Agora que alguma imprensa fala do alargamento de funções se Rui Vitória ficar como treinador, se o presidente for para Liga, se houverem eleições no clube e se quem as ganhar estiver de acordo com o modelo "manager" (eu sei que são muitos "ses" mas não fui eu que lhes dei origem de certeza absoluta...) o que se passou hoje nos dois jogos em que o clube participou pode dar uma panorâmica interessante do que poderá ser o exercício dessas funções tão inabituais no nosso futebol.
Vi, na televisão, o jogo de Coimbra e não vi o de Freamunde.
Mas constatei o seguinte:
Face ao escalonamento classificativo o único resultado que interessava à equipa B era o triunfo.
Os jogadores da A que a foram reforçar (Assis-Josué-Olimpio) são todos de pendor defensivo.
Todos.
Onde seria legitimo esperar a presença de Tomané, Maazou, André André ou Barrientos apenas se viu preocupação em reforços defensivos.
O resultado foi o que foi.
Em Coimbra, num jogo maçador e insípido que não contava para nada a não ser a dignificação da camisola, poder-se-iam esperar oportunidades para alguns jovens de molde a mostrarem ao futuro(???) treinador/manager a sua resposta num jogo da principal competição.
Qual quê.
Os mesmos de sempre.
Com a novidade de Plange a lateral direito (onde nem esteve mal) e nada mais.
Jovens?
No banco.
Porque jogadores que manifestamente não estarão cá na próxima época como Tiago Rodrigues (jogou os 90 minutos!!!) ou Addy (substituiu Barrientos) continuaram a ser apostas de uma inconsequência difícil de perceber.
Depois da costumeira troca de Maazou por Tomané e da inovadora substituição de Barrientos por Addy lá chegou a oportunidade de João Pedro jogar oficialmente pela equipa A.
Ele que é um dos maiores talentos que a nossa formação produziu nos últimos anos.
Infelizmente a oportunidade chegou faltava minuto e meio para o fim do tempo de descontos e ele apenas tocou uma vez na bola...
Tudo isto para concluir o seguinte.
No futebol português os treinadores devem treinar.
Acima deles defendo ,isso sim, a figura de um director desportivo com funções definidas e poderes de intervenção alargados em termos de gestão de todo o futebol profissional.
Treinador/Manager?
Não obrigado.
E isto nada tem a ver com Rui Vitória que fique bem claro.
Não gosto é do conceito nem acredito no seu sucesso face ás especificidades do nosso futebol.
Depois Falamos
mas que treinador é este que lança o João Pedro aos 92 minutos de um jogo que não contava para nada?
ResponderEliminarInacreditável.
Se a ideia é desmoralizar o jogador acho que conseguiu.
Tal como tirar o Barrientos para meter o Addy.
Outro disparate.
O Addy vai embora nem convocado devia ser.
Entendo que o Vitória nunca esteve interessado em regressar à 2ª. Liga.
ResponderEliminarParece-me que não há necessidade de pagarmos mais salários do que a uma equipa - a principal. E, para a próxima temporada, já com os 18 clubes, com certeza não precisaremos de vedetas para nos mantermos na 1ª. Divisão. Logo, o Rui Vitória serve para continuar a treinar e a fazer jogadores para os 3 porquinhos levarem por cinco réis de mel coado - desde que o dinheiro chegue para abater à dívida...
Que seria uma vergonha disputarmos a 2ª. Liga, seria!; mas seria, também, muito mais emocionante para os adeptos do que navegar nas águas mornas em que vivemos, abaixo dos grandes e acima dos pequenos.
«Um director desportivo com funções definidas e poderes de intervenção alargados em termos de gestão de todo o futebol profissionai»! Quer dizer, o que o Sr. Luís Cirilo defende é que as decisões do director desportivo sejam equivalentes ou que até mesmo passem por cima das funções do trenador? Podia esclarecer melhor? É que eu não sei se isto, na prática, funcionaria sem criar algumas clivagens. Nunca vi disto em Portugal, a não ser algo parecido na dupla Brian Clough e Peter Taylor, do Derby County, na década de 70. Pode ser que resulte, se o treinador for passivo, não sei.
ResponderEliminarNuma coisa estamos de acordo. Ontem, a aquipa B devia de ter ganho, mas também reconheço que o resultado em Freamunde deixa tudo em aberto porque não acredito que o Vizela seja capaz de ganhar ao Boavista e ao Bragança com duas de rajada.
Caro Cirilo depois do que vi com o jogo do Vizela eu desloquei-me a Freamunde a pensar que ia ver um VSC B a lutar pela vitória e pela subida mas no fim fiquei muito desiludido para não dizer outra coisa pelo jogo que vi, um VSC B com poucas oportunidades de golo ou quase nenhumas mas também não se podia pedir mais basta olhar para os jogadores que foram da equipa A até dá impressão que não querem subir o que é muito mau. Outra coisa que tenho vindo a reparar nos jogos desta equipa B é que os critérios do treinador não são iguais para todos e quem têm acompanhado esta equipa vê que isso é claro mas enfim é o que temos.
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarQue dizer...
Caro José Duarte:
A equipa B é a trave mestra do projecto desportivo sufragado pelos sócios. Abdicar dela seria um colossal erro de gestão.
Caro Anónimo:
Exactamente isso.
Um director desportivo que não se imiscua no trabalho dos treinadores (A e B) mas que coordene desportivamente em função dos superiores interesses do clube.
Isso funciona bem em muitos lados e por isso também tem de funcionar bem no Vitória. Claro que as funções seriam muito mais alargadas e teriam a ver com scouting, ligação ao sector de formação e mais algumas valências que não vou estar aqui a escrever neste tempo pré eleitoral.
Quanto ao resultado de Freamunde deixou-nos dependentes da máquina de calcular. E isso não é bom.
Caro olheiro:
Essa conversa leva-nos mais longe do que aquilo que se pode escrever num blogue. Mas talvez se possa dizer mais dia menos dia