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quinta-feira, janeiro 16, 2014

Nem 8 nem 80

Quem tem uma página no facebook, como é o meu caso, tem a opção de decidir muitas coisa sobre os conteúdos que vão nela aparecer.
Desde logo o que escreve, as fotos e vídeos que publica, os comentários que faz, a quem permite a possibilidade de ver e por aí fora.
Há imensas opções, "á la carte", que permitem ao autor da página moldá-la de acordo com aquilo quer e escolher os amigos e "amigos" que quer ter.
A partir daí é opção pessoal.
Desde aqueles que fazem da página uma "casa dos segredos" ou "um big brother" em que tudo mostram, tudo expõe e sobre tudo escrevem desde  as questões mais irrelevantes ás declarações de amor e ódio ou à morte de familiares próximos como ainda recentemente me deparei (chocado confesso) no perfil de um amigo facebookiano".
É uma opção que respeito embora me faça muita impressão a irresponsabilidade com que alguns pais expõe os filhos menores a um mediatismo que nada tem de positivo. Até porque o facebook é frequentado por muita gente nada recomendável com praticantes de pedofilia à cabeça.
Mas não há 80 sem oito.
E a segunda imagem retrata-os.
Aqueles que andam por esta rede social sem se identificarem de forma minimamente credível.
Sem fotografia, nalguns casos com nomes claramente falsos , sem referências minimamente informativas e depois pedem "amizade".
Mas como se pode ser amigo, ainda que numa mera rede social, de alguém que não se sabe quem é nem quer que se saiba?
Gosto muito do facebook.
Nele tenho encontrado e reencontrado amigas e amigos que sem ele estariam perdidos num qualquer limbo criado pelo tempo e pelo espaço.
Mas com limites.
E a rejeição dos anónimos é o primeiro desses limites.
Em função de uma facebbok mais "saudável", mais transparente, mais verdadeiro
Depois Falamos

7 comentários:

  1. grande cirilo

    vamos lá ver
    eu não quero facebook
    não gosto
    nem tenho pachorra
    o meu facebook
    é ir à missa
    ir a funerais
    e desde que rogado
    casamentos e baptizados
    é nisto que fui nascido e criado
    às vezes
    vou a festas de romaria
    distribuir likes e piscadelas
    é aí que me reenontro
    com o meu povo
    as origens
    viúvas cobertas com lenço negro
    suiças e as mãos rugosas
    do homem rude de aldeia
    com linguagem adoçicada
    por umas boas pingas
    enfim
    o meu facebook
    é dar um bom dia ao padeiro
    ao carteiro
    ao sardinheiro
    ao azeiteiro
    e a quem faça duma profissão
    acabada em eiro
    que venha a minha casa
    trabalhar por dinheiro
    reparar qualquer coisa
    facebook é andar de cabeça erguida
    porque não se deve
    nada a ninguém
    pôr numa rede
    à escala mundial
    a melhor foto
    e emanar do inbox balelas
    não contem comigo
    o que é que isso importa?
    que felicidade é que isso trás?
    pela frente nada
    por trás
    só traições
    um português não precisa de facebook
    quando pode ter o skype
    o nosso país
    é um paraíso na terra
    um facebook de 10 milhões
    mais parvalhões do que espertalhões
    mas pronto
    que mais se pode desejar
    quando se vive cá
    é tudo maravilhoso
    desde o vinho do porto
    ao bacalhau
    um estudo feito
    pela pricewaterhousecoopers
    já colocou o nosso cantinho ibérico
    no terceiro melhor
    país do mundo
    com a nova zelândia
    no topo da lista
    portanto
    a onde fica o facebook no meio disto?
    a meu ver
    é um país de bytes inanimados
    que quem nele vive
    pode mudar
    drasticamente
    a vida que leva
    quando metemos o facebook
    na cabeça
    na de cima e na debaixo
    só dá chatices
    estamos a alterar
    artificialmente
    as relações humanas
    as relações afectivas
    as relações sexuais
    parece mentira
    este exemplo que vou dar
    um amigo meu
    casado
    bem casado
    e com filhos
    quase formados
    namora com cinco raparigas novas
    ao mesmo tempo
    é talvez um depravado
    a precisar de um cocelo
    quero ver onde ele vai parar
    até agora
    está firme
    de pedra e cal com
    uma tailandesa
    uma francesa
    uma sueca
    uma americana
    uma australiana
    é muito fogo para apagar
    amigo cirilo
    elas estão
    a muitos quilómetros de distância
    é o que lhe vale
    para já fica-lhe barato
    envia-lhes flores todos os dias
    em modo smile
    elas
    sentem-se umas princesas
    com promessas de casamento
    e muito mais
    é esse muito mais
    que assusta pessoas como eu
    é que ele parece um zombie a falar
    de cada um delas
    diz ele
    que vai visitá-las
    uma a uma
    em breve
    o que ele vai fazer
    é simples
    vai dar dores de cabeça à mulher
    ele já confidenciou
    das tais 1800 mulheres
    que ele pagou dos anúncios relax do JN
    estas vão ser a sua coqueluche
    este meu amigo
    leva o vício das mulheres
    ao extremo
    não tem vergonha
    é uma doença
    é genético
    por uma carinha laroca
    larga tudo
    persegue desconhecidas na rua
    oferecendo-lhes recompensas
    elas cobram e ele é bom pagador
    e uma vez presas pelo beiço
    eles faz-lhes cobrar
    tudo o que elas valem
    sem dó
    nem piedade
    mas agora é diferente
    o facebook dá-lhe asas
    só está à esperar
    de uma brecha na agenda
    para voar milhas até conhecer
    uma a uma
    o resto
    amigo cirilo
    conto-lhe depois
    não sei o que vai dar
    mas estou curioso
    porque nunca ninguém tentou isto antes
    uma coisa destas
    vasco da gama saiu de portugal
    e encontrou a índia
    pedro álvares cabral saiu de portugal
    e foi ao brasil
    este meu amigo
    não sei o que vai descobrir
    com todas estas conquistas
    mas é uma aventureiro
    dos tempos modernos
    uma vez que já se decobriram
    todos os palmos de terra
    põe-se a descobrir mulheres
    eu fico a ver este entusiamos
    graças ao facebook
    histórias de duas e três mulheres
    ao mesmo tempo
    conheço algumas aqui perto
    mas de seis?
    (continua)

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  2. (continuação)
    ...
    ao mesmo tempo?
    sem ter de pagar!?
    só conheço este caso
    graças ao dianho do facebook
    maldita rede social
    destruidora de lares
    inflacionista do sexo à distância
    é uma loucura
    que pode acabar mal
    eu
    não gosto de facebook
    mas não quer dizer
    que não o tenha
    uso-o para trocar receitas de culinária e de vinhos
    não há melhor
    para partilhar experiências
    para uma boa comida e uma bom vinho
    não há melhor nesta vida
    depois daquilo que o meu amigo
    anda à procura por todo o mundo
    agora se tipos como eu
    usarmos o facebook
    como modo de vida
    acabamos a namorar uma esquimó
    para elas
    o mês de janeiro
    é o nosso agosto
    andam loucas
    mas para prejuízo da nossa valia
    andamos tesos mas de frio
    e o tu meu amigo
    sabes tão bem como eu que
    na nossa idade
    o frio não perdoa os corpos cavernosos
    é tudo por agora
    fernando, fafe

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  3. Caro Nando de fafe :
    Aconselho-te vivamente uma consulta na psiquiatria...

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  4. Caro Amigo Luis Cirilo

    Escreveu aquilo que há muito eu queria escrever. Tudo muito justo. Também experimentei trocar ideias no Facebook. Perante a promiscuidade, o excesso de tudo, abandonei. Andam por lá alguns familiares. Se pudesse e tivesse o direito, dizia-lhes de se afastarem. Zona perigosa. Sobretudo depois de saber como a NSA americana utiliza este e os outros media para nos espionar. Continuo a abrir a página para ler os seus comentários sobre o futebol. E ver algumas das suas fotos, sempre interessantes.

    A propósito ( eu sei, não sou o Mário Soares mas viajei mais que ele, por razoes profissionais, como sabe.), mas aquela de Hobart fez "tilt" na minha memoria. Sabe, é que também lá fui! A Tasmânia fica no sul da Austrália. Estive para lá morrer, num voo memorável entre Sidney e Hobart. Tinha lá dois grandes clientes. Na foto vê-se o meu hotel. No cimo do monte Wellington,) 'Unghbanyahletta' (ou 'Ungyhaletta') dos nativos, cheio de neve, que se vê na foto, há uma tabuleta, com uma flecha, indicando: "Polo Sul 1500 km. Na realidade é a distância que separa este ponto da terra Adélia, base francesa de Paul Emile Victor. Normal, quando se sabe que estas terras australianas se separaram do continente antárctico há 40 milhões de anos! Não é nada! Cumprimentos.

    Freitas Pereira


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  5. grande cirilo

    se me deixas largar a mecha
    para o anónimo das 11:12
    é o tal que gosta
    fazer dos outros cães de caça
    acha-se fino
    mas só se for no pêlo
    sendo mais burro que os outros
    pois de esperto não tem nada
    ouve lá
    ó labrego frustrado de gabinete
    fica quietinho no teu canto
    porque sei exactamento como
    em menos de 24 horas
    bater à porta de tua casa
    ou do teu local de trabalho
    de mim podes te esconder
    mas não podes fugir
    portanto
    não me desafies
    porque senão levo à letra
    aquela música
    dos trabalhadores do comércio
    que acaba em inho
    de focinho
    põe-te a pau
    com quem te metes
    por agora é tudo
    fernando, fafe


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  6. Caro Fernando:
    Definitivamente um poeta

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  7. Caro Freitas Pereira:
    De facto o "big brother" existe. Procuremos é não o "alimentar" pese embora a "fome" incessante que ele revela sobre tudo e mais alguma coisa. Eu mantenho actividade regular no facebook mas cada vez mais descontente com alguma "fauna" que por aqui prolifera.

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