Rivalidade Inteligente

Imagem: Blogue "Vimaranes"

Já muito se tem escrito neste blogue sobre a rivalidade entre Guimarães e Braga de que a rivalidade entre Vitória e Sporting CB é a face mais visível e mediática.
Também a que mais problemas acarreta.
Defendo, e defenderei sempre, que a rivalidade entre clubes é um "sal" que dá sabor ao desporto em geral e muito particularmente ao futebol porque gera competição, comparação e paixão.
Nesses aspecto a rivalidade entre os dois maiores clubes do Minho não teme comparação com qualquer outra de Portugal.
Mas deseja-se que,corrigidos excessos de parte a parte, ela seja racional, inteligente e construtiva.
Ambos tem a ganhar com isso.
Rivalidade máxima no apoio ás equipas e racionalidade total no comportamento dos adeptos dentro e fora dos estádios porque o futebol não é uma guerra nem os adversários são inimigos que importa derrotar de qualquer forma.
Sou insuspeito de ter qualquer simpatia pelo Sporting CB.
Mas acompanho o seu dia a dia, leio entrevistas de técnicos e jogadores, dou uma espreitadela a blogues onde se escreve sobre esse clube.
É o nosso grande rival e gosto de andar informado.
E há uma atitude, comum a clube e adeptos, que me tem agradado pelo positivismo de que se reveste.
Tenho a clara sensação de que por aquelas bandas já não se anda a festejar a taça da Liga ganha o ano passado, a final europeia de à dois anos ou o vice campeonato de três anos atrás.
É passado.
Vejo, isso sim, gente virada para o futuro.
Um presidente a querer ser campeão nacional.
Treinadores e jogadores fortemente empenhados em ganharem esta época a taça de Portugal e a taça da Liga.
Adeptos a quererem ganhar...tudo e fortemente motivados nesse sentido.
É a postura correcta.
Ás conquistas responde-se com o redobrar da ambição.
Ás apostas com apostas ainda mais fortes.
A objectivos alcançados com novos objectivos. Mais ambiciosos e mais difíceis.
Podem ou não ser atingidos como é óbvio.
Mas cria-se uma cultura de ambição, uma habituação a ganhar, uma atitude que se enraíza e torna natural.
Ás vezes temos de olhar com uma atenção serena para o que faz o nosso rival e procurar perceber as premissas que levaram ao seu crescimento nos ultímos anos.
Chamo a isso a rivalidade inteligente.
Porque nos ajuda a crescer, a evitar erros, a conseguirmos ser melhores do que eles como aconteceu quase sempre ao longo de uma história comum com quase 100 anos.
Mas que não é, em muitos capítulos, a realidade dos dias de hoje.
Somos melhores no património, nas modalidades, no fervor clubistico, na comparação entre ambos e de ambos no contexto do nosso desporto.
Mas há que reconhecer, dolorosamente, que hoje no futebol eles estão â nossa frente.
E percebermos porque assim é é meio caminho andado para deixar de ser assim!
Depois Falamos