Bem pelo contrário estou sempre ansioso porque passe rapidamente uma quadra que de tão comercial, de tanta festa "forçada", de tantos rituais desnecessários se torna maçadora e entediante.
Mas é a minha opinião apenas e respeito imenso a de todos aqueles que vivem o Natal de outra forma.
Confesso, contudo, que gosto de dar e receber prendas.
Acho que toda a gente gosta.
E ao longo dos anos nunca tive razão de queixa, bem pelo contrário, dado que tenho recebido muitas e todas com significado próprio.
E acredito que aquelas que dou também terão um significado para quem as recebe.
Este ano não fugiu á regra.
O ultimo cd dos "Il Divo", livro, gravata, camisolas, uma caneca do Vitória, uma caneta Parker tudo prendas muito do meu agrado.
Mas aquela que a fotografia documenta foi a mais original de todas.
Um cão de peluche.
Oferecido pelo meu filho e pela minha nora e exactamente igual ao que ofereceram ao pai dela e sogro dele.
Até o nome que deram aos cães de peluche é o mesmo.
"Salvador".
Foi de facto uma prenda que apreciei imenso.
O resto da história...é assunto de família.
Depois Falamos
Meu Deus, que a vossa vontade seja ...festa!
ResponderEliminarTem razão, Caro Amigo! O que chamou a minha atenção desde há muito é que o "paganus", que significa "civil", é o pagão que podia ter vários deuses ou não ter nenhum, como é possível em não importa sociedade plural e laica.
ResponderEliminarNatal é uma festa pagã porque se trata desde a mais remota antiguidade, de se alegrar, de festejar, no momento do solstício de inverno, o regresso da luz. O pinheiro, o fogo, fazem parte deste Natal pagão antigo.
Um comerciante muito esperto deve tê-lo transformado numa festa pagã porque se trata agora de adorar o novo Bezerro de Ouro, o do consumismo louco (para aqueles que podem).
A transformação deste momento intenso numa celebração do consumismo ímpio é uma traição do sentido da vida. Se fosse preciso encontrar um argumento, um só, para condenar o capitalismo encontraríamos aqui: tudo transformar mata a fé numa humanidade que crê ainda nela mesmo.
O nosso planeta Terra trata mais ou menos todos os homens da mesma maneira . Ela não escolhe! A humanidade , ao contrário, não se trata da mesma de maneira equitativa: os bens terrestres são muito mal partilhados, são repartidos de maneira que aqueles que vivem largamente podem provocar a morte daqueles a quem o essencial é retirado. O papa Francisco voltou a repetir esta verdade no dia de Natal.
Freitas Pereira
Caro Freitas Pereira:
ResponderEliminarCreio que o meu amigo definiu na perfeição as razões pelas quais não gosto do Natal tal como ele é vivdo nos tempos de hoje.
Uma festa do consumismo(para quem pode como diz e bem), da futilidade, da discriminação entre quem tem e quem não tem.
É evidente que respeito muito o sentido familiar com que em muitos lares e familias o natal é vivido.
Mas é trágico que se tenha "evoluido" para transformar festas consagradas a valores para festas em função de quem tem "valores" materiais. E não é só o natal...