para além da do primeiro-ministro) para as quais teriam que ser indicados os nomes, todo o resto do governo com mais ou menos ministérios (e secretarias de estado) seria nomeado tal como é hoje.
    Atenção, quando digo 2 ou 3 são mesmo 2 ou 3, ou melhor, 4 no máximo onde se incluiria o PM. As minhas propostas são: PM, Finanças, Educação, Adm.interna. Todas as outras pastas derivariam dessas e dependiam da vontade de cada PM (ou do partido que ganhasse).
    Do PM pode derivar a pasta dos negócios estrangeiros, das finanças (e aqui haverá sempre polêmica) derivariam pastas como a da Economia, Indústria, Agricultura. Da Educação derivariam pastas como a da Cultura, Ciencia, Juventude, Desporto e da pasta da Admin.Interna derivariam pastas como a da Justiça, Saúde.

    Ou seja, acho muito possível chegar a uma lei eleitoral onde nas legislativas se votasse, para além da composição da AR, em listas com 4 nomes para as tais pastas "de eleição" .

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  6. Caro Francisco:
    Isso seria o ideal.
    Problema era encontrar pessoas que aceitassem ser indigitadas para o governo antes de saberem se as eleições eram ganhas

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  7. Fernandes José

    Engraçado, este fafense, Marques Mendes.
    Quando quer mostrar a sua virilidade diz que nasceu na terra de Afonso Henriques.

    Marques Mendes personifica o político que vai da
    "província" para Lisboa e passa a ser mais lisboeta
    que os autóctones.

    Na SIC parece um Bonequinho de Porcelana, tal
    a quantidade de cremes e laca, e jóias cravadas
    nos punhos da camisa.

    Fora do âmbito Marques Mendes, quarta-feira todos
    ao pavilhão do Vitória.

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  8. Caro Anónimo:
    Por acaso não é o caso de LMM.
    Mas é verdade que em muitos casos os piores "inimigos" do norte são os politicos que daqui emigram para Lisboa.
    Porque levam com eles complexos de provincianismo que depois querem anular através da promoção do centralismo. Conheço vários casos

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