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quinta-feira, março 06, 2014

Birra de Esquerda

Confesso que embirro, é o termo, com o Bloco de Esquerda.
Essencialmente pela sobranceria e arrogância com que se posicionam no palco politico desde o primeiro momento dando mostras de um complexo de superioridade que não só não sei de onde vem como não lhe encontro qualquer razão de ser.
Amalgama, mal amalgamada diga-se de passagem, de três forças politicas que até à fusão pouco tinham a ver umas com as outras e quase nada com os eleitores, os bloquistas desde o primeiro momento de aparição politica tiveram sempre a horrorosa tentação de pretenderem dar lições a todas as outras forças politicas como se fossem donos da verdade.
Para além de pretenderem mostrar que são diferentes dos outros, e por isso inventaram a rábula de não usarem gravata nas sessões parlamentares (devem achá-la um adereço burguês como se a burguesia estivesse nisso...) no que foram seguidos a pouco e pouco pelo PCP e por alguns "bloquistas" que andam pelo PS, especializaram-se em criarem incidentes por tudo e por nada sempre com o fim ultimo de desvalorizarem a instituição parlamentar.
Houve um tempo em que fosse pela novidade, fosse pelas "causas" pseudo fracturantes, ainda conseguiram crescer dos dois deputados de 1999 para os dezasseis de 2009 mas a novidade extinguiu-se e as causas fracturantes não duram sempre e o BE em 2011 perdeu metade dos deputados.
Para já não falar na sua nula implantação autárquica.
Percebendo que o filão estava esgotado o seu líder de sempre, Francisco Louçã, resolveu abandonar a liderança e com isso o partido perdeu não só um deputado de excelente craveira como também um ideólogo com substrato e indiscutivel valor intelectual.
E Louçã, na óptica bloquista, era tão bom que para o substituir precisaram de dois.
João Semedo e Catarina Martins.
O problemas é que estes dois não dão um Louçã.
E onde havia substracto (embora bastas vezes desprovido de razão) e uma intervenção politica de que podia não se gostar mas se respeitava restou histeria descontrolada e demagogia cada vez mais radical.
Que passa por sua excelência a co-lider se achar no direito de insultar o primeiro ministro num debate parlamentar.
Como este, e muito bem, lhe respondeu com o desprezo do silêncio a frenética co-lider melhor solução não arranjou do que fazer uma birra e seguida pelos seus fieis abandonar os trabalhos parlamentares.
Com um soberano desprezo por quem a elegeu e por quem lhe paga!
Edificante.
E excelente para os eleitores ficarem a saber que o BE quando embirra...foge do trabalho.
Depois Falamos.

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