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segunda-feira, abril 14, 2014

Mentira!

O combate politico é essencial em democracia!
Mas há combates ilegítimos.
Os que assentam na mentira grosseira, na demagogia frenética, no explorar mais desavergonhado dos sentimentos, do brio e do orgulho das pessoas.
É o que se passa com as noticias postas a correr, por autores identificados e fins políticos confessos mas inaceitáveis, acerca de um suposto encerramento da maternidade do Hospital de Guimarães.
É mentira!
Mas isso não obstou a que se pusesse a correr uma petição sobre o lema "quero que os meus filhos nasçam em Guimarães"  que faz apelo ao nobre orgulho que todos os vimaranenses tem na sua Terra e ao "horror" que para a esmagadora maioria significava ver os seus filhos irem nascer à cidade vizinha.
É pena é fazerem-se apelos a nobres sentimentos com base numa soez mentira.
Porque a maternidade do Hospital de Guimarães não vai encerrar.
Seria, aliás, ridículo com este ou qualquer outro ministério da Saúde encerrar uma das três maternidades da zona norte que tem mais de 2000 partos por ano.
Mas a táctica de "guerrilha" é conhecida.
Em volta de um assunto que é por natureza polémico, e através de uma leitura propositadamente enviezada de um diploma, lança-se um "escândalo" com dotes de pitonisa (que nem a astróloga Maya desdenharia) sobre um futuro teoricamente nebuloso de um serviço público.
Depois, se por artes do diabo , viesse num futuro longínquo a confirmar-se o boato posto a correr então os seus autores sempre poderiam afirmar:
"Nós bem dissemos"!
Mas como isso não vai acontecer não custa a crer que quem teve a ousadia de lançar o boato, e quem o transformou numa arma de guerrilha politica através de uma petição que apela aos melhores sentimentos dos vimaranenses, tenha amanha a distinta "lata" de vir dizer que o facto só não se verificou porque a Petição (e o boato) o impediu!
Cesteiro que faz um cesto faz um cento.
E os objectivos de guerrilha politica sem verdade nem ética completamente cumpridos.
Como me dizia à pouco um ilustre e bem informado Amigo a maternidade do Hospital de Guimarães vai fechar no dia seguinte aos jogos em casa do Vitória passarem a ser disputados na "pedreira" em Braga.
E isso será...Nunca!
Depois Falamos.

P.S. Neste assunto há uma imensa mentira.
O boato e a petição que lhe dá sustento e visibilidade pública e levou muitos vimaranenses bem intencionados a subscreverem o que não tem pés nem cabeça
E a mentiras e boatos tem de ser dado combate sem quartel.

27 comentários:

  1. Caro Cirilo,

    Não acredito que tenha lido a Portaria! Não leu pois, não? Fala em mentira, não me diga que a Portaria é uma mentira, é isso? O problema não está apenas na maternidade (que, provavelmente, não será extinta) está em todos as outras especialidades e são muitas que podem desaparecer de...acordo com a Portaria.

    Cumprimentos,
    Pedro

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  2. Francisco Guimarães5:03 da tarde

    Olhe que o Vitória já jogou alguns dos seus jogos em casa no 1º de Maio! Não me admirava nada que jogasse alguns outros na pedreira!

    Nem 8 nem 80 caro Cirilo, eu cá sou de ver para crer: Ou há um desmentido veemente pela parte do Governo a este boato hediondo ou então... ou então onde há fumo há fogo e fecharão mesmo as valências constantes do boato!

    Conhecendo você tão bem estes rapazolas que agora mandam no seu partido e tendo relatado aqui tantas das traquinices deles, tem a certeza do que está a dizer? Tem a certeza que é mesmo mentira?

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  3. Para bom entendedor, basta uma leitura da referida portaria:

    https://dre.pt/pdf1sdip/2014/04/07100/0236402366.pdf

    A sua atitude extremista denuncia-o, o que está escrito é inegável, o que o senhor escreve aqui não é verdade.

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  4. se é assim tão óbvio, sugiro que o ministro faça um desmentido formal da perda de categoria do nosso hospital.
    Caro LC, cuidado com os fretes

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  5. Boa tarde,

    Nem tudo é tão mentira como afirma: As TVs e jornais generalistas comunicaram durante os dias 11 e 12 de abril que o Hospital de Guimarães iria perder cerca de 8 valências, entre as quais a de Cuidados Maternos.
    RTP: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=730228&tm=8&layout=122&visual=61

    A petição foi lançada ao final da tarde do dia 12 de abril, portanto eu pergunto: Onde está a mentira?

    Sem mais assunto...

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  6. O govermo decide com base em estudos feitos pelos parasitas de comsultoria que gravitam em volta dos ministerios

    Os chamados comsultores do excel
    Esta tudo dito

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  7. João Ildo Freitas11:38 da tarde

    Tenho pena que um vimaranense acérrimo como o Sr. não consiga desprender-se, nesta análise, da "amarra partidária".
    Já li e reli a Portaria. As intenções e as consequências que deverão (e irão) ser retiradas da mesma, e que deverão ser postas em prática até 2015 são inegáveis.
    Não Sr. Luis Cirilo, não são boatos, são factos que decorrem de uma Portaria publicada em DR.
    Nesse sentido até lhe digo mais, promova-se a histeria colectiva!
    É a única forma de não sermos surpreendidos pela calada, como nos tem habituado este executivo...

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  8. Caro Luís Cirilo
    Tem toda a razão. É MENTIRA...
    Toda esta cambada que vem afirmar que não é mentira, que leiam a portaria,etc. etc. são xuxas que à falta de outra coisa poem estas "notícias" a circular. Vão pró raio que os partam duma vez pore todas.

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  9. Caro Pedro:
    São coisas diferentes.
    A maternidade nada justifica que seja extinta. Nas outras especialidades cada caso é um caso.
    Caro Francisco:
    Tenho a certeza que é mentira.
    E o futuro se encarregará de provar isso.
    Caro Anónimo:
    Lições de ética vindas de anónimos são iguais a lixo.
    Caro Anónimo:
    Fretes fazia a empresa de camionagem "Videirinha da Cidade" noutros tempos. Não estejam é muitos vimaranenses a fazerem fretes involuntários aos autores desta maquinação politica.
    Caro Anónimo:
    Onde está a mentira?
    Nos argumentos da petição como é óbvio.
    Caro Anónimo:
    Disso sabe mais que eu.
    Caro João Freitas:
    Sou militante do PSD mas também um homem livre. A minha opinião, como bem sabe quem lê este blogue, nunca foi condicionada por amarras partidárias. Em 31/12/2015 veremos quem tem razão. Eu estou tranquilo.
    Caro Anónimo:
    É mentira é claro

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  10. jose machado9:54 da manhã

    Bom dia

    O problema é que a portaria desclassifica o nosso hospital e nos hospitais de classe 1 não estão garantidos serviços de obstetricia (incluindo serviços de parto) logo está aberta a ambiguidade, não são tirados os serviços mas que a porta fica aberta para isso fica.

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  11. Quem investe, quer o retorno do capital com juros.
    O hospital privado de Guimarães, coitados, fez um investimento tão grande. O hospital senhor do Bonfim, em Vila do Conde, anda a gastar milhões há mais de quatro anos. Era uma questão de tempo até essas especialidades ficarem extintas no público até passarem a ser desempenhadas pelo privado, onde tudo é pago a peso de ouro.
    Esta portaria foi só a peça que faltava para entender que as dezenas de investimentos privados em Portugal, na área da saúde, mais cedo ou mais tarde, são sempre muito bem acautelados.

    Quim Rolhas

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  12. Caro José Machado:
    A portaria podia ser mais "feliz" nisso estou de acordo mas não está a abrir portas ao encerramento deste serviço em especial.
    Caro Quim Rolhas:
    O hospital que ninguém fala, o novo de Braga, é que resultou de uma parceria publico-privada altamente ruinosa e que criou determinadas obrigações para outros hospitais da região. Mas disso não falam os peticionários.
    Governo Sócrates, câmaras de Guimar~es e Braga do PS.
    É a vida.
    Caros Anónimos( comentários não publicados dada a ordinarice do conteúdo):
    Podem ficar tranquilos que o serviço de psiquiatria não vai ser encerrado!

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  13. "O secretário de Estado da Saúde fez hoje um “balanço positivo” das parcerias público-privadas (PPP) no sector, assegurando que permitem “ganhos de custos e eficiência”, mas admitiu que “o SNS ainda não retirou a mais-valia possível” do modelo.
    “Há um preconceito negativo com as PPP, primeiro por uma razão económico-financeira (por se passar o investimento de curto em médio/longo prazo) e, depois, por serem contratos muito complexos, de duração muito elevada e que envolvem meios financeiros muito significativos, o que poria o Estado numa posição muito desfavorável”, afirmou Manuel Teixeira à margem do encontro “PPP em Saúde”, que decorre no Porto por iniciativa da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.
    "
    Até o governo actual reconhece o merito ás PPP na area de saude

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  14. Sr. Luís Cirilo, as PPP são boas para quem tem dinheiro com fartura e quer levar o Estado de cantiga! O Estado, teso como sempre, caiu na esparrela propositadamente porque viu a vantagem da partilha de custos para «roubar» o Governo à oposição no momento certo.
    Sei perfeitamente que a maioria dessas parcerias, nomeadamente essas que fala no seu comentário, são ainda fruto das boas relações que o Estado socratiano pactuou com o Lobby da Saúde num negócio que teria de dar de mamar a todos.
    Ninguém constrói hospitais privados sem que, com a devida antecedência, estejam salvaguardados interesses em portarias de DR ou no que quer que seja.
    Só não referi o papel do executivo anterior porque sabe-se que isso está implícito e que nesta fase de implantação, quem arca com as culpas é o actual Executivo.
    Como se esta armadilha de exinguir especialidades nos serviços públicos de saúde tivesse a função não só de dar lucro aos hospitais ou clínicas privadas, mas também mais uma cartada para devolver o governo ao PS.
    Aos poucos, começa tudo a fazer sentido. Foi uma jogada de mestre com tudo pensado ao pormenor.
    Nem os maiores burlões conseguiriam fazer melhor...

    Quim Rolhas

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  15. Caro Anónimo:
    Há PPP e PPP...
    Caro Quim Rolhas:
    Ora nem mais. Mas tudo se saberá!

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  16. De repente formaram-se dois campos:
    Os que estão seriamente preocupados com o futuro do nosso hospital.
    E os que, (estejam ou não), valorizam mais o seu enquadramento político e tentam desvalorizar o conteúdo do decreto.

    A realidade é uma:

    o decreto desvaloriza o nosso hospital, que potencialmente o esvazia de competências.

    Pode não o esvaziar amanhã, ou no próximo ano, mas o certo é que provavelmente vai reduzir o montante do seu orçamento, tornando inviáveis a existência das valências que estão agora em causa.
    Não é portanto necessário extinguir os serviços por decreto, mas se o governo reduzir o dinheiro que transfere, fará com que a própria administração de hospital se veja na contingência de assumir esses cortes.

    Por isso mesmo me indigna que algum dirigente partidário fique descansado, apenas porque o Administrador lhe garantiu que nada se passa.
    Como "nada se passa"?
    A decisão não depende dele

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. Caro Anónimo:
    Pessoalmente não estou nada preocupado com enquadramentos politicos. Sou um homem livre. E o ser militante do PSD apenas me aumenta a responsabilidade sem tolher a liberdade.
    Quando em 31 de dezembro de 2015 o serviço em causa continuar aberto vai haver muita gente a engolir em seco e outra bem arrependida de generosamente ter alinhado no que não passa de uma jogadazita de intuitos politicos sem qualquer ética. Mas este assunto teve pelo menos uma vantagem: Não sabia que em Guimarães havia tanta gente a saber de gestão hospitalar e especialista em decifrar portarias. Afinal há. E tão certos do que supostamente sabem que quando aparecem pessoas a falar do que realmente sabem são imediatamente contraditados por esses catedráticos de há três dias.

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  19. Só queria partilhar ainda mais isto para podermos ter uma noção mais abrangente entre o público e o privado. Ou seja...
    CLÍNICAS E HOSPITAIS PRVADOS
    Na realidade, as clínicas privadas são boas para levar o dinheiro todo ao povo. A saúde é um grande negócio e eu entendo que os privados não deveriam ter participação neste negócio porque equipara-se a vida humana a porches e a ferraris.
    Clínicas e hospitais privados, da minha parte, serão sempre alvos a abater.
    Sr. Luís Cirilo, um amigo meu, há três anos, fez uma viagem de negócios a Moçambique, onde se achou doente.
    Quando chegou a Portugal, o estado de saúde dele piorou. Os sintomas iam de febre alta, vómitos, diarreia a delírio mental. Como ele era rico foi para uma clínica privada e por ali se manteve com um diagnóstico de efeito jet lag com um misto de intoxicação alimentar.
    Mas a cada dia que passava, ele estava pior. De um estado semi-lúcido entrou em coma e quando chegou ao novo Hospital de Braga já nada havia a fazer. «Chegou tarde», disseram eles. Morreu ao fim de seis dias internado na clínica e sete dias em solo nacional. O que se passou na verdade? Foi picado lá por um mosquito da malária, a doença evoluiu sem tratamento fora do alcance das clinicas, e com aquela mania de ser rico, decidiu não se querer misturar com a "gentalha" que frequenta os hospitais públicos optando pelo conforto e o atendimento personalizado das malditas clínicas! Pura ilusão. Está agora a fazer tijolo porque alguém lhe meteu esta cisma na cabeça.
    Hoje, a conclusão a que chego, é que ele morreu por ser rico. Porque se fosse pobre, ainda estaria vivo.
    Outro caso que me doeu ainda mais...
    Há cerca de 35 anos, nos primórdios das clínicas privadas, um médico polivalente do público e do privado, tornou-se amigo do meu pai quando soube que ele tinha umas economias guardadas. Convenceu-o insistentemente que ele teria de fazer duas operações para ficar como novo. Duas operações de um só vez! O meu pai estava fascinado e gastou em dois meses seis mil contos como se fosse tomar café.
    O problema dele, hoje, seria resolvido por menos de 2000 euros. E já com o meu pai em coma, resultado das intervenções cirúrgicas, ainda quase convenceu a minha mãe que era preciso outra para o "ressuscitar" e ficar bom. Infelizmente para o médico, o meu pai morreu.
    Só para lhe mostrar como é mentalidade do médico "FILHO DA PUTA" que grassa nas clínicas e hospitais privados.
    Lá o dinheiro é mais valioso que a vida humana. Se eles desconfiam que há dinheiro pelo meio, muito ou pouco, vão depenar o doente até eles ESVAZIAREM a conta bancária!
    É o que eles melhor sabem fazer porque são treinados por indivíduos sem escrúpulos.


    Quim Rolhas

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  20. Caro Quim Rolhas:
    Compreendo o que expôs e partilho muitas das suas duvidas.
    Há determinadas áreas, saúde e agua por exemplo, em que também tenho as maiores reservas à concessão exclusiva a privados.
    Não podemos é medir todos pela mesma bitola. E por isso tanto há excelentes profissionais nuns lados como nos outros. A questão fundamental é que todos tenham direito Á mesma qualidade de trataento . E aí é que a "porca torce o rabo".

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  21. Caro sr. Cirilo, as grávidas são admitidas pelo serviço de obstetrícia. Umas das especialidades a eliminar segundo o documento do governo. Guimarães é exemplo na neonatologia! Mas o que me deixa mais apreensiva é gastar a sua energia em comentar e não em exigir a revogação da portaria para o hospital de Guimarães. E perder tempo a elaborar e publicar portaria que em parte não será cumprida é especulação! Isto parece-me uma forma subtil de cumprir com a troika! E exigir silêncio a quem pode e deve reivindicar uma forma esquisita de democracia!

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  22. Caro Anonimo:
    Aguardemos que pouse a poeira para depois se perceber o que é que vai realmente acontecer

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  23. Caro LC, a sua confiança em que a lei seja um equívoco do próprio legislador, é pura especulação.

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  24. para mim é um mistério a sua calma em relação a esta lei.

    Baseada no facto de que a lei pode nem se aplicar.

    E depois chama iludidos e manipulados aos que estão preocupados com o futuro do hospital.

    Não haverá por aí um equívoco?

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  25. Caro Anónimo:
    Se neste assunto há especulação não é seguramente minha.
    Caro Anónimo:
    De facto neste assunto há equvocos. Vários. Áté na redacção da portaria. Mas quanto à maternidade não há equívoco nenhum. Vais continuar aberta

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  26. atenção que a questão da maternidade é a questão mais emblemática mas não é a unica.
    O centro de reprodução medicamente assistida, e todas as outras especialidades, são referências do nosso hospital.

    Por favor Luis Cirilo, ajude-nos a continuar a respeitá-lo e a apreciá-lo.

    Não entre nesta gincana política que parece ser regra de todos os vimaranenses pertencentes à área do governo, a propósito desta questão

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  27. Caro Anónimo:
    Não há ninguem, em nenhum partido, que defenda o encerramento da maternidade. Creio que todos estamos dispostos a defender a sua manutenção.Quanto ás outras especialidades não conheço o assunto em profundidade mas claro que o ideal é nenhuma delas ser transferida. Não sei é se é possivel.
    Mas o ideal será mesmo deixar assenta ro pó.

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